sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

012 1922 A SORRIDENTE MADAME BEUDET (LA SOURIANTE MADAME BEUDET, França)


Direção: Germaine Dulac
Roteiro: Denys Amiel, André Obey
Fotografia: Maurice Forster, Paul Parguel
Elenco:
Alexandre Arquillière …… ...Monsieur Beudet
Germaine Dermoz ………… Madame Beudet
Jean d’Yd ………………...... Monsieur Labas
Madeleine Guitty ………...... Madame Labas

SINOPSE E COMENTÁRIO:
O célebre filme de Germaine Dulac é conhecido como um dos primeiros exemplos tanto do cinema feminista quanto do experimental. A trama retrata a vida de uma entediada dona de casa provinciana presa em um sufocante casamento burguês. No entanto, o elemento mais cativante de A sorridente madame Beudet é composto pelas elaboradas seqüências de sonho em que a dona de casa do título (Germaine Dermoz) fantasia uma vida fora dos limites da sua existência monótona. Usando efeitos especiais radicais e técnicas de montagem, Dulac incorpora alguns dos elementos estéticos de vanguard da época para contrastar o poder feminino rico e vigoroso da vida imaginária de madame Beudet com o tédio da rotina compartilhada com seu marido (Alexandre Arquillière). Quando a complexa elaboração visual da sua potencial libertação pela fantasia - a única coisa capaz de colocar um sorriso em seu rosto - é frustrada pelo surgimento do marido em seus devaneios, resta-lhe apenas uma solução: matá-lo.Infelizmente, a tentativa de assassinar o marido é também incompreendida, uma vez que madame Beudet não consegue nem mesmo fazer com que monsieur Beudet perceba suas intenções. Em última análise, Dulac não só aborda explicitamente a opressiva alienação das mulheres no sistema patriarcal como, o que é mais importante, utiliza a ainda nova mídia cinematográfica para oferecer aos espectadores uma perspectiva feminina subjetiva e radical. Isso levou seu filme a ser incluído no primeiro Festival de Cinema Feminino realizado em 1972 em Nova York.

(1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 012)

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