sábado, 6 de setembro de 2014

#036 1935 O LOBISOMEM DE LONDRES Werewolf of London, EUA)


Direção: Stuart Walker
Roteiro: John Cotton, Robert Harris (história)
Produção: Stanley Bergerman, Robert Harris
Elenco: Henry Hull, Warner Oland, Valerie Hobson, Lester Matthews, Lawrence Grant

Apesar de O Lobisomem de 1941 com Lon Chaney Jr. no elenco ter sido imortalizado como o monstro licantropo oficial e mais famoso da Universal, o estúdio já havia nos mostrado antes a primeira aparição da amaldiçoada criatura peluda que se transforma nas noites de lua cheia em O Homem Lobo (O Lobisomem de Londres), de 1935. Claramente, alguns elementos de O Homem Lobo serviram como referência fundamental para o filme de George Waggner lançado seis anos depois. E grande destaque para a evolução de maquiagem do mestre Jack Pierce, responsável pelo monstro nas duas produções, como se o filme de Stuart Walker funcionasse como um laboratório de como seria a aparência de Lon Chaney Jr., e mais ainda, os primórdios da técnica de trucagem de imagens e sobreposição para mostrar a metamorfose de homem em lobo, também usada no clássico já citado. O começo de O Homem Lobo lembra bastante o começo de Um Lobisomem Americano em Londres, dada sua devida proporção. São dois jovens andando por um terreno inóspito, atacados por um lobisomem, que passa a maldição para o mordido. Aqui, são dois botânicos ingleses que estão em uma expedição ao Tibete para procurar uma rara planta que só floresce nas noites de lua cheia, e mais tarde seria descoberta como um antídoto para a licantropia. O Dr. Glendon, que foi mordido, consegue encontrar o espécime e o traz para Londres, enquanto fica trancafiado em seu laboratório para tentar desenvolver uma máquina que reproduza a luz da lua para fazer o botão florescer, negligenciando completamente sua esposa Lisa, bem no exato momento em que seu namorado de infância, o americano Paul Ames, chega à capital inglesa e começa a reviver várias memórias com a mulher. Chega a fatídica noite de lua cheia, e ignorando os avisos do misterioso Dr. Yogami, que diz já ter encontrado o Dr. Glendon brevemente no Tibete (adivinha quem era o Dr. Yogami?), o botânico se transforma na criatura peluda, espalhando o terror nas ruas de Londres, com seus uivos tenebrosos e ataques a mocinhas indefesas. Aqui a caracterização da criatura leva traços muito mais humanos. Apesar de ter o rosto modificado com presas e crescimento de uma extensa barba, além de pelos nas mãos e braços, Glendon utiliza roupas normalmente, além de capa e boina para esconder sua feição monstruosa. Parece mais um gatuno do que uma aberração em si. Caçado pela Sctoland Yard e tendo que esconder esse terrível segredo da mulher e amigos, a única forma de Glendon escapar da maldição é conseguir cultivar a planta, enquanto precisa evitar que Yogami roube seus espécimes e tentar não colocar em risco a vida daquelas que ama, inclusive Lisa. Apesar dessa coisa de planta servir como antídoto ser bem idiota na verdade, O Homem Lobo tem um final bastante pessimista e trágico, o que garante uma boa diversão, além de uma direção segura e um ritmo bem construído, fazendo com que o filme flua bem e prenda a atenção do espectador. Também conhecido por aqui como O Lobisomem de Londres, é bem indicado para aqueles fãs do gênero que querem saber como foi o debute dessa terrível e mortal lenda nas telas de cinema.

FONTE: http://101horrormovies.com/

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