Direção:
Julien Duvivier
Produção:
Raymond Hakim, Robert Hakim
Roteiro:
Jacques Constant, Julien Duvivier
Fotografia:
Marc Fossard, Jules Kruger
Música: Vincent Scotto, Mohamed Ygerbuchen
Elenco:
Jean
Gabin ………… Pépé le Moko
Gabriel
Gabrio ……… Carlos
Saturnin Fabre ……… Le Grand Père
Fernand Charpin …… Régis (as Charpin)
Lucas
Gridoux ………. Slimane
Gilbert Gil ……………. Pierrot (as Gilbert-Gil)
O
demônio da Argélia foi o filme que consolidou o estrelato de Jean Cabin e
definiu sua persona das telas como a de um sujeito durão e malandro que, embora
abertamente cínico, possui um veio romântico que causará sua derrocada. No
papel de Pépé, um gângster parisiense expatriado que se tornou um manda-chuva
na Casbah (a parte árabe de Argel), ele gosta do poder que tem, mas sente
nostalgia de Paris. Quando uma bela turista francesa (Mireille Balln), a
personificação de sua desejada terra natal, chama sua atenção, a tentação se
torna forte demais. No entanto, fora da Casbah ele fica vulnerável, pois lá um
incansável policial (Lucas Cridoux) está à espreita. A capacidade que o diretor
Jullen Duvivier tem de evocar toda uma atmosfera cria uma visão vibrante
(embora romantizada) da Casbah, um exótico labirinto de becos serpeantes,
repleto de detalhes pungentes. Pegando emprestados motivos dos clássicos gângsters
de Hollywood, mas temperando-os com um agourento romantismo gaulês, O demônio
da Argélia prefigura o gênero nolr. Imagens de barras, grades e cercas são recorrentes
no filme, frisando o aprisionamento de Pépé dentro de seu pequeno feudo. O
filme é permeado por um clima de anseio, de sonhos de juventude perdidos e de
desejos que jamais poderão ser saciados. Esse fatalismo o levou a ser proibido
durante a guerra pelo regime de Vichy; no entanto, sua recepção calorosa após
essa ausência temporária serviu apenas para confirmar seu status de clássico.
PK
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 112)
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