terça-feira, 30 de março de 2021
segunda-feira, 29 de março de 2021
sexta-feira, 26 de março de 2021
terça-feira, 23 de março de 2021
MANK (Mank, EUA, 2020)
Oscar 2021 Melhor filme Nomadland (VENCEDOR) The Father Judas and the Black Messiah Mank Minari Promising Young Woman Sound of Metal The Trial of the Chicago 7 Melhor diretor Chloé Zhao - Nomadland (VENCEDORA) Thomas Vinterberg - Another Round David Fincher - Mank Lee Isaac Chung - Minari Emerald Fennell - Promising Young Woman Melhor atriz Frances McDormand – Nomadland (VENCEDORA) Viola Davis - Ma Rainey's Black Bottom Andra Day - The United States vs. Billie Holiday Vanessa Kirby - Pieces of a Woman Carey Mulligan - Promising Young Woman Melhor ator Anthony Hopkins - The Father (VENCEDOR) Riz Ahmed - Sound of Metal Chadwick Boseman - Ma Rainey's Black Bottom Gary Oldman - Mank Steven Yeun - Minari Melhor atriz coadjuvante Yuh-jung Youn - Minari (VENCEDORA) Maria Bakalova - Borat Subsequent Moviefilm Glenn Close - Hillbilly Elegy Olivia Colman - The Father Amanda Seyfried - Mank Melhor ator coadjuvante Daniel Kaluuya - Judas and the Black Messiah (VENCEDOR) Sacha Baron Cohen - The Trial of the Chicago 7 Leslie Odom Jr. - One Night in Miami… Paul Raci - Sound of Metal LaKeith Stanfield - Judas and the Black Messiah Melhor canção original Fight For You - Judas and the Black Messiah (VENCEDOR) Hear My Voice - The Trial of the Chicago 7 Husavik - Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga lo Sì (Seen) - The Life Ahead (La Vita Davanti a Se) Speak Now - One Night in Miami... Melhor filme animado Soul (VENCEDOR) Onward Over the Moon A Shaun the Sheep Movie: Farmageddon Wolfwalkers Melhor maquiagem e cabelo Ma Rainey's Black Bottom (VENCEDOR) Hillbilly Elegy Mank Pinocchio Emma. Melhores efeitos visuais Tenet (VENCEDOR) Love and Monsters The Midnight Sky Mulan The One and Only Ivan Melhor cinematografia Mank (VENCEDOR) Judas and the Black Messiah News of the World Nomadland The Trial of the Chicago 7 Melhor edição Sound of Metal (VENCEDOR) The Father Nomadland Promising Young Woman The Trial of the Chicago 7 Melhor design de produção Mank (VENCEDOR) The Father Ma Rainey's Black Bottom News of the World Tenet Melhor edição de som Sound of Metal (VENCEDOR) Greyhound Mank News of the World Soul Melhor filme internacional Dinamarca - Another Round (VENCEDOR) Hong Kong - Better Days Romênia - Collective Tunísia - The Man Who Sold His Skin Bósnia e Herzegovina - Quo Vadis, Aida? Melhor documentário curto Colette (VENCEDOR) A Concerto Is a Conversation Do Not Split Hunger Ward A Love Song for Latasha Melhor documentário My Octopus Teacher (VENCEDOR) Collective Crip Camp The Mole Agent Time Melhor curta Two Distant Strangers (VENCEDOR) Feeling Through The Letter Room The Present White Eye Melhor curta animado If Anything Happens I Love You (VENCEDOR) Burrow Genius Loci Opera Yes-People Melhor roteiro original Promising Young Woman (VENCEDOR) Judas and the Black Messiah Minari Sound of Metal The Trial of the Chicago 7 Melhor roteiro adaptado The Father (VENCEDOR) Borat Subsequent Moviefilm Nomadland One Night in Miami… The White Tiger Melhor trilha sonora original Soul (VENCEDOR) Da 5 Bloods Mank Minari News of the World Melhor figurino Ma Rainey's Black Bottom (VENCEDOR) Emma. Mank Mulan Pinocchio
sábado, 20 de março de 2021
quinta-feira, 18 de março de 2021
segunda-feira, 15 de março de 2021
sábado, 13 de março de 2021
terça-feira, 9 de março de 2021
HOLLYWOOD 1ª TEMPORADA (EUA, 2021)
Produção que reimagina a indústria brinca com fatos
e personagens históricos
JULIA SABBAGA
Hollywood, a nova
série de Ryan Murphy na Netflix, é uma produção
otimista e sonhadora. Ela reimagina o que teria sido o mundo se, nos anos 40,
atores negros, homossexuais, ou asiáticos tivessem tido uma chance real na
terra dos sonhos de Los Angeles. E enquanto a história é liderada por
personagens fictícios - como o diretor Raymond Ainsley (Darren Criss), o
roteirista Archie Coleman (Jeremy Pope) e a atriz Camille
Washington (Laura Harrier) - a trama é temperada por personagens que
existiram e tiveram sua jornada de vida distorcida pelos padrões de Hollywood
da época, mais notavelmente o ator Rock Hudson.
