Direção:
Abel Gance
Produção:
Abel Gance, Charles Pathé
Roteiro:
Abel Gance
Fotografia:
Gaston Brun, Marc Bujard, Léonce-Henri Burel, Maurice Duverger
Música: Arthur Honegger
Elenco:
Séverin -Mars ……… Sisif
Ivy Close …………… Norma
Gabriel
de Gravone . Elie
Pierre
Magnier ……. Jacques de Hersan
Georges Térof …… Machefer
Ainda:
Gil Clary, Max Maxudian,
A
roda, do visionário cineasta francês Abel Gance, começa com um espetacular
acidente de trem em cortes rápidos, tão revolucionário para os espectadores em
1922 quanto o trem dos irmãos Lumière chegando a uma estação em 1895. O
ferroviário Sisif (Severin-Mars) salva Norma (Ivy Close) do acidente e a cria
como sua filha. Ele e seu filho Elie (Gabriel de Gravone) se encantam por ela,
de modo que Sisif a casa com um homem rico. Norma e Elie acabam se apaixonando
e tanto seu marido quanto seu amante morrem em uma briga. Sisif fica cego e
morre, depois de ser cuidado por Norma. Desde a época em que foi feito até
hoje, este filme, que originalmente teria nove horas de duração, gera
controvérsias. A trama melodramática de A roda foi combinada com as mais diversas
referências literárias. Incluindo a tragédia grega, conforme sugerido pelo nome
de Sisif (Sísifo) e pela associação de sua cegueira com o desejo incestuoso
(Édipo). Intelectuais consideraram que essas "pretensões" entravam em
conflito com as extraordinárias técnicas cinematográficas do filme (como a
montagem acelerada e as sequências baseadas em ritmos musicais), que
relacionavam a obra às preocupações vanguardistas com um cinema "puro"
e o interesse dos cubistas nas máquinas como símbolo da modernidade. As
contradições do filme se juntam de forma admirável em torno da sua metáfora
central: a roda do destino (a íngreme ferrovia leva Sisif/Sísifo a subir e
descer o Mont Blanc), a roda do desejo, a roda do próprio filme com seus
diversos padrões cíclicos. PP
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 019)
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