terça-feira, 30 de setembro de 2014

096 1936 RITMO LOUCO (SWING TIME, EUA)

 

Direção: George Stevens
Produção: Pandro S. Berman
Roteiro: Erwin Gelsey, Howard Lindsay, Allan Scott, baseado no conto "Portrait of John Garnett", de Elwin Gelsey
Fotografia: David Abel
Música: Jerome Kern, Dorothy Fields
Elenco:
Fred Astaire …………John ‘Lucky’ Garnett
Ginger Rogers ………Penelope ‘Penny’ Carroll
Victor Moore …………Everett ‘Pop’ Cardetti
Helen Broderick ……. Mabel Anderson
Oscar: Jerome Kern, Dorothy Fields (música). Indicação ao Oscar: Hermes Pan (coreografia)

Uma fantasia de música e dança. Ritmo louco, de George Stevens, é um espetáculo audiovisual que gira em torno dos bastidores de um musical. Certamente um marco para os meados da década de 30, o filme é também uma prévia do que a parceria entre Fred Astaire e Ginger Rogers ainda levaria às telas.Idealizado por Pandro S. Berman, o lendário produtor da RKO, Ritmo louco conta história de Lucky Garnet, um renomado sapateador noivo da simpática, porém desinteressante Margaret Watson (Betty Furness). Quando ele é forçado a arranjar um vultoso dote para manter seu noivado, os planos matrimoniais do casal são colocados em suspenso para que Lucky possa correr atrás da fortuna na cidade de Nova York. Uma vez Iá, ele conhece Penny (Ginger Rogers), seu verdadeiro amor, e daí em diante o filme engendra uma série de contratempos até permitir que os dois caiam um nos braços do outro, Naturalmente, há várias cenas de mal-entendido, algumas viradas nâo-trágicas na trama e um final feliz, a despeito dos breves instantes de tristeza e angústia. No entanto, o propósito do filme é, inegavelmente, apresentar seus números musicais, muitos dos quais fazem parte do cânone do gênero. Jerome Kern escreveu as músicas, com a maioria das letras a cargo de Dorothy Fields. Seus esforços combinados formam os alicerces da trilha sonora, embora a pura energia, a vivacidade e a alegria de Astaire e Rogers sejam o que faz cada número brilhar com o acréscimo de movimento e sapateado. Dentre os pontos altos estão os dois solos de Lucky em "The Way You Look tonight", um clássico dos clubes noturnos, e "Never Gonna Dance", uma canção triste que soa irônica, dada a célebre capacidade do ator de andar no ar. Dois duetos enriquecem esta pintura cinematográfica em "Waltz in Swing Time", com Astaire e Rogers, e, é claro, a famosa performance da dupla em "A Fine Romance". Porém, a canção "Bonjangles of Harlem" pode ser considerada o ápice do filme: nela, Lucky começa sua performance dentro de um coro de fundo, com o rosto pintado de preto. Definitivamente uma homenagem às suas origens - ainda que também um exemplo antiquado e potencialmente ofensivo de história cultural -, o número cresce até um clímax em que um Astaire triplicado dança com projeções dele mesmo. CC-O
(1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 096)

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