Direção: Josef von
Sternberg
Sinopse:
A Princesa Sofia
da Prússia (Marlene Dietrich) é enviada à Rússia para casar-se com o
Grão-Duque, filho da Imperatriz. Ela pretende trazer mais sangue real aos descendentes
de seu filho, e obriga a jovem a mudar sua religião e seu nome. Assim, a jovem
e bela Sofia torna-se Catarina, e amadurece em meio aos encantos e luxos de seu
novo império de prazeres. Apesar de odiar seu marido, ela adora sua legião de
soldados russos, e faz questão de agradá-los sempre que possível. Com a
decadência da velha monarca, o Império de Catarina, a Grande é construído com a
ajuda do poder militar de seu país, e tomando o lugar que deveria ser de seu
marido, ela se torna uma das mais poderosas líderes da história da Rússia
Catarina, a Grande
A Imperatriz
nascida na Prússia em 1729, mais precisamente na cidade de Stettin, foi a
grande modernizadora do Império Russo apesar de ser uma estrangeira. Em 34 anos
ela governou com obstinação de maneira absoluta estendendo as fronteiras do
Império, promovendo as artes e promulgando leis para melhorar o ensino, além de
realizar uma verdadeira reforma na administração.
Sophie Friederike
Auguste, princesa von Anhalt-Zerbst, como era seu nome antes de se casar com
Pedro III, mantinha contato com filósofos como Diderot e Voltaire, que foi quem a
apelidou de “Catarina, a Grande”, além de outros enciclopedistas
franceses, tendo sido influenciada por suas idéias na maneira de governar.
Sophie foi chamada
por sua tia a czarina Isabel para que se casasse com seu filho adotivo Pedro de
Hosltein-Gottorp. O casamento arranjado é realizado em 1745 e Sophie passa a se
chamar Catarina Alexievna, aderindo à religião ortodoxa grega. Bem no ano de
seu casamento o azarão Pedro contraiu varíola e ficou com cicatrizes no rosto
pelo resto de sua vida além de ter perdido boa parte do cabelo. Assim e
considerando que ambos nem se conheciam antes do casamento, tanto Pedro III
quanto Catarina, costumavam manter amantes sendo que Catarina, de forma nada
confidencial, mantinha preferência por Gregori Orloff, que fazia parte do
exército e tinha algumas fãs na corte.
O conhecimento
sobre as traições era recíproco ao casal e considerado normal, mas Pedro III
temia a influência de Gregory sobre Catarina, ainda mais pela fama de seu
irmão, Alexei Orloff, conhecido como um sanguinário. E Pedro III tinha mesmo o
que temer.
Gregory estava
arquitetando um plano para derrubar o czar, mas a história vazou e ele teve que
tomar uma medida desesperada: ou Catarina dava um golpe de Estado e tomava o
poder, ou ambos corriam o risco de serem decapitados. Assim, junto com os
irmãos Orloff, Catarina mexeu os pauzinhos e em 1762 depôs Pedro III que havia
governado de maneira desastrosa e descontentado grande parte da população,
principalmente do clero após lhes retirar alguns direitos, não encontrando, por
isso, muita resistência da corte.
Só que Alexei
ainda temia que Pedro tentasse alguma coisa e resolveu acabar de vez com o
perigo por conta própria. Catarina ficou sabendo somente depois que seu marido
havia sido estrangulado, mas tratou de espalhar a notícia de que ele havia
morrido de cólicas violentíssimas. Só que ninguém era bobo. A notícia causou um
estardalhaço em toda a Europa e Catarina percebeu que se mantivesse os irmãos
Orloff por perto correria sérios riscos. Assim, ela cortou suas relações com
Gregory tratando de arrumar outro amante, o Conde de Potemkin, unindo o útil ao
agradável já que ele era alguns anos mais novo que Gregory.
Contudo, todas
estas extravagâncias de sua vida pessoal não a impediram de governar de forma
exemplar o Império Russo e transformá-lo na maior potência da Europa na época.
Catarina enfrentou durante todo seu reinado os ataques do Império Otomano,
porém saiu vitoriosa em todas as ocasiões.
Além disso, ela
era uma fervorosa defensora das artes e da cultura, tendo inaugurado a
Universidade de Moscou em 1783 e uma academia para o desenvolvimento da
literatura russa. Ela reduziu o emprego da tortura e da pena de morte na Rússia
e no campo da política externa,
Catarina alargou as fronteiras do Império ao anexar partes da Polônia, da qual
ela participou ativamente do processo de divisão, da Ucrânia Ocidental,
Lituânia e Bielorússia. Em 1783 ela anexa a Criméia fazendo com que o Império
chegue ao Mar Negro.
Deixando apenas um
filho, Paulo I, Catarina, a Grande, morreu em 1796 em Tsarkoie Selo, perto
de São
Petersburgo, pouco depois de ter preparado uma invasão a
República Francesa.
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