segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

097 1936 IRENE, A TEIMOSA (MY MAN GODFREY, EUA)


Direção: Gregory La Cava
Produção: Gregory La Cava, Charles l Rogers
Roteiro: Eric Hatch, Morrie Rysklnd, baseado no livro de Eric Hatch
Fotografia: Ted Tetzlaff
Música: Charles Previn, Rudy Schrager
Elenco:
William Powell ……..Godfrey
Carole Lombard ……Irene Bullock
Alice Brady …………Angelica Bullock
Gail Patrick …………Cornelia Bullock
Eugene Pallette ……Alexander Bullock
Jean Dixon …………Molly
Indicação ao Oscar: Gregory La Cava (diretor), Eric Hatch, Morrie Rysklnd (roteiro), William Powell (ator),
Mischa Auer (ator coadjuvante), Carole Lombard (atriz), Alice Brady (atriz coadjuvante)I

Como um um dos mestres do género das sofisticadas comédias de salão, Gregory La Cava pode não ter tido a consciência social mais pulsante da Hollywood da década de 30. No entanto, o, seu talento para a sátira de cunho social e político fica claro em filmes como Gabriel over the White House (1933), She Married Her Boss (1935) e, principalmente, Irene, a Teimosa, sua obra mais notável. Produzido no fim da Depressão, este clássico das comédias escrachadas apresenta o mendigo Godfrey (William Powell) sendo contratado como mordomo, como parte de uma brincadeira feita por um grupo de figurões da Park Avenue. Alguns diálogos afiados depois, ele assume total controle da casa dos ricaços, encanta a bela Irene (Carole Lombard), revela que o amante Idiota da mãe (que é chamado  de "protegé" por conta do Código de Produção) é um vigarista e ajuda o pai rabujento a evitar a falência e uma prisão por fraude. Previsivelmente, a trama revela que o próprio Godfrey estava apenas se fazendo passar por mendigo quando o grupo de ricaços o encontrou para poder se casar com a socialite dos seus sonhos. No entanto, a essa altura a classe dominante já desfilou diante da câmera como um bando de idiotas narcisistas e infantis. Sem dúvida, esse foi um dos motivos do sucesso do filme entre as plateias da época. Irene, a teimosa perde pouco da sua acidez na segunda metade, quando os ingredientes de contos de fadas assumem o controle e terminam o filme com uma mensagem boba: o dinheiro não é tudo! Porém mesmo então ele consegue cativar através da pura Inteligência do seu roteiro espirituoso, escrito pelo romancista Eric Hatch em parceria com Morrie Riskind. Ele carrega a marca de um legítimo grande filme ao não ter uma só linha de diálogo ruim ou um personagem fraco que seja. Às vezes, o ritmo de La Cava é de uma velocidade impressionante, levando duelos verbais alucinados a quase todas as cenas e utilizando uma economia narrativa de forma tão natural que o filme poderia servir de protótipo para o cinema clássico de Hollywood. Embora tenha estreado quase 70 anos atas, Irene, a teimosa ainda se sustenta de forma notável e poderia facilmente ser refllmado para qualquer tipo de público. MT
(1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 097)

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