Direção:
Vittorio De Sica
Produção:
Giuseppe Amato, Vittorio De Sica
Roteiro:
Cesare Zavattini, Oreste Biancoli, Suso d'Amico, Vittorio De Sica, Adolfo
Franci, Gerardo Guerrieri, baseado no livro Ladri di Biciclette, de Luigl
Bartolini.
Fotografia:
Carlo Montuori
Música:
Alessandro Cicognini
Elenco:
Lamberto
Maggiorani … Antonio Ricci
Enzo
Staiola ……………Bruno
Lianella
Carell ………….Maria
Gino
Saltamerenda ……Baiocco
Vittorio
Antonucci ……...Ladrão
Ainda:
Giulio Chiari, Elena Altieri, Carlo Jachino, Michele Sakara, Emma Druettl,
Fausto Guerzoni.
Oscar:
Giuseppe Amato, Vittorio De Sica (prémio honorário – melhor filme estrangeiro)
Indicação
ao Oscar: Cesare Zavattini (Roteiro)
Antonio
Ricci (Lamberto Maggiorani), um desempregado na Roma do pós-guerra, consegue um
emprego de colador de cartazes de cinema depois que sua mulher penhora as
roupas de cama da família para tirar sua bicicleta do prego. Porém, assim que
ele começa a trabalhar, a bicicleta é roubada. Com Bruno (Enzo Staiola), seu
filho pequeno, a reboque, ele cruza a cidade tentando recuperá-la, deparando-se
no caminho com vários aspectos da sociedade romana, incluindo algumas das mais
agudas diferenças sociais. Esta obra-prima é geralmente considerada - e com
justiça - uma das peças-chave do realismo italiano. O crítico francês André
Bazin também o reconheceu como um dos grandes filmes comunistas já feitos. O
fato de ter recebido o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1949 sugere que ele
não foi visto dessa forma nos Estados Unidos à época. Ironicamente, a única
coisa que chamou a atenção dos censores americanos foi uma cena em que o garotinho
urina na rua. Para alguns defensores da teoria autoral, ele perdeu um pouco do
seu poder por não ter derivado de uma só mente. Uma colaboração entre o roteirista
Cesare Zavattini, o diretor Vittorio De Sica, atores amadores e muitos outros,
a produção é tão carregada de um espírito coletivo que é quase inútil tentar separar
os méritos. Ladrões de bicicletas contém o que talvez seja a maior
representação do relacionamento entre pai e filho da história do cinema, repleto
de oscilações e gradações progressivas em termos de respeito e confiança entre
os dois personagens, além de ser impressionantemente desolador. Ele também tem
seus momentos de comédia à Chaplin, como o comportamento contrastante de dois
menininhos almoçando no mesmo restaurante. Se comparado a um filme como A vida
é bela, ele dá uma Ideia de como o cinema comercial mundial e sua relação com a
realidade foram infantilizados no decorrer do século passado. JRos
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 201)
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