sexta-feira, 25 de abril de 2014

201 1948 LADRÕES DE BICICLETAS (LADRI Dl BICICLETTE, ITÁLIA)


Direção: Vittorio De Sica
Produção: Giuseppe Amato, Vittorio De Sica
Roteiro: Cesare Zavattini, Oreste Biancoli, Suso d'Amico, Vittorio De Sica, Adolfo Franci, Gerardo Guerrieri, baseado no livro Ladri di Biciclette, de Luigl Bartolini.
Fotografia: Carlo Montuori
Música: Alessandro Cicognini
Elenco:
Lamberto Maggiorani … Antonio Ricci
Enzo Staiola ……………Bruno
Lianella Carell ………….Maria
Gino Saltamerenda ……Baiocco
Vittorio Antonucci ……...Ladrão
Ainda: Giulio Chiari, Elena Altieri, Carlo Jachino, Michele Sakara, Emma Druettl, Fausto Guerzoni.
Oscar: Giuseppe Amato, Vittorio De Sica (prémio honorário – melhor filme estrangeiro)

Indicação ao Oscar: Cesare Zavattini (Roteiro)

Antonio Ricci (Lamberto Maggiorani), um desempregado na Roma do pós-guerra, consegue um emprego de colador de cartazes de cinema depois que sua mulher penhora as roupas de cama da família para tirar sua bicicleta do prego. Porém, assim que ele começa a trabalhar, a bicicleta é roubada. Com Bruno (Enzo Staiola), seu filho pequeno, a reboque, ele cruza a cidade tentando recuperá-la, deparando-se no caminho com vários aspectos da sociedade romana, incluindo algumas das mais agudas diferenças sociais. Esta obra-prima é geralmente considerada - e com justiça - uma das peças-chave do realismo italiano. O crítico francês André Bazin também o reconheceu como um dos grandes filmes comunistas já feitos. O fato de ter recebido o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1949 sugere que ele não foi visto dessa forma nos Estados Unidos à época. Ironicamente, a única coisa que chamou a atenção dos censores americanos foi uma cena em que o garotinho urina na rua. Para alguns defensores da teoria autoral, ele perdeu um pouco do seu poder por não ter derivado de uma só mente. Uma colaboração entre o roteirista Cesare Zavattini, o diretor Vittorio De Sica, atores amadores e muitos outros, a produção é tão carregada de um espírito coletivo que é quase inútil tentar separar os méritos. Ladrões de bicicletas contém o que talvez seja a maior representação do relacionamento entre pai e filho da história do cinema, repleto de oscilações e gradações progressivas em termos de respeito e confiança entre os dois personagens, além de ser impressionantemente desolador. Ele também tem seus momentos de comédia à Chaplin, como o comportamento contrastante de dois menininhos almoçando no mesmo restaurante. Se comparado a um filme como A vida é bela, ele dá uma Ideia de como o cinema comercial mundial e sua relação com a realidade foram infantilizados no decorrer do século passado. JRos
(1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 201)

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