Direção: Fritz Lang
Produção: Erich Pommer
Roteiro: Norbert Jacques,
Fritz Lang, Thea von Harbou
Fotografia: Carl Hoffmann
Música: Konrad Elfers
Elenco:
Rudolf Klein-Rogge …….. Dr. Mabuse
Rudolf Klein-Rogge …….. Dr. Mabuse
Aud
Egede Nissen ……… Cara Carozza
Gertrude
Welcker …………Gräfin Dusy Told
Alfred Abel ……………….. Graf Told
Bernhard Goetzke ………. Staatsanwalt von Welk
SINOPSE E COMENTÁRIO:
Este
épico em duas partes alcançou um enorme sucesso comercial na Alemanha em 1922,
sem dúvida por atirar para todos os lados, incluindo ação mirabolante, terror, sátira,
sexo (com direito a cenas de nudez!), magia, psicologia, arte, violência,
pastelão, efeitos especiais. Visto que as picardias de Fantômas (e até de Fu
Manchu) se situam naquele limbo entre o surreal e o tosco, Dr. Mabuse se propôs
desde o Início a ser mais que um thriIler espalhafatoso: o filme é uma crítica
direcionada, utilizando a figura de um supercriminoso mestre dos disfarces para
personificar os verdadeiros males da sua época. Os subtítulos de cada uma das
duas partes do filme, que fazem alarde sobre o “nosso tempo”, frisam a questão
que já fica clara na sequência de abertura, em que a gangue do dr Mabuse
(Rudolf Kleln-Rogge) rouba um acordo comercial entre a Suíça e a Holanda não
para fazer uso da Informação secreta, mas para criar um caos momentâneo no mercado
de ações que permite a Mabuse, disfarçado como um plutocrata disfarçado como um
plutocrata de desenho animado, enriquecer de uma hora para a outra. Ele também
contrata um bando de cegos como falsificadores, aumentando a sensação dos
espectadores alemães da época de que seu
dinheiro não valia nada. (Prevendo isso, Mabuse manda seus amigos a passarem a falsificar
dinheiro americano, já que marcos autênticos valiam menos que dólares falsos.).
O vilão do título embaralha fotografias como se fossem cartas de baralho, selecionando
a identidade que iria assumir no dia e os disfarces que deveria usar. No
entanto passam-se quase duas horas até que seu nome "real" seja confirmado
- a essa altura já vimos Mabuse em vários outros disfarces, desde respeitado
psiquiatra, passando por jogador degenerado, até gerente de hotel. Na segunda
parte, ele surge de um ilusionista de um braço só e, finalmente, perde o
controle de sua frágil identidade tornando-se um louco megalômano, atormentado
pelos fantasmas daqueles matou e, em uma passagem que impressiona até hoje,
pelas enormes e grotescas estátuas e pela maquinaria que ganham vida em seu
derradeiro covil. Fritz Lang e outros diretores retornariam a Mabuse,
personagem que personifica os males da sua época - com ênfase para o filme falado
O testamento do Dr. Mabuse e o melodrama espionagem high-tech Os mil olhos do
Dr. Mabuse. K N.
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 013)
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