Direção: Neil Jordan
Roteiro: Anne Rice (baseado em seu
livro)
Produção: David
Geffen, Stephen Wooley; Redmond Morris (Coprodutor)
Elenco: Brad
Pitt, Christian Slater, Tom Cruise, Kirsten Dunst, Antonio Banderas, Stephen
Rea
Para começo de conversa, eu nunca li o livro
da Anne Rice. Falando a real, eu nunca li nenhum livro da Anne Rice (estou
cometendo alguma falha por isso, fã do horror?). Então exclusivamente irei
falar apenas dos aspectos cinematográficos de Entrevista com o Vampiro, que acho uma
grandessíssima porcaria (ai, ai, outro post que acho que vou tomar paulada…). Ah
convenhamos, BRAD PITT e TOM CRUISE de vampiros? Qualé! São dois vampiros tão
ruins quanto o Edward Cullen de Robert Pattinson. E caramba, é o mesmo preceito
que estamos falando aqui: Louis e Lestat eram os vampirinhos sucesso entre as
adolescentes da época graças aos atores que lhe deram vida nas telonas. Eu
sempre detestei o papel dos dois. Até pensava que era ranço, quando assisti
novamente para essa resenha, e de fato, os dois estão simplesmente péssimos DE
VERDADE e não convencem em nenhum momento. E Pitt (que é mais ator que Cruise,
na minha opinião) consegue ser ainda pior que seu companheiro de atuação.
Aquela cara de bunda tatuda em seu rosto durante todo o filme, dá vontade de
lhe dar um tapa de costas de mão. Na verdade eu acho Entrevista com o Vampiro
uma cafonalha só. Desde o figurino frufru, passando pela maquiagem (salvo a
versão putrefata de Lestat, essa é incrível) até sua decoração. Parece que tudo
dá errado nesse filme. E como se não bastasse, ainda tem a insuportável Claudia
de Kristen Dunst (se ela é uma atrizinha chinfirm hoje em dia – ranço da Mary
Jane feelings – imagine com 12 anos de idade fazendo papel de uma menina
birrenta?). Mas você pensa que para por aí? Não, ainda tem um insosso Antonio
Banderas caricato ao máximo vivendo o vampiro Armand aparecendo lá pelas tantas
e voilá, temos aí a receita final do porquê esse filme não me desce. Eu vi Entrevista
com o Vampiro pela primeira vez em VHS quando meu primo havia alugado (ele
sim era um fã fervoroso de Anne Rice, tinha a coleção completa de seus livros)
e eu ainda era bastante jovem lá em meados dos anos 90, mas sabe quando o filme
não te desce desde a primeira vez? E por mais que você tenha mais de
discernimento sobre filmes hoje em dia (e depois de assistir mais de seiscentos
deles em quase três anos) parece que aquela primeira impressão foi a que ficou
definitivamente. Mas aí é que está, existe um séquito de pessoas que gostam do
filme e outras que compartilham minha opinião (pelo menos já tive oportunidade
de discutir isso com umas duas ou três), então acho que pode render de forma
bacana os comentários aí embaixo. E a influência desse longa foi tão negativa
em mim, que nunca tive a mínima vontade de ler As Crônicas Vampirescas e nada
mais que Anne Rice escrevesse. O nome do filme vem a calhar pelo fato de Louis
(que poderia ter sido John Malcovich, olhe que melhor seria) resolver quebrar o
silêncio sobre sua história de como se tornou uma criatura das trevas, dando
uma entrevista para o jornalista Daniel Malloy (Christian Slater). Em sua
crônica, conta como era um senhor de engenho na Nova Orlenas do Século XVII, a
após entrar em depressão pela morte de esposa e filho, é beijado por Lestat
(que poderia ter sido Jeremy Irons, olhe que melhor seria) que o transforma em
um vampiro. Mas Louis fica cheio de frescurinha e não quer matar ninguém,
prefere beber o sangue de animais, mimimi, enquanto Lestat, que é maligno, vai
ficando putinho com sua cria. Um belo dia, Louis não resiste à boquinha e acaba
por morder a jovem Claudia (que poderia ter sido Christina Ricci, olhe que
melhor seria), com seus tenros cinco anos de idade (mas Dunst tinha 12, vá lá).
Lestat acaba transformando-a e um grande elo afetivo se inicia entre Louis e
Claudia. Mas o vampiro tá de saco cheio do chororô e das crises existenciais
dos dois, um que vive se lamentando que é vampiro e quer ser “bonzinho” e a
outra que vive enfezadinha por ser uma criança para sempre, e passa a afastar e
repudiá-los, até que a infante resolve se vingar e prepara uma armadilha para
Lestat, que culminará em seu “assassinato”. Os dois partem para Paris, onde
conhecem o igualmente sacal Armand, que tem um teatro de vampiros na Cidade
Luz, em busca de respostas, por talvez ser o mais velho vampiro vivo. Mas o
grupo liderado por ele assassina Claudia (amém!) e uma outra carniçal recém
transformada em vampira (em uma cena muito bacana, tenho que confessar) e
finalmente Louis vira macho e parte para vingança. Depois volta para a América,
fica vagando por séculos até resolver botar a boca no trombone e contar sua
história para a imprensa. É de conhecimento público e notório o quanto Brad
Pitt detestou participar das filmagens de Entrevista com o Vampiro. Até em
entrevista recente para a Entertainment Weekly meteu o pau na produção, dizia o
quanto estava infeliz e deprimido enquanto filmava, reclamou de como era
difícil atuar naquelas vestimentas, lentes de contato, maquiagem. Dizia fazer o
papel de “uma prostituta” (o que é fato, ele era a putinha do Lestat, algo nem
um pouco explorado no filme). Ele até tentou pular fora, e ligou para David
Geffen, perguntando quanto custaria para ele abandonar o barco e o produtor
respondeu calmamente: 40 milhões de doletas. Então deve se explicar a má
vontade e a cara de c... de Pitt durante toda a metragem do filme. Enfim, como
dizem por aí, gosto é que nem braço. Tem gente que não tem. Eu simplesmente
detesto Entrevista com o Vampiro, acho um aborto da natureza fílmico
vampiresco em diversos sentidos da coisa, mas o principal mesmo é a dupla de
protagonistas e sua total falta de química, e me dou ao direito de compartilhar
minha indignação com essa obra no meu blog pessoal sobre filmes de terror. Tem
a cara da presunção e da cafonice dos filmes dos anos 90, na época de um
arroubo de “superproduções” mequetrefes aspirantes a oscarizadas com estrelas
de Hollywood sobre vampiros, lobisomens, Drácula e Frankenstein.
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/04/23/647-entrevista-com-o-vampiro-1994/
Nenhum comentário:
Postar um comentário