Direção: John
Llewellyn Moxey
Roteiro: George
Baxt, Milton Subotsky (história)
Produção: Donald
Taylor, Max Rosenberg (não creditado), Seymour S. Dorner e Milton Subotsky
(Produtores Executivos)
Elenco: Christopher
Lee, Dennis Lotis, Patricia Jessel, Tom Naylor, Betta St. John
Horror Hotel foi
o primeiro filme da produtora inglesa Amicus, de Milton Subotsky e Max J.
Rosenberg, ainda chamada de Vulcan Productions, famosa por rivalizar com a
Hammer durante os anos 60 e 70, e responsável por uma sequência inesquecível de
filmes que traziam várias antologias de terror. Filme curto, com apenas 78
minutos de duração, orçamento de 45 mil libras, fotografia preta e branca,
estrelado por um jovem Christopher Lee com 38 anos na época, Horror
Hotel foi escrito por George Baxt, em uma história de Subotsky, e traz uma
sinistra trama de bruxaria permeada com aquele característico clima gótico que
seria marca registrada de grande parte dos filmes de terror até o final dos
anos 60. Um prólogo, que faz lembrar bastante o começo de outros filmes de
bruxaria, como A Máscara de
Satã de Mario Bava (lançado no mesmo ano) ou Terror nas
Trevas de Lucio Fulci, se passa no ano de 1692, na cidade de Whitewood,
Massaschusetts. Lá, uma feiticeira, Elizabeth Selwyn (vivida por Patricia
Jessel) é condenada à fogueira, e como uma boa bruxa, enquanto está ardendo no
fogo, ela jura vingança e joga uma maldição sobre toda a cidadezinha. Passados
centenas de anos, o professor Allan Driscoll, personagem de Christopher Lee,
recomenda a cidade com um local para seus estudantes se aprofundarem mais nos
aspectos históricos do estudo da bruxaria. Uma de suas alunas, Nan Barlow
(Venetia Stevenson) fica completamente fascinada com a história contada pelo
professor e resolve passar suas férias na cidade, para incrementar as pesquisas
de sua tese. Mesmo indo contra as recomendações do ciumento namorado, Bill
Maitland (Tom Naylor), que tem uma série de picuinhas com o professor Driscoll
por conta da garota. Pois bem, Nan viaja até o local, que é sinistro pacas, com
névoas fantasmagóricas que nunca se dissipam e habitantes estranhos, e se
hospeda no Ravens Inn, único hotel da cidade, cuja proprietária é a não menos
sinistra Sra. Newless (que também é interpretada por Patricia Jessel). Daí,
obviamente todos na cidade tem aquele comportamento padrão de um local que
sofre uma maldição secular, e várias vezes durante sua pesquisa, Nan é ameaçada
e recebe avisos assustadores, como do cego Reverendo Russell, que a alerta para
que parta imediatamente, pois sua vida corre grande perigo. Após seu repentino
desaparecimento, a neta do padre, Patrícia Russel (Betta St. John), que
administra um antiquário e tinha simpatizado com a moça, resolve pedir ajuda
para o irmão de Nan, Richard Barlow e seu namorado, Bill, que também partem
para a cidade. Investigando a fundo in loco, eles irão descobrir as atividades
de uma seita satânica, que faz o sacrifício de jovens garotas duas vezes por
ano, onde ridicularizam a igreja local e assim mantém o terrível pacto de vida
eterna com o demônio. Interessante é encarar o clima mórbido e pesado deHorror
Hotel, algo completamente incomum para uma produção do começo dos anos 60,
recheado de violência moderada, demonismo, rituais de magia negra, clima
desolador e ambientação lúgubre. Há uma interessante comparação entre a linha
narrativa de Horror Hotel e Psicose, de Alfred Hitchcok, sendo que
ambos foram lançados no mesmo ano. Lançados em setembro e junho de 1960,
respectivamente, ou seja, foram rodados praticamente juntos.
ALERTA DE SPOILER. Pule para o próximo parágrafo ou leia por sua conta e
risco.
Dois filmes começam estabelecendo
uma jovem e atraente loira que ao ponto de vista do espectador, é a personagem
principal (aqui Nan Barlow, e Marion Crane, personagem de Janet Leigh
em Psicose). Em ambos os filmes, ela viaja até um local distante e
hospeda-se em um hotel / motel que é dirigido por um(a) gerente excêntrico(a) e
nos dois casos também a plateia é pega de surpresa quando no meio da história,
a personagem é assassinada de forma abrupta e violenta. Além disso, no caso dos
dois filmes começa-se uma busca pela garota envolvendo namorados e familiares e
incluem uma cena chocante quando um cadáver é revelado. Coincidência,
não? Horror Hotel tem vários furos no roteiro e peca por falta de
recursos, como todo filme de baixo orçamento, mas é um interessantíssimo
exemplar do cinema gótico envolvendo bruxaria, satanismo e seitas diabólicas,
tema sempre controverso no cinema clássico de terror e que seria explorado em
algumas outras produções durante esta década, até culminar no seminal O Bebê de
Rosemary, de Roman Polanski, em 1968.
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/04/08/130-horror-hotel-1960/
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