Confira
abaixo todos os personagens de Hollywood que existiram na vida
real, e como a série alterou fatos históricos de suas vidas:
ROCK HUDSON - JAKE PICKING
Em Hollywood, Rock
Hudson é interpretado por Jake Picking (Sicário:
Dia do Soldado), com uma personalidade sensível. No mundo real, Rock Hudson
foi um dos maiores galãs de Hollywood, que estrelou mais de 70 produções e foi
indicado ao Oscar por seu papel em Assim Caminha a Humanidade (1956).
Hudson foi descoberto pelo agente Henry Willson (também
personagem da série) através de uma carta enviada pelo ator, que não tinha
nenhuma experiência no currículo e na época trabalhava como caminhoneiro.
Boatos de sua homossexualidade sempre circularam durante sua carreira e eram
controlados pelo seu agente, até que em 1955 Hudson se casou com a secretária
de Wilson, Phyllis Gates, para desviar atenção dos relatos. O
casamento durou três anos.
Em 85,
Hudson foi diagnosticado com HIV e sua doença foi reportada pela mídia, fazendo
com que ele tenha se tornado uma das primeiras celebridades que teve seu
diagnóstico divulgado. Ele morreu de AIDS em 85, e a discussão sobre sua
homossexualidade, que já era conhecida nos bastidores de Hollywood, se tornou
pública.
HENRY WILLSON - JIM PARSONS
Entre os
protagonistas, além de Rock Hudson, o outro personagem real é Henry
Willson, interpretado por Jim Parsons (Big Bang Thoery).
Os relatos sobre Willson são bastante condizentes com o que é retratado no
início da série. O agente de talentos era conhecido por um portfólio de atores
galãs e de aparência musculosa, que incluía Rock Hudson, Troy Donahue, Ty
Hardin, Tab Hunter, entre outros. O método de Willson,
conhecido por coagir atores a manterem relações sexuais em troca de papéis no
cinema, tv e publicidades, era amplamente conhecido. Assim como o próprio
personagem se gaba na série, Willson foi de fato um pivô na trajetória de Lana
Turner em Hollywood.
Quando
sua homossexualidade se tornou assunto público em Hollywood, já no fim de sua
vida, Willson perdeu seus clientes, que tinham medo de se associar com o
agente. Willson sofreu de alcoolismo e abuso de substâncias e morreu em 1978,
de cirrose, sem dinheiro para cobrir custos funerários.
ERNIE WEST (INSPIRADO EM SCOTTY BOWERS) -
DYLAN MCDERMOTT
O
personagem de Dylan McDermott é um caso à parte em Hollywood,
porque um dono de posto de gasolina chamado Ernie West não existiu, mas a
figura é inspirada nas memórias de um sujeito chamado Scotty Bowers.
