quarta-feira, 14 de maio de 2014

SÉPTIMO (Argentina, 2013)

Crítica de Filme: Séptimo
Por: Diego Cárcano

Ninguém melhor para falar do cinema argentino do que um argentino, certo? O BLAH CULTURAL apresenta, orgulhosamente, seu primeiro colaborador ‘hermano’: Diego Cárcano. “Séptimo” inaugura no site a primeira crítica escrita em duas línguas: português e espanhol (logo abaixo da resenha traduzida).
Aproveite e sejam bem-vindos nossos irmãos argentinos!

PORTUGUÊS
Ricardo Darín volta a se meter na pele de um personagem urbano, são nesses que ele se sai melhor, desta vez vive um advogado sem muitos escrúpulos, que está envolvido em um caso escuso. Em sua vida pessoal está passando por uma fase crítica, está se divorciando.  Ele vê seus filhos só alguns dias da semana, mas entre eles existe a cumplicidade de um jogo inocente, correm do sétimo andar (onde vivem as crianças com a mãe) até chegar na portaria do edifício. O pai pelo elevador e os filhos, andar por andar, pela escadaria. Um dia, jogando como sempre, o advogado se depara com o desaparecimento das crianças. O que aconteceu? Foram raptados em alguns dos andares? Foram levados quando chegaram na porta da rua? Quem é o responsável? O vizinho solitário com cara de psicótico? Os rivais do caso em que está envolvido? O porteiro que conhece a família a vida inteira?
A premissa é direta e atraente. Embora o tema do ente querido que desaparece, em um abrir e fechar de olhos, já tenha sido abordada várias vezes no cinema (com melhores e piores resultados), sempre é interessante experimentá-lo através de nosso olha latino, imerso na incerteza cotidiana da insegurança (do crime).Um thriller com sabor argentino.
O grande problema do filme é que todo peso da trama está nos ombros de Darín, que certamente consegue levar adiante, ainda que a maior parte da ação transcorra dentro do mesmo lugar, o interesse não diminui nem por um momento. A ideia do edifício, visto como um micromundo é muito efetiva sem dúvidas (mais ainda do que a própria resolução ao meu ver). Porém, faltou desenvolver um pouco mais, jogar com a multiplicidade de portas-opcionais e personalidades dos moradores, todos suspeitos.
 crítica especializada tem sido dura com o filme pelos buracos e pontas soltas que permanecem em aberto, mas para mim, isto é um toque de maior realismo. Quando na vida real, se solucionam todos os detalhes em um caso policial? Ainda mais na Argentina!
Em resumo, “Séptimo” cumpre seu propósito, sem se destacar.

BEM NA FITA: Darín em ação.

QUEIMOU O FILME: Faltou mais explorar a ideia de construir um “mundo dentro de outro mundo” ou como um labirinto.

FICHA TÉCNICA:
País: Argentina/España, 2013
Direção: Patxi Amezcua
Roteiro: Patxi Amezcua, Alejo Flah
Elenco: Ricardo Darín, Belén Rueda, Luis Ziembrowski, Osvaldo Santoro, Guillermo Arengo, Jorge D’Elía

ESPANHOL
Ricardo Darín vuelve a meterse en la piel de un personaje urbano, de esos que mejor le salen, esta vez un abogado sin muchos escrúpulos que está implicado en un caso turbio. Su vida personal está pasando por una fase crítica, se está divorciando. Ve a sus hijos algunos días a la semana y con ellos existe la complicidad de un juego inocente, corren carreras desde el séptimo piso (donde viven los chicos con su madre) hasta la planta baja; él por el ascensor y ellos por las escaleras. Un día, jugando como siempre, el abogado se encuentra con que sus hijos han desaparecido ¿Qué sucedió? ¿Fueron raptados en uno de los pisos intermedios? ¿Se los llevaron al llegar a la puerta de calle? ¿Y quién es el responsable? ¿ El vecino solitario con cara de psicótico? ¿ Sus rivales del juicio en el que está involucrado? ¿El portero que conoce a la familia de toda la vida?
La premisa es directa y atrapante. Aunque el tema del ser querido que desaparece en un abrir y cerrar de ojos ya fué abordada varias veces en el cine (con mejor o peor resultado), siempre es interesante experimentarlo a través de nuestra mirada latina, inmersa en esta incertidumbre cotidiana de la inseguridad ante el crimen. Un thriller con sabor argento.
El gran problema del filme, es que todo el peso de la trama recae en los hombros de Darín, que, sin embargo, consigue llevarla adelante, aunque la mayor parte de la acción transcurra dentro del mismo lugar logra que el interés no decaiga ni por un momento. La idea del edificio visto como un micromundo es muy efectiva sin dudas (mas aún que la propia resolución a mi modo de ver), pero faltó desarrollarla un poco mas, jugar con la multiplicidad de puertas-opciones y la personalidad de sus habitantes, todos sospechosos.
La crítica especializada ha sido dura con la película por los baches y cabos sueltos que quedan flotando, pero para mi, eso le da un toque de mayor “realismo”: ¿Cuándo, en la vida real, se solucionan todas las implicaciones de un caso policial? ¡Y más aún en Argentina!
En resumen, Séptimo cumple su propósito, sin descollar.

POSITIVO: Darín en acción.

NEGATIVO: Faltó explotar mas la idea del edificio como “mundo dentro de otro mundo”, o como laberinto.

CRÉDITOS:
Origen: Argentina/España, 2013
Dirección: Patxi Amezcua
Guion: Patxi Amezcua, Alejo Flah
Con: Ricardo Darín, Belén Rueda, Luis Ziembrowski, Osvaldo Santoro, Guillermo Arengo, Jorge D’Elía

Fonte: http://www.blahcultural.com/septimo-2013/

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