TERROR 2017 51 A BABÁ
Comédia de horror besteirol adolescente
despretensiosa.
Sabe aquela típica
comédia de horror adolescente, exemplo de diversão descompromissada, com todo
um clima throwback Sessão da Tarde, e mais, repleto
de gore? Isso é A Babá, nova produção original da incansável
Netflix, que estreou em sua grade de programação na última sexta-feira 13/10/2017.
Dirigido por McG, sim, aquele mesmo de As Panteras e O
Exterminador do Futuro: A Salvação e escrito por Brian Duffeld,
da Série Divergente. A
Babá é um caso de estudo perfeito daquele tipo de filme que você fica
“zapeando” no serviço de streaming procurando
alguma coisa sem pretensão nenhuma para assistir para tapar um buraco de 90
minutos livres em sua vida. E que no final, até consegue lhe surpreender
positivamente, contanto que você entenda sua proposta desde o início. Para
começo de conversa, estamos falando de uma produção voltada para o público
adolescente, então não espera nada mais que um apanhado de clichês, personagens
completamente estereotipados, humor bem do sem graça em muitas das situações em
uma história mais velha que andar pra frente. Isso com piadas de situação
totalmente adoles, mesclado com uma cacetada de referências da cultura pop,
trilha sonora afiada e elementos visuais e narrativos usados em cena, além da
edição, que conversam perfeitamente com essa geração Z. Só que além de tudo
isso, temos lá seu humor negro afiado vez ou outra, momentos de tensão típicos
de um slasher e thriller de sobrevivência e muito,
mas muito sangue sendo despejado, mostrando que mesmo sem qualquer pretensão, o
filme bebe claramente na fonte de clássicos como A Morte do Demônio, atualizado para uma geração posterior
à Garota Infernal. Naquele emaranhado de clichês e
personagens estereótipos que falei lá em cima, a trama traz o adolescente Cole
(Judah Lewis, moleque para se prestar atenção) que passa uma noite sozinho em
casa com a gostosíssima babá, Bee (vivida por Samara Weaving – que você pode
lembrar da participação rápida na série Ash vs Evil Dead, ou então por ser
sobrinha do Hugo “Agente Smith/ Priscila/ Elrond/ Caveira Vermelha” Weaving. A
garota é literalmente a mina dos sonhos: loira, linda, alta, bronzeada, corpo
escultural, mega gente boa e fã de ficção científica. Obviamente o meninão é
apaixonado por ela. Mas, por trás desta perfeição toda, esconde-se o fato de
que ela faz parte de uma seita satânica e precisa do sangue de um inocente para
realizar um ritual descrito em um antigo grimório. E parece já ser expert no assunto. Ou seja, Cole passa a
ser perseguido por Bee e o grupinho que faz parte de seu culto e precisa
sobreviver a todo custo. Enquanto isso, tome gente tendo o crânio perfurado por
facas, cabeças explodindo com tiro de dose, enforcamentos, empalamento e
escatologia com banhos de sangue aos borbotões, mostrando que mesmo sendo um
filme teen, tem uma dose
considerável de violência gráfica, além de uma série de paródias ao próprio
subgênero, ao melhor estilo O Segredo da Cabana. Veredicto? Não espere
muita coisa de A Babá. Mas não o critique por ser exatamente da forma que
é e voltado para uma faixa etária que talvez você não faça mais parte. Não seja
essa pessoa. A proposta é bastante clara e cumpre exatamente aquilo que
promete, e que diabos, não tem mal nenhum em gastar dois neurônios assistindo a
um filme que ainda entrega um splatter caricato,
sacaneia os próprios lugares-comum e remete uma deliciosa sensação saudosista
da época em que a juventude podia se deliciar com esse naipe de terror
adolescente.
3 rituais para A
Babá
Fonte: https://101horrormovies.com.br/review-2017-51-a-baba/
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