Direção:
Michael Curtlz
Produção:
Samuel Bischoff
Roteiro: Rowland Brown, John Wexley, Warren Duff
Fotografia:
Sol Polito
Musica:
Max Steiner
Elenco:
James Cagney ……… Rocky Sullivan
Pat O’Brien ……………Jerry Connolly
Humphrey Bogart …… James Frazier
Ann Sheridan ………… Laury Ferguson
Billy Halop …………… Soapy
George Bancroft ………Mac Keefer
Indicação
ao Oscar: Michael Curtiz (Diretor), Rowland Brown (roteiro), James Cagney (ator)
Os
filmes de Michael Curtiz pregam responsabilidade social e Anjos de cara suja é
seu mais poderoso sermão. Rocky e Jerry, dois amigos que moravam em um bairro
barra pesada de Nova York, se tomam um famoso gangster (James Cagney) e um
padre engajado (Pat O'Brien), respectivamente. Uma gangue de adolescentes
idolatra Rocky, até o padre Jerry convencer seu amigo condenado a "se
acovardar" na sua execução. Ao sustentar sua missão didática, o visual e o
estilo de interpretação do filme são inflamados e explícitos ao ponto da
caricatura. Na verdade, a atuação de Cagney, com sua postura arrogante e ombros
erguidos, serviu de modelo para Impressionistas como Frank Gorshin e Rich Little.
Curtiz pode ser um moralista, mas não é um moralista simplório. A capitulação
final de Rocky é aflitiva, e o diretor não a torna mais palatável. Rocky é um
rebelde carismático, e o padre Jerry é um carola chato, porém o filme deixa
poucas dúvidas sobre qual desses caminhos é o melhor para o bem comum. O
angustiante clímax, um pesadelo de detalhes horripilantes e sombras
expressionistas à medida que Rocky é arrastado choramingando para a cadeira
elétrica, ainda mantém seu poder de enfurecer espectadores que não concordam
com o rígido ponto de vista moral do filme. No entanto, para o padre Jerry esse
tipo de atitude é, na melhor das hipóteses, sentimentalista e, na pior delas,
irresponsável. Amém. MR
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 115)
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