Veterano da 2ª Guerra, Bowers foi dono de um posto de combustível que
funcionava como se vê na série, e foi descrito no livro publicado por ele mesmo
em 2013, Full Service: My Adventures in Hollywood and the Secret Sex
Live of the Stars. Bowers descreve que seus clientes incluíam Katharine
Hepburn, Vivien Leigh, Bette Davis e Cary Grant,
mas seus relatos nunca foram comprovados (até porque, na época da publicação do
livro, poucos nomes estavam vivos para contestar ou certificar a veracidade das
histórias). Seu encontro com Vivien Leigh na casa de George Cukor também
é descrito no livro do mesmo modo que é retratado na série [via Vulture].
PEG ENTWISTLE
Uma
figura que nunca aparece em Hollywood mas é uma das mais
citadas é Peg Entwiste, a aspirante atriz que se jogou do H do
sinal de Hollywood (que era "Hollywoodland" até 1949, quando durante
uma restauração a prefeitura decidiu retirar o "Land") aos 24 anos.
Entwistle, como é dito diversas vezes na série, tem uma história trágica. Ela
atuou em diversas peças e seu talento como atriz era aclamado, principalmente
quando contracenou com Humphrey Bogart e Billy Burke no
teatro, chamando atenção do produtor David O. Selznick. Apesar de
insistência de Selznick, Entwistle teve dificuldades em conseguir um papel na
telona, mas no início dos anos 30 ela foi escalada no elenco de Thirteen
Women. Como dito em Hollywood, seu papel no longa foi
cortado de 16 para 4 minutos de tela.
Ao
contrário do que se vê em Hollywood, no entanto, Entwistle não
tinha um namorado carinhoso, e na realidade foi casada por dois anos com o ator Robert
Keith, mas conseguiu divórcio alegando abuso e crueldade doméstica por
parte dele.
ANNA MAY WONG - MICHELLE KRUSIEC
Anna May Wong,
interpretada por Michelle Krusiec em Hollywood,é
uma das personagens com o arco mais comovente da série, principalmente pela
trágica carreira que teve na vida real. A atriz, considerada a primeira grande
estrela chinesa americana de Hollywood, passou grande parte de sua carreira em
busca de um papel que se afastasse dos estereótipos de raça de Hollywood, mas
era repetidamente escalada em papéis como a mulher exótica, ou misteriosa e
enganadora. Enquanto a série de Ryan Murphy busca dar à Wong um final feliz,
ela passou por diversas desilusões na sua trajetória.
A maior
delas aconteceu durante a seleção de atores para o filme Terra dos
Deuses, de 1935, produção centrada em uma família chinesa, que é
inclusive repetidas vezes mencionada na série. Wong buscava o papel da
protagonista O-Lan desde a publicação do livro no qual o filme seria adaptado,
em 1931, e sua escolha era apoiada pela mídia. No entanto, quando o
europeu-americano Paul Muni foi escolhido para viver o marido
da personagem, Wang Lung, a escalação de Wong se tornou impossível. Naquela
época, era proibido qualquer beijo interracial nas telas, e o papel de O-Lan
foi para a atriz branca Louise Renner, que inclusive ganhou um
Oscar pelo trabalho.
HATTIE MCDANIEL - QUEEN LATIFAH
Hattie McDaniel é uma das melhores personagens de Hollywood,
interpretada por Queen Latifah (Chicago). A primeira
mulher negra a ganhar um Oscar, por seu papel como Mammy em ...E O Vento
Levou, McDaniel é retratada em sua intimidade em Hollywood por
causa dos boatos de sua bissexualidade (nunca comprovados) mas ela também serve
como mentora da personagem de Camille, principalmente pela triste história de
sua presença no Oscar. McDaniel ficou em uma mesa afastada da premiação da qual
saiu vitoriosa em 1940, sentando em um depósito onde as estatuetas eram
armazenadas, porque o hotel que promoveu a cerimônia não permitia a entrada de
negros no local. Ainda, ao contrário da história fictícia de Hollywood,
foram mais 50 anos até que uma outra mulher negra levasse a estatueta
(quando Whoopi Goldberg ganhou por Ghost em
1990).
