Direção: Stuart
Walker
Roteiro: John
Cotton, Robert Harris (história)
Produção: Stanley
Bergerman, Robert Harris
Elenco: Henry
Hull, Warner Oland, Valerie Hobson, Lester Matthews, Lawrence Grant
Apesar de O Lobisomem de 1941
com Lon Chaney Jr. no elenco ter sido imortalizado como o monstro licantropo
oficial e mais famoso da Universal, o estúdio já havia nos mostrado antes a
primeira aparição da amaldiçoada criatura peluda que se transforma nas noites
de lua cheia em O Homem Lobo (O Lobisomem de Londres), de 1935. Claramente,
alguns elementos de O Homem Lobo serviram como referência fundamental
para o filme de George Waggner lançado seis anos depois. E grande destaque para
a evolução de maquiagem do mestre Jack Pierce, responsável pelo monstro nas
duas produções, como se o filme de Stuart Walker funcionasse como um
laboratório de como seria a aparência de Lon Chaney Jr., e mais ainda, os
primórdios da técnica de trucagem de imagens e sobreposição para mostrar a
metamorfose de homem em lobo, também usada no clássico já citado. O começo de O
Homem Lobo lembra bastante o começo de Um Lobisomem Americano em
Londres, dada sua devida proporção. São dois jovens andando por um terreno
inóspito, atacados por um lobisomem, que passa a maldição para o mordido. Aqui,
são dois botânicos ingleses que estão em uma expedição ao Tibete para procurar
uma rara planta que só floresce nas noites de lua cheia, e mais tarde seria
descoberta como um antídoto para a licantropia. O Dr. Glendon, que foi mordido,
consegue encontrar o espécime e o traz para Londres, enquanto fica trancafiado
em seu laboratório para tentar desenvolver uma máquina que reproduza a luz da
lua para fazer o botão florescer, negligenciando completamente sua esposa Lisa,
bem no exato momento em que seu namorado de infância, o americano Paul Ames,
chega à capital inglesa e começa a reviver várias memórias com a mulher. Chega a
fatídica noite de lua cheia, e ignorando os avisos do misterioso Dr. Yogami,
que diz já ter encontrado o Dr. Glendon brevemente no Tibete (adivinha quem era
o Dr. Yogami?), o botânico se transforma na criatura peluda, espalhando o
terror nas ruas de Londres, com seus uivos tenebrosos e ataques a mocinhas
indefesas. Aqui a caracterização da criatura leva traços muito mais humanos.
Apesar de ter o rosto modificado com presas e crescimento de uma extensa barba,
além de pelos nas mãos e braços, Glendon utiliza roupas normalmente, além de
capa e boina para esconder sua feição monstruosa. Parece mais um gatuno do que
uma aberração em si. Caçado pela Sctoland Yard e tendo que esconder esse
terrível segredo da mulher e amigos, a única forma de Glendon escapar da
maldição é conseguir cultivar a planta, enquanto precisa evitar que Yogami
roube seus espécimes e tentar não colocar em risco a vida daquelas que ama,
inclusive Lisa. Apesar dessa coisa de planta servir como antídoto ser bem
idiota na verdade, O Homem Lobo tem um final bastante pessimista e
trágico, o que garante uma boa diversão, além de uma direção segura e um ritmo
bem construído, fazendo com que o filme flua bem e prenda a atenção do
espectador. Também conhecido por aqui como O Lobisomem de Londres, é bem
indicado para aqueles fãs do gênero que querem saber como foi o debute dessa
terrível e mortal lenda nas telas de cinema.
FONTE:
http://101horrormovies.com/
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