Direção:
Victor Fleming
Produção:
Mervyn LeRoy, Arthur Freed
Roteiro:
Noel Langley, Florence Ryerson, Edgar Allan Woolf, baseado no livro de L. Frank
Baum
Fotografia: Harold Rosson
Música: Harold Arien, E. Y. Harburg, George Bassman,
George E. Stoll, Herbert Stothart.
Judy Garland ………. Dorothy
Frank Morgan ………. Professor Marvel
Ray Bolger ………….. Hunk
Bert Lahr ……………. Zeke
Jack Haley ……………Hickory
Billie Burke …………. Glinda
Oscar: Herbert Stothart (música), Harold Arien, E. Y.
Harburg (canção)
Indicação
ao Oscar: Mervyn LeRoy (melhor filme), Harold Rosson (fotografia), Cedric
Gibbons, William
A,
Horning (direção de arte), A, Arnold Gillespie (efeitos especiais), douglas
Shearer (efeitos sonoros) Festival de Cannes: Victor Fleming - Indicação (Palma
de Ouro)
Baseado
no romance infantil homônimo de L. Frank Baum, escrito no fim do século XIX, Este
clássico eterno é um dos grandes contos de fadas do cinema, sendo também um
musical de primeira grandeza e o filme que fez Judy Garland deixar de ser
apenas uma talentosa atriz mirim para se transformar em uma estrela atemporal e
icônica. Embora não tenha obtido lucros vultosos quando lançado, talvez por ter
sido uma produção caríssima, O mágico de Oz conquistou várias gerações. Como A
felicidade não se compra (1946), sua popularidade foi impulsionada na década de
50 por conta de suas exibições natalinas na televisão, que o tornaram um dos
filmes mais queridos de todos os tempos. Junto com seu cãozinho Totó, a Dorothy
Gale de Garland (com os seios presos por uma cinta para parecer mais jovem) é
arrancada de um Kansas em tons de sépia por um tornado e vai parar na Terra de
Oz (representada nas cores vibrantes do Technicolor). Lá, sua casa cai em cima
de uma bruxa, que morre esmagada e cujos sapatos de rubi mágicos lhe são dados
de presente por Glinda, a Bruxa Boa (Billie Burke). Dorothy então segue pela Estrada
de Tijolos Amarelos em direção à Cidade Esmeralda para encontrar o caminho de volta
para a fazenda da qual antes queria escapar. O tema "Não há lugar como o
lar", que serve para o roteirista manter todos os personagens concentrados
nas suas respectivas jornadas, sempre pareceu um pouco forçado (por que alguém
quereria abandonar as maravilhas de Oz para voltar para o Kansas?). Ele entra
em contradição com a interpretação estraga-prazeres de que o filme Inteiro é um
sonho delirante no qual Dorothy transformou todos que ela conhece na vida real
em seus amigos e inimigos da Terra de Oz.
O
filme tem vários esplendores: a magnífica trilha de Harold Arien e E. Y. Harburg
(que vai desde a assobiável "Over the Rainbow", passando pela alegria
contagiante de "Off to See the Wizard" e "Ding-Dong, the Witch
is Dead", até a cômica "lf I Only Had a Braln"); a incrível
cenografia da MGM; centenas de Munchkins estridentes e macacos voadores; a gag
do "cavalo que muda de cor" e as atuações perfeitas de todo o elenco.
Há também uma série de momentos inesquecíveis: O Espantalho de Ray Bolger sendo
desmembrado enquanto o Homem de Lata de Jack Haley lamenta: "Bem, você
está por todo lado"; o Leão Medroso de Bert Lahr tentando ser assustador
("Vou lutar com você com uma pata nas costas"); a morte da Bruxa Má
de Margaret Hamilton depois de levar um balde d'água na cara ("Estou
derretendo, estou derretendo!"); Frank Morgan saindo de trás da cortina ("Eu
sou um homem muito bom, mas sou um péssimo mago"). Como em E o vento
levou, também produzido pela MGM em 1939, os créditos pela direção de O mágico
de Oz vão para o profissional Victor Fleming, porém o filme é na verdade fruto
da arte dos produtores, com Mervyn LeRoy harmonizando todos os diversos elementos
de uma filmagem problemática: Buddy Ebsen foi escalado como Espantalho e depois
passou a Interpretar o Homem de Lata, até descobrir-se que ele era alérgico à
maquiagem; um número de dança inteiro foi cortado e arquivado até aparecer em Era
uma vez em Hollywood (1974); além do boato de que os anões
escalados
para o papel dos Munchkins eram incontroláveis. Melhor fala: "Corações
nunca vão ser práticos até serem feitos de material inquebrável." KN
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 123)
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