Direção: Peter
Sasdy
Roteiro: John
Elder
Produção: Ainda
Young
Elenco:Christopher
Lee, Geoffrey Keen, Gwen Watford, Linda Hayden, Peter Sallis, Anthony Corlan,
Isla Blair
O Sangue de
Drácula é a prova cabal do quanto a franquia do vampiro mor da
Hammer, interpretado por Christopher Lee, já estava entrando em franca
decadência. Até então, é o filme mais fraco da série (sem contar As Noivas de
Drácula, onde Lee sequer dá as caras). É aquele mesmo problema que
acomete todas as sequências, sabe? Tem hora que você não aguenta mais ver a
cara de determinado personagem na telona. Isso aconteceu com Frankenstein e a
Múmia na Universal, agora com Drácula e mais para frente, com todos os famosos movie
maniacs, tipo Jason, Freddy, Michael Meyers, Leatherface, Pinhead, Jigsaw, e
por aí vai. Enfim, filme fraquinho, fajuto, com prazo apertado para conclusão
das filmagens e orçamento baixíssimo, que começa exatamente onde termina o
anterior, Drácula, o
Perfil do Diabo, com o morto-vivo morrendo empalado por uma cruz. Um
comerciante perdido no meio da floresta dá de cara com o agonizante vampiro e é
testemunha ocular de sua destruição. Com tino para os negócios, o sujeito
recolhe a capa, anel, medalha e o sangue de Drácula para vendê-lo mais tarde,
para o Lorde Courtley, adorador do oculto, que junto com três distintos
cavalheiros ingleses, William Hargood (Geoffrey Keen), Samuel Paxton (Peter
Sallis) e Jonathon Secker (John Carson), em busca de aventuras excitantes,
resolvem praticar um ritual de magia negra e ressuscitar o monstro, provando
seu sangue, tal qual fosse um Jesus Cristo de presas. O indigesto sangue
vampiro não cai bem no infame Lorde Courtley e com medo, os três senhores
espancam o pobre diabo e fogem em disparada para suas casas, enquanto o corpo
sem vida de Courtley então dá lugar ao Drácula ressuscitado de sua tumba, com
seus olhos vermelho e tudo, jurando vingança contra aqueles que causaram a
morte de seu servo (ah, tá, desde quando o Drácula se importa com a saúde e bem
estar de seu capangas?). Um por um, e com a ajuda sempre bem vinda das suas
rameiras do inferno da vez, a bela loirinha Alice Hargood (Linda Hayden) e a
morena lasciva Lucy Paxton (Isla Blair) conquistadas por meio de hipnose ou uma
chupadela de sangue na jugular, Drácula vai matando suas três vítimas. Acontece
que naquele vilarejo todo mundo tinha suas ligações. Por exemplo, o filho de
Samuel Paxton, Paul (Anthony Higgins) é namorado de Alice, filha de William
(que era um escroto pai abusivo que repreendia a menina). Já a irmã de Paul,
Lucy, era namorada de Jeremy Secker, filho de Jonathon. Ou seja, está tudo mais
ou menos em família, meio novelão mexicano. Com o desaparecimento de Lucy e de
Alice, Paul, aconselhado por uma carta deixada por Jonathon antes de morrer, se
municia do kit básico para matar vampiros, com estacas, martelos e cruzes, e
vai ao encalço de Drácula, para tentar destrui-lo e salvar a alma da sua amada,
mesmo sendo contrariado pelo inútil e rabugento inspetor Cobb, interpretado por
Michael Ripper, eterno coadjuvante da Hammer, tendo participado de três filmes
da franquia. E é isso. Dentro daquele esquema maniqueísta de todos os filmes de
Drácula, e da Hammer como um todo por bem dizer, o mocinho vence no final, o
vampiro é derrotado mais uma vez, mas prontinho para voltar na próxima
sequência, O Conde
Drácula, lançado no mesmo ano e que é bem melhor do que O
Sangue de Drácula, e também muito mais violento e sanguinário. Christopher Lee
sempre sinistrão com aquela cara carrancuda de Drácula salva o filme, apesar de
mais uma vez, ter pouquíssimas falas por conta de ter ficado descontente com o
roteiro e de resto, mais do mesmo: mulheres bonitas, carruagens, estética
gótica decadente que já está perdendo seu encanto, e por aí vai. E o pior é que
Vincent Price foi cotado para participar do filme, no papel de William Hargood,
mas que foi preterido pela falta de grana para pagar seu cachê.
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/08/07/233-o-sangue-de-dracula-1970/
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