VIVIEN LEIGH - KATIE MCGUINNESS
A
protagonista e ...E O Vento Levou, Vivien Leigh,
também tem seus momentos em Hollywood, que incluem uma recriação
das falas da personagem Scarlett O’Hara logo na primeira cena do clássico.
Interpretada por Katie McGuinness, a atriz é retratada em Hollywood como
uma diva frágil, prestes a ter um ataque de nervos, que foi retirada do relato
de Scotty Bowers no livro Full Service. A interpretação até que faz
sentido com a realidade, já que Leigh sofria de transtorno bipolar. Em Hollywood,
a atriz aparece logo após seu grande papel em ...E O Vento Levou,
de 1939, e ensaiando para a peça Um Bonde Chamado Desejo, na qual
estreou em 1949 em Londres. A versão da peça para o cinema, que foi lançada em
1951, é considerado outro de seus grandes papéis.
ELEANOR ROOSEVELT - HARRIET SANSOM HARRIS
Claro que
a Primeira Dama Eleanor Roosevelt também foi retirada da vida
real. Esposa do presidente dos EUA Franklin D. Roosevelt (que
serviu entre 1933 a 1945), ativista, diplomata e delegada da ONU, na série a
Primeira-Dama aparece para incentivar a escalação de Camille em Meg.
Enquanto nada do tipo realmente aconteceu em sua vida, Roosevelt teve um caso
de interferência na indústria de Hollywood. Em 1940, Roosevelt incentivou seu
filho, James (que trabalhava na United Artists), a distribuir o
filme britânico e anti-nazismo O Mártir nos EUA, porque
outras produtoras o consideraram controverso demais.
Seria
ingênuo imaginar que, como a personagem da série faz em seu discurso, a
Primeira-Dama realmente poderia considerar o cinema mais importante do que o
governo na mudança da sociedade. Mas em 1947, Roosevelt escreveu sobre a
importância do setor para a disseminação de ideias [via ERP]: “A
indústria cinematográfica é uma grande indústria, cheia de possibilidades boas
e ruins. Seu primeiro propósito é entreter as pessoas. Mas, ao mesmo tempo, ela
pode fazer muitas coisas. Pode popularizar certos ideias e fazer a educação
palatável”.
Na série,
Eleanor Roosevelt é interpretada por Harriet Sansom Harris, que
atuará como a Primeira Dama também em sua próxima série, Atlantic
Crossing.
GEORGE CUKOR - DANIEL LONDON
A série
traz uma coleção de personagens coadjuvantes que representam pessoas reais,
principalmente quando caminha pelos corredores da festa promovida por George
Cukor. O diretor, vencedor do Oscar por Minha Bela Dama, era
conhecido por suas festas luxuosas, que contavam com a presença de diversas
celebridades e jovens rapazes, trazidos de diferentes locais. Interpretado na
série por Daniel London (O Relatório) Cukor era
secretamente gay e dirigiu uma série de clássicos do cinema, como À
Meia-Luz e Nasce Uma Estrela, a versão com Judy
Garland.
TALLULAH BANKHEAD - PAGET BREWSTER
Nas
festas de George Cukor, uma das celebridades que mais se destaca em Hollywood é Tallulah
Bankhead, atuada na série por Paget Brewster (Community).
Conhecida principalmente por seu papel em Um Barco e Nove Destinos,
de Alfred Hitchcock, Bankhead era conhecida por sua defesa por
direitos civis e por falar abertamente de questões consideradas tabu, como sua
própria sexualidade.
NOËL COWARD - BILLY BOYD
O
dramaturgo, ator, diretor, cantor e compositor Noël Coward aparece
em Hollywood interpretado por Billy Boyd (O
Senhor dos Anéis), também na festa de George Cukor. Na vida real, também
secretamente homossexual, Coward escreveu inúmeras peças, como The
Vortex, Hay Fever e Vidas Íntimas, e ganhou um
Oscar honorário por Nosso Barco, Nossa Alma, produzido, dirigido e
atuado por ele.
