Direção:
Germaine Dulac
Roteiro:
Denys Amiel, André Obey
Fotografia:
Maurice Forster, Paul Parguel
Elenco:
Alexandre
Arquillière …… ...Monsieur Beudet
Germaine
Dermoz ………… Madame Beudet
Jean d’Yd ………………...... Monsieur Labas
Madeleine Guitty ………...... Madame Labas
SINOPSE E COMENTÁRIO:
O
célebre filme de Germaine Dulac é conhecido como um dos primeiros exemplos
tanto do cinema feminista quanto do experimental. A trama retrata a vida de uma
entediada dona de casa provinciana presa em um sufocante casamento burguês. No
entanto, o elemento mais cativante de A sorridente madame Beudet é composto
pelas elaboradas seqüências de sonho em que a dona de casa do título (Germaine
Dermoz) fantasia uma vida fora dos limites da sua existência monótona. Usando
efeitos especiais radicais e técnicas de montagem, Dulac incorpora alguns dos elementos
estéticos de vanguard da época para contrastar o poder feminino rico e vigoroso
da vida imaginária de madame Beudet com o tédio da rotina compartilhada com seu
marido (Alexandre Arquillière). Quando a complexa elaboração visual da sua
potencial libertação pela fantasia - a única coisa capaz de colocar um sorriso
em seu rosto - é frustrada pelo surgimento do marido em seus devaneios,
resta-lhe apenas uma solução: matá-lo.Infelizmente, a tentativa de assassinar o
marido é também incompreendida, uma vez que madame Beudet não consegue nem
mesmo fazer com que monsieur Beudet perceba suas intenções. Em última análise,
Dulac não só aborda explicitamente a opressiva alienação das mulheres no
sistema patriarcal como, o que é mais importante, utiliza a ainda nova mídia
cinematográfica para oferecer aos espectadores uma perspectiva feminina
subjetiva e radical. Isso levou seu filme a ser incluído no primeiro Festival de Cinema Feminino realizado em 1972 em Nova York.
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 012)
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