sábado, 27 de setembro de 2014

094 1936 UM DIA NO CAMPO (UNE PARTIE DE CAMPAGNE, França)


Direção: Jean Renoir
Produção: Pierre Braunberger
Roteiro: Jean Renoir, baseado no conto de Guy de Maupassant
Fotografia: Jean Bourgoin, Claude Renoir
Música: Joseph Kosma
Elenco:
Sylvia Bataille ……………Henriette
Georges D’Arnoux ………Henri
Jane Marken ………….....Madame Dufour
André Gabriello ………….Monsieur Dufour
Jacques B. Brunius ……. Rodolphe
Jean Renoir …………….. Père Poulain

Um dos mais poderosos e perturbadores recursos do cinema de ficção é o epílogo no formato "anos depois", que geralmente nos leva, com uma amarga tristeza, do tempo em que se passa a história, durante o qual tudo ainda era possível, para o destino inescapável que se seguiu a ele. No final de Um dia no campo, de Jean Renoir, Henriette (Sylvia Bataille) é mostrada em um casamento infeliz com o homem que era seu noivo no início do filme, o Insosso balconista Anatole (Paul Temps). No entanto, entre esses
dois pontos, nada parece muito decidido ou resolvido. Adaptado de um conto de Guy de Maupassant, o filme não foi concluído na forma originalmente vislumbrada por Renoir. Ele permanece, contudo, uma pérola que se sustenta por seus próprios méritos. A ação central se concentra na união ilegal de dois aventureiros locais, Rodolphe (Jacques Bruníus) e Henri (Georges St. Saens), com Henriette e sua mãe, Juliette (Jeanne Marken). Renoir constrói um soberbo diagrama de contrastes entre esses personagens: Rodolphe e Juliette são lascivos, frívolos, enquanto Henri e Henriette são sufocados por emoções sombrias. Assim, o que começou, nas palavras de Henriette, como "uma espécie de vago desejo", que evoca tanto a beleza quanto a crueldade da natureza, termina mal, à medida que "os anos passam, com seus sábados e domingos iguais em sua melancolia". AM
(1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 094)

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