segunda-feira, 3 de novembro de 2014

123 1939 O MAGICO DE OZ (THE WIZARD OF OZ, EUA)


Direção: Victor Fleming
Produção: Mervyn LeRoy, Arthur Freed
Roteiro: Noel Langley, Florence Ryerson, Edgar Allan Woolf, baseado no livro de L. Frank Baum
Fotografia: Harold Rosson
Música: Harold Arien, E. Y. Harburg, George Bassman, George E. Stoll, Herbert Stothart.
Judy Garland ………. Dorothy
Frank Morgan ………. Professor Marvel
Ray Bolger ………….. Hunk
Bert Lahr ……………. Zeke
Jack Haley ……………Hickory
Billie Burke …………. Glinda
Oscar: Herbert Stothart (música), Harold Arien, E. Y. Harburg (canção)
Indicação ao Oscar: Mervyn LeRoy (melhor filme), Harold Rosson (fotografia), Cedric Gibbons, William
A, Horning (direção de arte), A, Arnold Gillespie (efeitos especiais), douglas Shearer (efeitos sonoros) Festival de Cannes: Victor Fleming - Indicação (Palma de Ouro)

Baseado no romance infantil homônimo de L. Frank Baum, escrito no fim do século XIX, Este clássico eterno é um dos grandes contos de fadas do cinema, sendo também um musical de primeira grandeza e o filme que fez Judy Garland deixar de ser apenas uma talentosa atriz mirim para se transformar em uma estrela atemporal e icônica. Embora não tenha obtido lucros vultosos quando lançado, talvez por ter sido uma produção caríssima, O mágico de Oz conquistou várias gerações. Como A felicidade não se compra (1946), sua popularidade foi impulsionada na década de 50 por conta de suas exibições natalinas na televisão, que o tornaram um dos filmes mais queridos de todos os tempos. Junto com seu cãozinho Totó, a Dorothy Gale de Garland (com os seios presos por uma cinta para parecer mais jovem) é arrancada de um Kansas em tons de sépia por um tornado e vai parar na Terra de Oz (representada nas cores vibrantes do Technicolor). Lá, sua casa cai em cima de uma bruxa, que morre esmagada e cujos sapatos de rubi mágicos lhe são dados de presente por Glinda, a Bruxa Boa (Billie Burke). Dorothy então segue pela Estrada de Tijolos Amarelos em direção à Cidade Esmeralda para encontrar o caminho de volta para a fazenda da qual antes queria escapar. O tema "Não há lugar como o lar", que serve para o roteirista manter todos os personagens concentrados nas suas respectivas jornadas, sempre pareceu um pouco forçado (por que alguém quereria abandonar as maravilhas de Oz para voltar para o Kansas?). Ele entra em contradição com a interpretação estraga-prazeres de que o filme Inteiro é um sonho delirante no qual Dorothy transformou todos que ela conhece na vida real em seus amigos e inimigos da Terra de Oz.
O filme tem vários esplendores: a magnífica trilha de Harold Arien e E. Y. Harburg (que vai desde a assobiável "Over the Rainbow", passando pela alegria contagiante de "Off to See the Wizard" e "Ding-Dong, the Witch is Dead", até a cômica "lf I Only Had a Braln"); a incrível cenografia da MGM; centenas de Munchkins estridentes e macacos voadores; a gag do "cavalo que muda de cor" e as atuações perfeitas de todo o elenco. Há também uma série de momentos inesquecíveis: O Espantalho de Ray Bolger sendo desmembrado enquanto o Homem de Lata de Jack Haley lamenta: "Bem, você está por todo lado"; o Leão Medroso de Bert Lahr tentando ser assustador ("Vou lutar com você com uma pata nas costas"); a morte da Bruxa Má de Margaret Hamilton depois de levar um balde d'água na cara ("Estou derretendo, estou derretendo!"); Frank Morgan saindo de trás da cortina ("Eu sou um homem muito bom, mas sou um péssimo mago"). Como em E o vento levou, também produzido pela MGM em 1939, os créditos pela direção de O mágico de Oz vão para o profissional Victor Fleming, porém o filme é na verdade fruto da arte dos produtores, com Mervyn LeRoy harmonizando todos os diversos elementos de uma filmagem problemática: Buddy Ebsen foi escalado como Espantalho e depois passou a Interpretar o Homem de Lata, até descobrir-se que ele era alérgico à maquiagem; um número de dança inteiro foi cortado e arquivado até aparecer em Era uma vez em Hollywood (1974); além do boato de que os anões
escalados para o papel dos Munchkins eram incontroláveis. Melhor fala: "Corações nunca vão ser práticos até serem feitos de material inquebrável." KN
(1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 123)

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