sexta-feira, 27 de junho de 2014

026 1925 O FANTASMA DA ÓPERA (THE PHANTOM OF THE OPERA, EUA)


Direção: Rupert Julian, Lon Chaney
Produção: Carl Laemmle
Roteiro: Gaston Leroux
Fotografia: Milton Bridenbecher, Virgil Miller, Charles Van Enger
Música: Gustav Hinrichs ( versão de 1925); David Broekman, Sam Perry, William Schiller (versão de 1929)
Elenco:
Lon Chaney ………... Erik, o fantasma
Mary Philbin ……….. Christine Daae
Norman Kerry ……... Visconde Raoul de Chagny
Arthur Edmund Carewe …. Ledoux
Gibson Gowland …… Simon Buquet
Ainda: John St.Polis, Snitz Edwards

Este filme mudo de 1925 é até hoje a mais fiel adaptação da obra-prima trash de Gaston Leroux um romance que possui uma ambientação formidável e um ótimo protagonista, mas cujo o enredo é claudicante do início ao fim. O filme é uma estranha combinação de uma direção arrastada (em sua maioria de Rupert Julian, embora outros tenham colaborado) com uma incrível cenografia da Universal Pictures, de modo que personagens unidimensionais - o insosso herói Norman Kerry é especialmente irritante – se apresentam diante de cenários impressionantes. O Fantasma da Ópera oferece uma série de momentos primorosos que escondem sua débil estrutura: o baile de máscaras (uma breve sequência em Technicolor), em que o fantasma surge vestido como a Morte Escarlate de Edgar Allan Poe; a queda do lustre, causada pelo para mostrar à plateia o que acha da atual diva: diversas incursões pelo mágico submundo da Ópera de Paris; e o melhor de todos - quando o trágico mascarado e seu desfigurado rosto de caveira é visto pela primeira vez (o choque é tão grande que até a câmera se assusta, saindo de foco por um instante). O que torna este filme um clássico é o fato de ele conter um dos melhores exemplos de de atuação melodramática do cinema mudo, o impecável, abandonado e violentogênio-monstro de Lon Chaney. Intertítulo favorito: "Vocês estão dançando sobre os túmulos de homens atormentados!" K N
(1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 026)

#009 1925 O FANTASMA DA ÓPERA (The Phantom of the Opera EUA)
Direção: Rupert Julian
Roteiro: Walter Anthony, Elliot J. Clawson, Bernard McConville, Frank M. McCormack, Tom Reed, Raymond L. Schrock, Jasper Spearing, Richard Wallace (não creditados), baseado na obra de Gaston Leroux
Produção: Carl Laemmle (não creditado)
Elenco: Lon Chaney, Mary Phibin, Norman Kerry, Arthur Edmund Cawere

O Fantasma da Ópera, baseado no romance homônimo escrito por Gaston Leroux, foi adaptado inúmeras vezes para o cinema, TV e teatro. Mas essa versão de 1925 em específico, foi o debute do atormentado personagem nas telonas, produzido pelo lendário Carl Laemmle para a Universal e principalmente, contou com Lon Chaney, o Homem das Mil Faces, o primeiro grande astro do cinema de terror, como protagonista. Lon Chaney ficou conhecido por esse apelido por ter se especializado em representar papeis de personagens grotescos e monstruosos, sempre extremamente bem caracterizados (como o próprio Fantasma da Ópera e O Corcunda de Notre Dame, entre outros) e o responsável por inventar uma inovadora técnica de maquiagem na época. O filme, assim como o romance original, se passa na França do século XIX, na Ópera de Paris, onde o louco personagem desfigurado vive no subterrâneo, se esgueirando pelos aposentos do luxuoso edifício e trazendo terror. Apaixonado por uma jovem cantora de ópera, Christine Daaé, resolve raptá-la. Mesmo fascinada pelo raptor, ao descobrir o seu verdadeiro rosto monstruoso por baixo da máscara que usa, Christine entra em estado de choque e promete que nunca mais amará nenhum outro homem, além do monstro.  Porém, como Christine é apaixonada pelo Visconde Raoul de Chagny, ao ser libertada, resolve se casar com ele em segredo e fugir. O fantasma descobre a trairagem e motivado por vingança e ciúmes, começa seu rastro de destruição. Três sequências do longa merecem destaque: a clássica cena da queda do lustre, através de uma sabotagem do monstro para deixar bem claro sua opinião sobre a atual cantora da ópera; a cena onde é revelada pela primeira vez as feições assustadoras do fantasma e por fim, a mais deslumbrante de todas, a cena do baile de máscaras, filmadas em technicolor, jogando um pouco de cor no cinema preto & branco da época, onde o fantasma entra em cena todo vestido de vermelho com uma exuberante capa, chapéu e máscara de caveira, que é claramente inspirado no conto de Edgar Allan Poe, A Máscara da Morte Escarlate, que mais tarde também seria adaptado ao cinema em A Orgia da Morte, durante a proeminente parceria entre o diretor Roger Corman e o ator Vincent Price. Apesar desses pontos positivos e do excelente trabalho cenográfico da Universal, e de alardear que contou com cinco mil figurantes para a produção, a direção de Rupert Julian é arrastada e os atores que interpretam Christine e Raoul não ajudam nem um pouco, não se criando a mínima empatia pelos personagens, exceto claro, pelo monstro de Chaney. Por curiosidade, assista a versão, também da Universal, de 1943 e uma outra refilmagem de 1989, com Robert Englud, o eterno Freddy Kruger, como o fantasma. Ainda há a versão de 2004, que é uma adaptação do famoso musical da Broadway de Andrew Lloyd Webber.

FONTE: http://101horrormovies.com/2012/11/11/5-o-fantasma-da-opera-1925/

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