Direção: Frank
R. Strayer
Roteiro: Edward
T. Lowe Jr.
Produção: Phil
Goldstone
Elenco: Lionel
Atwill, Fay Wray, Melvyn Douglas, Dwight Frye, George E. Stone
O Morcego Vampiro é
uma produção B, paupérrima da Majestic Films, criado para aproveitar (mesmo que
um tanto tardio) o sucesso de Drácula da Universal, com uma Fay Wray, a primeira Scream
Queen do cinema, antes de ter se tornado estrela graças a King Kong,
lançado anteriormente no mesmo ano. O filme é curto, tem só 60 minutos de
duração e não se tem muito o que escrever sobre ele, pois tem um roteiro previsível,
personagens nem um pouco cativantes, técnica de filmagem e fotografia pobre,
quase ou nenhum horror e vale mais mesmo por mais uma atuação surpreendente de
Dwight Frye, e claro pela beleza de Fay, aqui morena. O vilarejo alemão de
Klineschloss é assombrado por uma série de assassinatos sem solução, atribuídos
pela ignorante população local a um vampiro, já que todas as vítimas são
encontradas com dois furos no pescoço e com todo seu sangue drenado. O policial
Karl Brettschneider (o duas vezes ganhador do Oscar de melhor ator
coadjuvante, Melvyn Douglas) está disposto a descobrir quem tem cometido esses
terríveis crimes. Cético, ele refuta qualquer teoria sobrenatural e se recusa a
acreditar em vampiros. Ruth Bertin (Fay) é o seu par romântico, que pouquíssimo
acrescenta a trama (além claro, de ser raptada e posta em perigo no final.
Afinal, a coisa que Fay mais fazia nos filmes era ser raptada e gritar, mas
enfim…). O Dr. Otto Van Niemann (Lionel Atwill, que já havia atuado com Fay
em Os Crimes do Museu) é um cientista que não questiona a
presença do tal vampiro mesmo sendo um homem das ciências. A culpa toda cai nas
costas do maluquinho Herman Gleib, interpretado por Frye. A população assustada
e arcaica vai apontar o dedo para o esquisito do vilarejo (e bota esquisito
nisso). Aqui ele faz uma espécie de reprise de Reinfield, seu papel
em Drácula de Tod Browning, muito mais afetado, em uma atuação simplesmente
fantástica, que rouba a cena e mantém nossa atenção no filme, até ele morrer
após ser perseguido inocentemente, pela turba enfurecida. No final, para a
nossa decepção, realmente não há nada de sobrenatural nas mortes, e o Dr. Van
Niemann mostra-se apenas um cientista louco, que suga o sangue (sem caninos
pontiagudos, claro) das suas vítimas apenas para fazer experiências na
tentativa de descobrir a vida eterna, baseando-se na mitologia vampiresca. Seu
parceiro de crime é seu próprio criado, Emil Borst, que sofre de uma certa
influência hipnótica do doutor. O jeito preguiçoso que o roteiro encontrou de
se livrar do vilão, ou vilões, é um desgosto. E é isso. A ambientação é OK, sem
nada demais, cenários funcionais, clima tentando copiar o que a Universal vinha
fazendo, som e fotografia prejudicados pelo tempo e uma historiazinha meia
boca.
FONTE:
http://101horrormovies.com/
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