MICKEY COHEN - FRANK CRIM
Em uma
cena curta, o agente Henry Willson é visto conversando com um sujeito suspeito,
responsável por fazer o escândalo da ACE Studios sair de publicação. Aquele
rapaz no restaurante é Mickey Cohen, interpretado por Frank
Crim (How I Met Your Mother). Cohen é conhecido como um
ex-boxeador que se tornou gângster, e comandou a máfia de Los Angeles.
A
situação toda, inclusive, de Willson e seu “jeitinho” para tirar certas
matérias dos jornais, também é conhecida em Hollywood. Supostamente, o agente
trocou escândalos de seus ex-clientes - Rory Calhoun e Tab Hunter - para
impedir que a imprensa circulasse matérias de que Rock Hudson era gay.
LUISE RAINER - CAMILLE NATTA
Luise Rainer,
conhecida como a primeira atriz a ganhar mais de um Oscar, é interpretada em
uma curta cena de Hollywood por Camille Natta (Kissing
Strangers). De origem alemã, Rainer venceu o Oscar por Terra dos
Deuses, longa em que interpretou uma mulher chinesa (sua outra estatueta
foi por Ziegfeld, o Criador de Estrelas). Rainer é um caso peculiar
da indústria, já que desde seu 2º Oscar nunca mais conseguiu um papel de
destaque.
GUY MADISON - ANTHONY COONS
O ator Guy Madison aparece
em Hollywood interpretado pelo iniciante Anthony Coons,
em uma curta cena em que discute sua forma física com o agente Henry Willson.
Madison é conhecido por protagonizar a série Adventures of Wild Bill
Hickok entre 51 e 58 e ganhou um Globo de Ouro especial por Melhor
Estrela do Faroeste em 1954.
IRVING THALBERG - TIMOTHY DVORAK
Quando
Dick Samuels (Joe Mantello) relembra a história de escalação de Terra
dos Deuses, ele cita o influente produtor Irving Thalberg, que
aparece na tela interpretado por Timothy Dvorak (A Garota do Tempo). Um
dos pilares do estúdio MGM, Thalberg foi responsável por diversas produções do
estúdio e na formação de dezenas de estrelas, incluindo Joan Crawford,
Clark Gable e Greta Garbo.
GEORGE HURRELL - AIDAN BRISTOW
O
lendário fotógrafo das estrelas de Hollywood, George Hurrell também
aparece na série de Ryan Murphy, interpretado por Aidan Bristow (American
Horror Story). Hurrell foi levado à MGM por Irving Thalberg e ajudou a
criar o imaginário de glamour de Hollywood com fotos cheias de sofisticação e
brilho. Sua carreira inclui fotografias glamourosas de estrelas como Robert
Montgomery, Jean Harlow, Joan Crawford, Bette Davis, Errol Flynn, Olivia De
Havilland, Lauren Bacall e Humphrey Bogart. Mais tarde em
sua carreira, Hurrell foi responsável por fotos de capas de álbuns do Tom
Waits (Foreign Affairs), Queen (The Works)
e Paul McCartney (Press to Play).
HEDDA HOPPER (HOLLY KAPLAN) E ROBERT
MONTGOMERY (MITCH EAKINS)
Estas
duas personalidades tem pouco em comum, mas aparecem uma ao lado da outra
durante a cerimônia do Oscar do último episódio. A jornalista Hedda
Hopper, interpretada por Holly Kaplan (Better Call Saul),
escrevia colunas de fofoca e era uma das grandes defensoras da Lista Negra de
Hollywood, que censurava o trabalho de atores considerados simpatizantes da
esquerda. O ator Robert Montgomery, por sua vez, interpretado
por Mitch Eakins (#FreeRayshawn), conseguiu entrada em
Hollywood ao contracenar com George Cukor em uma peça, e foi indicado ao Oscar
duas vezes em sua carreira, por Que Espere o Céu e A
Noite Tudo Encobre. Ele também era um grande defensor do Comitê de
Atividades Anti-americanas dos EUA, que investigava cidadãos e suas ligações
com o comunismo.
