Direção:
Jean Renoir
Produção:
Pierre Braunberger
Roteiro:
Jean Renoir, baseado no conto de Guy de Maupassant
Fotografia:
Jean Bourgoin, Claude Renoir
Música:
Joseph Kosma
Elenco:
Sylvia
Bataille ……………Henriette
Georges
D’Arnoux ………Henri
Jane Marken ………….....Madame Dufour
André Gabriello ………….Monsieur Dufour
Jacques B. Brunius ……. Rodolphe
Jean Renoir …………….. Père Poulain
Um
dos mais poderosos e perturbadores recursos do cinema de ficção é o epílogo no formato
"anos depois", que geralmente nos leva, com uma amarga tristeza, do
tempo em que se passa a história, durante o qual tudo ainda era possível, para
o destino inescapável que se seguiu a ele. No final de Um dia no campo, de Jean
Renoir, Henriette (Sylvia Bataille) é mostrada em um casamento infeliz com o
homem que era seu noivo no início do filme, o Insosso balconista Anatole (Paul
Temps). No entanto, entre esses
dois
pontos, nada parece muito decidido ou resolvido. Adaptado de um conto de Guy de
Maupassant, o filme não foi concluído na forma originalmente vislumbrada por
Renoir. Ele permanece, contudo, uma pérola que se sustenta por seus próprios
méritos. A ação central se concentra na união ilegal de dois aventureiros
locais, Rodolphe (Jacques Bruníus) e Henri (Georges St. Saens), com Henriette e
sua mãe, Juliette (Jeanne Marken). Renoir constrói um soberbo diagrama de contrastes
entre esses personagens: Rodolphe e Juliette são lascivos, frívolos, enquanto Henri
e Henriette são sufocados por emoções sombrias. Assim, o que começou, nas palavras
de Henriette, como "uma espécie de vago desejo", que evoca tanto a
beleza quanto a crueldade da natureza, termina mal, à medida que "os anos
passam, com seus sábados e domingos iguais em sua melancolia". AM
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 094)
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