Direção:
George Waggner
Produção:
Jack J. Cross, George Waggner
Roteiro: Curt Siodmak
Fotografia: Joseph A. Valentine
Música:
Charles Prevln, Hans J. Salt, Frank Skinner
Elenco:
Claude
Rains ……Sir John Talbot
Warren
William ….Dr. Lloyd
Ralph
Bellamy …..Colonel Montford
Patric
Knowles …..Frank Andrews
Bela
Lugosi ………Bela
Lon
Chaney Jr. …..The Wolf Man (as Lon Chaney)
Ainda: Maria
Ouspenskaya, Evelyn Ankers, J. M. Kerrigan, Fay Helm, Forrester Harvey
A figura do homem-lobo - a versão cinematográfica
bípede do arquétipo do lobisomem, que personifica de forma dramática a
dicotomia Jekyll/Hyde (superego/id) que existe em todos nós - assumiu o status
de protagonista pela primeira vez em O Lobisomem de Londres (1935), com Henry
Hull no papel reprisado décadas depois por Jack Nicholson em Lobo (1994). Logo
cm seguida, Curt Siodmak concluiu o roteiro para o que seria o último clássico
de terror da Universal Pictures - depois de Drácula (1931), Frankenstein (1931)
e A múmia (1932) - O lobisomem, dirigido por George Waggner. Nesta que ainda é
a mais reconhecida e estimada versão do mito, Lon Chaney Jr. Interpreta Lowrence
Talbot, um galês educado nos Estados Unidos que deseja apenas se curar da sua
irreprimível (quando a lua está cheia) licantropia. O rei da maquiagem Jack Pierce
desenvolveu para Chaney uma complexa fantasia de pelo de iaque que se tornaria
modelo de incontáveis máscaras de Halloween. O que distingue a trama de Siodmak
de outras histórias de lobisomem é a ênfase velada na energia sexual reprimida
como mola propulsora das transformações de Talbot em noites de lua cheia.
Conforme explica a cigana Maleva (Maria Ouspenskaya): "Mesmo um homem puro
de coração e que faz suas orações toda noite pode se tornar um lobo quando a
mata-lobos desabrocha e a luz de outono brilha no céu." Somente na década
de 40, o sucesso do filme de Waggner gerou outros quatro filmes de lobisomem lendo
à frente Chaney. Desde então, dezenas de imitações, releituras e paródias se
seguiram a ele. SJS
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 143)
#046 1941 O LOBISOMEM (The Wolf Man, EUA)
Direção: Geroge Waggner
Roteiro: Curt Siodmak
Produção: George Waggner, Jack. J. Gross (Produtor Executivo–não creditado)
Elenco: Lon Chaney Jr., Claude Rains, Warren William, Evelyn Ankers
Em 1935, O Homem Lobo (aka O Lobisomem de Londres) foi a primeira incursão do licantropo no cinema. Sem perder muito tempo, Curt Siodmak preparou sua versão da história de O Lobisomem, criatura bípede, metade homem e metade lobo que se transforma nas noites luas cheia. Depois deDrácula, Frankenstein e a A Múmia, a Universal apostou no peludo para despontar como o novo ícone do horror, interpretado por Lon Chaney Jr., que resolveu seguir o legado deixado por seu pai, O Homem das Mil Faces. Larry Talbot (Chaney), um sujeito meio loser, retorna para sua terra natal no interior da Inglaterra, logo após a trágica morte do irmão, e resolve junto com seu pai, Sir John Talbot, tocar os negócios da família por lá. Logo Larry se engraça com Gwen Conliffe, que trabalha na loja de antiguidades do pai, e resolve chamá-la para visitar a feira cigana que acabara de se instalar na cidade. Mas não antes de comprar uma bengala com um lobo na ponta feito de prata e ouvir um famoso ditado popular: “Mesmo um homem puro de coração e que faz suas orações toda noite, pode-se tornar um lobo quando a mata-lobos desabrocha e a lua cheia brilha no céu”. Durante a feira, Larry é atacado por um lobisomem (que na verdade é Bela Lugosi fazendo a ponta como um cigano criativamente chamado de… Bela) e pronto, a maldição passa para Larry, que está fadado a se transformar na peluda criatura uivante. Um dos pontos mais interessantes de O Lobisomem é que foi o responsável por criar algumas das regras básicas da licantropia no cinema, como: prata sendo seu ponto fraco; a transformação em noites de lua cheia; a maldição transmitida através da mordida de um lobisomem e o pentagrama como o símbolo do lobo (como discutido anos depois pela dupla de viajantes na taverna O Cordeiro Ensanguentado em uma das clássicas cenas de Um Lobisomem Americano em Londres, de John Landis). E todos esses elementos subentendidos na eterna batalha interna entre o superego e id, sobre o monstro que vive em nossa psique e lutamos para controlar, como explica Sir John Talbot para o filho em determinado momento do filme, dizendo que todo mundo tem um lado bom e ruim dentro de si, e o lado ruim pode assumir a forma de um animal. A maquiagem é uma espetáculo a parte, mais uma vez obra de Jack Pierce, e para a época, o efeito de trucagem de câmera da transformação de homem para lobo, deve ter causado frisson. Prova disso é que a imagem desse lobisomem ficou para sempre no imaginário das pessoas, popularizou mais um monstro da Universal e é uma das fantasias de Halloween mais utilizadas nos EUA desde então. Em 2010, O Lobisomem ganhou um subestimado remake dirigido por Joe Johnston, com Benício Del Toro herdando o papel de Larry Talbot e Anthony Hopkins como Sir John. Versão bastante sangrenta com uma excelente fotografia, ambientação de época e efeitos especiais.
FONTE: http://101horrormovies.com
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