CELEBRIDADES NA CERIMÔNIA DO OSCAR
Outras
personalidades reais que aparecem na festa do Oscar de Hollywood,
mas não recebem grande destaque são Loretta Young (Ashley
Wood), Ernert Borgnine (Michael Saltzman), George
Murphy (Brett Holland), Susan Hayward (Marie
Oldenbourg) e Donald Crisp (David
Gilchrist). Todos estes nomes receberam uma estatueta após os
fictícios eventos de Hollywood. Murphy recebeu um Oscar honorário
em 1951, Crisp levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por Como Era Verde
o Meu Vale em 1942, Borgnine ganhou como Melhor Ator por Marty (1955)
e Hayward, depois de quatro indicações, levou o Oscar de Melhor atriz por Quero
Viver! em 59.
Loretta
Young, por sua vez, recebeu o Oscar em 1948 pela atuação em Ambiciosa.
É interessante que em Hollywood Young apareça indicada exatamente por este
filme, mas nos eventos da série, ela perde a estatueta para a personagem
Camille Washington.
COLE PORTER (DARREN RICHARDSON)
Descrito
perfeitamente por Ermit como “o tesouro nacional Cole Porter”,
o músico aparece apenas por um relance, como um cliente recusado pelo
personagem de Jack Costello (David Corenswet). Interpretado
na série por Darren Richardson (The Baxters), Cole
Porter compôs algumas canções universalmente conhecidas, como "Night and Day",
"I Get a Kick Out Of You" e "I've Got You Under My
Skin". Sua
homossexualidade era conhecida, mas ele foi casado desde 1919 até a morte de
sua esposa Linda Lee Thomas em 1954. Ele era conhecido por uma vida luxuosa e
extravagante, cheia de festas escandalosas por atividades bissexuais,
homossexuais e drogas recreativas.
BÔNUS - A FICTÍCIA PERSONAGEM DE MIRA SORVINO, JEANNE CRANDALL
Existe
uma personagem peculiar em Hollywood, com uma história tão
específica que pareceria real. O papel de Mira Sorvino como a
atriz Jeanne Crandall não é retirado do mundo real, mas é uma construção de um
tipo de atriz de Hollywood, cuja resolução remete à história da própria
Sorvino.
Crandall
tem uma trajetória de uma atriz promissora, que recebeu boas oportunidades
coadjuvantes no auge de sua beleza jovial, e viu suas possibilidades diminuírem
com o tempo, remetendo à nomes de Hollywood como Veronica Lake ou Ann
Sheridan. Apesar de estabelecidas e bem-conhecidas, Lake e Sheridan são
exemplos de atrizes que viveram mulheres sedutoras nas telas mas não
conseguiram se manter no estrelato com o passar dos anos, chegando apenas na
beira do 1º escalão de Hollywood. A própria Sorvino comparou Crandall à Lana
Turner, como uma atriz que sempre foi elogiada mais pela sua beleza do que
pelo seu talento.
Em Hollywood, a personagem de Mira Sorvino tem um longo caso com o dono do estúdio, Ace Amberg, e após relatar a traição à esposa do executivo, sente que sua carreira estaria acabada. Mas a redenção de Crandall, que finalmente é escalada em um papel de destaque, inevitavelmente remete como uma correção na trajetória da própria intérprete da personagem. Sorvino é conhecida por ser uma das atrizes que entraram na lista negra de Harvey Weinstein por ter resistido aos abusos do dono da Miramax, e após vencer o Oscar em 95, não teve papéis de grande destaque no cinema. Anos mais tarde, Peter Jackson revelou que a Miramax barrou o teste de Sorvino para O Senhor dos Anéis, confirmando sua interferência na carreira da atriz. Ver a personagem de Mira Sorvino receber uma grande oportunidade mesmo que tardiamente em sua carreira soa como um conto alternativo para as atrizes que viram suas carreiras prejudicadas por abusos de Hollywood.
sábado, 6 de março de 2021
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TERROR 2018 10 O SACRIFÍCIO DO CERVO SAGRADO Marcos Brolia 15/02/2018 Bizarrice da vez de Yorgos Lanthimos disfarçada de thrille...