Crítica de Filme: Séptimo
Por: Diego Cárcano
Ninguém
melhor para falar do cinema argentino do que um argentino, certo? O BLAH
CULTURAL apresenta, orgulhosamente, seu primeiro colaborador
‘hermano’: Diego Cárcano.
“Séptimo” inaugura no site a primeira crítica escrita em duas línguas:
português e espanhol (logo abaixo da resenha traduzida).
Aproveite
e sejam bem-vindos nossos irmãos argentinos!
PORTUGUÊS
Ricardo
Darín volta a se meter na pele de um personagem urbano, são nesses que ele se
sai melhor, desta vez vive um advogado sem muitos escrúpulos, que está
envolvido em um caso escuso. Em sua vida pessoal está passando por uma fase
crítica, está se divorciando. Ele vê seus filhos só alguns dias da
semana, mas entre eles existe a cumplicidade de um jogo inocente, correm do
sétimo andar (onde vivem as crianças com a mãe) até chegar na portaria do
edifício. O pai pelo elevador e os filhos, andar por andar, pela escadaria. Um
dia, jogando como sempre, o advogado se depara com o desaparecimento das
crianças. O que aconteceu? Foram raptados em alguns dos andares? Foram levados
quando chegaram na porta da rua? Quem é o responsável? O vizinho solitário com
cara de psicótico? Os rivais do caso em que está envolvido? O porteiro que
conhece a família a vida inteira?
A
premissa é direta e atraente. Embora o tema do ente querido que desaparece, em
um abrir e fechar de olhos, já tenha sido abordada várias vezes no cinema (com
melhores e piores resultados), sempre é interessante experimentá-lo através de
nosso olha latino, imerso na incerteza cotidiana da insegurança (do crime).Um
thriller com sabor argentino.
O grande
problema do filme é que todo peso da trama está nos ombros de Darín, que
certamente consegue levar adiante, ainda que a maior parte da ação transcorra
dentro do mesmo lugar, o interesse não diminui nem por um momento. A ideia do
edifício, visto como um micromundo é muito efetiva sem dúvidas (mais ainda do
que a própria resolução ao meu ver). Porém, faltou desenvolver um pouco mais,
jogar com a multiplicidade de portas-opcionais e personalidades dos moradores,
todos suspeitos.
crítica especializada tem sido dura com o
filme pelos buracos e pontas soltas que permanecem em aberto, mas para mim,
isto é um toque de maior realismo. Quando na vida real, se solucionam todos os
detalhes em um caso policial? Ainda mais na Argentina!
Em
resumo, “Séptimo” cumpre seu propósito, sem se destacar.
BEM NA
FITA: Darín
em ação.
QUEIMOU O
FILME: Faltou
mais explorar a ideia de construir um “mundo dentro de outro mundo” ou como um
labirinto.
FICHA
TÉCNICA:
País:
Argentina/España, 2013
Direção:
Patxi Amezcua
Roteiro:
Patxi Amezcua, Alejo Flah
Elenco:
Ricardo Darín, Belén Rueda, Luis Ziembrowski, Osvaldo Santoro, Guillermo
Arengo, Jorge D’Elía
ESPANHOL
Ricardo
Darín vuelve a meterse en la piel de un personaje urbano, de esos que mejor le
salen, esta vez un abogado sin muchos escrúpulos que está implicado en un caso
turbio. Su vida personal está pasando por una fase crítica, se está
divorciando. Ve a sus hijos algunos días a la semana y con ellos existe la
complicidad de un juego inocente, corren carreras desde el séptimo piso (donde
viven los chicos con su madre) hasta la planta baja; él por el ascensor y ellos
por las escaleras. Un día, jugando como siempre, el abogado se encuentra con
que sus hijos han desaparecido ¿Qué sucedió? ¿Fueron raptados en uno de los
pisos intermedios? ¿Se los llevaron al llegar a la puerta de calle? ¿Y quién es
el responsable? ¿ El vecino solitario con cara de psicótico? ¿ Sus rivales del
juicio en el que está involucrado? ¿El portero que conoce a la familia de toda
la vida?
La
premisa es directa y atrapante. Aunque el tema del ser querido que desaparece
en un abrir y cerrar de ojos ya fué abordada varias veces en el cine (con mejor
o peor resultado), siempre es interesante experimentarlo a través de nuestra
mirada latina, inmersa en esta incertidumbre cotidiana de la inseguridad ante
el crimen. Un thriller con sabor argento.
El gran
problema del filme, es que todo el peso de la trama recae en los hombros de
Darín, que, sin embargo, consigue llevarla adelante, aunque la mayor parte de
la acción transcurra dentro del mismo lugar logra que el interés no decaiga ni
por un momento. La idea del edificio visto como un micromundo es muy efectiva
sin dudas (mas aún que la propia resolución a mi modo de ver), pero faltó
desarrollarla un poco mas, jugar con la multiplicidad de puertas-opciones y la
personalidad de sus habitantes, todos sospechosos.
La
crítica especializada ha sido dura con la película por los baches y cabos
sueltos que quedan flotando, pero para mi, eso le da un toque de mayor
“realismo”: ¿Cuándo, en la vida real, se solucionan todas las implicaciones de
un caso policial? ¡Y más aún en Argentina!
En
resumen, Séptimo cumple su propósito, sin descollar.
POSITIVO: Darín en acción.
NEGATIVO: Faltó explotar mas la idea del
edificio como “mundo dentro de otro mundo”, o como laberinto.
CRÉDITOS:
Origen:
Argentina/España, 2013
Dirección:
Patxi Amezcua
Guion:
Patxi Amezcua, Alejo Flah
Con:
Ricardo Darín, Belén Rueda, Luis Ziembrowski, Osvaldo Santoro, Guillermo
Arengo, Jorge D’Elía
Fonte:
http://www.blahcultural.com/septimo-2013/
Nenhum comentário:
Postar um comentário