Direção: Joe
May
Roteiro: Lester Cole, Curtis
Siodmak (baseado nos personagens de H.G. Wells)
Produção: Ken
Goldsmith
Elenco: Vincent
Price, Credric Hardwicke, Nan Grey, John Sutton, Cecil Kellaway
Pois no ano de 1940, a lenda
Vincent Price já era protagonista de um filme de terror, mesmo que não
pudéssemos vê-lo em cena. Sacou? Hein? Apesar do trocadilho infame, A Volta do
Homem Invisível é mais um dos personagens da Universal que
fatidicamente ganharam uma sequência na casa dos monstros, e claro que como os
demais, foi a primeira de muitas. Mas aqui nessa caso, é mais uma continuação
decente. Tá certo que a história é bem chinfrim, pois sabemos que no final de O Homem Invisível, dirigido por James Whale e com Claude
Raines no papel do sumidinho (tá bom, eu paro…), o vilão (ou anti-heroi, se
preferir) morreu. Então os roteiristas tiveram que tirar uma nova trama da
cartola para conseguir colocar um pouco mais de grana nos cofres da Universal. E
a ideia que eles escolheram foi que Jack Griffin, o Homem Invisível original,
tinha um irmão, Frank, que adivinhem? Também era cientista e também estava
trabalhando na fórmula com a duocaína, capaz de tornar a matéria invisível, mas
ao mesmo tempo, deteriorando a mente da cobaia e transformando-a em um
psicopata sem controle. Mas dessa vez, quem utiliza a fórmula é Geoffrey
Radcliffe, o personagem de Price, que está prestes a ser enforcado por um crime
que foi injustamente acusado, e encontra na fórmula a única maneira de escapar
da morte certa, mesmo sabendo que o efeito é irreversível e que isso irá afetar
sua cabeça. Ao escapar da prisão, Radcliffe reencontra sua amada, Helen Manson,
para junto com Frank, tentarem descobrir uma cura para sua condição e
desmascarar o salafrário Richard Cobb, sócio de Geoffrey na mina de carvão, que
armou para cima do parceiro para tirá-lo da jogada e ficar com o controle total
do empreendimento, além de talarico, querer furar os olhos do amigo por nutrir
sentimentos pela bela Helen.Entre fugir da polícia e sua busca por vingança,
nossos ouvidos são brindados pela voz característica de Price interpretando o
Homem Invisível, e mais uma vez nos mostrando toda a competência da equipe de
efeitos especiais da Universal, tendo como responsáveis David S. Horsley e John
P. Fulton, que já haviam sidos os caras dos efeitos fotográficos do filme
anterior. Assim como o personagem de Raine, aqui o vilão de Price sabe muito
bem se tornar um poço de imoralidade, em vários ataques de bipolaridade,
assustando seus rivais e sempre abusando da sua capacidade de não ser visto
para fugir da polícia e azucrinar com Cobb, tentando arrancar dele uma
confissão a qualquer custo. Só iremos vislumbrar Price na cena derradeira de A
Volta do Homem Invisível, quase uma cópia em carbono do final do primeiro
filme, assim por dizer, com praticamente a mesma cena sendo rodada. Mas já dá
para sacarmos o grande ícone pop do terror que ele iria se tornar futuramente.
FONTE: http://101horrormovies.com
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