sexta-feira, 21 de agosto de 2015

#032 1933 O MORCEGO VAMPIRO (The Vampire Bat, EUA)


Direção: Frank R. Strayer
Roteiro: Edward T. Lowe Jr.
Produção: Phil Goldstone
Elenco: Lionel Atwill, Fay Wray, Melvyn Douglas, Dwight Frye, George E. Stone

O Morcego Vampiro é uma produção B, paupérrima da Majestic Films, criado para aproveitar (mesmo que um tanto tardio) o sucesso de Drácula da Universal, com uma Fay Wray, a primeira Scream Queen do cinema, antes de ter se tornado estrela graças a King Kong, lançado anteriormente no mesmo ano. O filme é curto, tem só 60 minutos de duração e não se tem muito o que escrever sobre ele, pois tem um roteiro previsível, personagens nem um pouco cativantes, técnica de filmagem e fotografia pobre, quase ou nenhum horror e vale mais mesmo por mais uma atuação surpreendente de Dwight Frye, e claro pela beleza de Fay, aqui morena. O vilarejo alemão de Klineschloss é assombrado por uma série de assassinatos sem solução, atribuídos pela ignorante população local a um vampiro, já que todas as vítimas são encontradas com dois furos no pescoço e com todo seu sangue drenado. O policial Karl Brettschneider (o duas vezes ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante, Melvyn Douglas) está disposto a descobrir quem tem cometido esses terríveis crimes. Cético, ele refuta qualquer teoria sobrenatural e se recusa a acreditar em vampiros. Ruth Bertin (Fay) é o seu par romântico, que pouquíssimo acrescenta a trama (além claro, de ser raptada e posta em perigo no final. Afinal, a coisa que Fay mais fazia nos filmes era ser raptada e gritar, mas enfim…). O Dr. Otto Van Niemann (Lionel Atwill, que já havia atuado com Fay em Os Crimes do Museu) é um cientista que não questiona a presença do tal vampiro mesmo sendo um homem das ciências. A culpa toda cai nas costas do maluquinho Herman Gleib, interpretado por Frye. A população assustada e arcaica vai apontar o dedo para o esquisito do vilarejo (e bota esquisito nisso). Aqui ele faz uma espécie de reprise de Reinfield, seu papel em Drácula de Tod Browning, muito mais afetado, em uma atuação simplesmente fantástica, que rouba a cena e mantém nossa atenção no filme, até ele morrer após ser perseguido inocentemente, pela turba enfurecida. No final, para a nossa decepção, realmente não há nada de sobrenatural nas mortes, e o Dr. Van Niemann mostra-se apenas um cientista louco, que suga o sangue (sem caninos pontiagudos, claro) das suas vítimas apenas para fazer experiências na tentativa de descobrir a vida eterna, baseando-se na mitologia vampiresca. Seu parceiro de crime é seu próprio criado, Emil Borst, que sofre de uma certa influência hipnótica do doutor. O jeito preguiçoso que o roteiro encontrou de se livrar do vilão, ou vilões, é um desgosto. E é isso. A ambientação é OK, sem nada demais, cenários funcionais, clima tentando copiar o que a Universal vinha fazendo, som e fotografia prejudicados pelo tempo e uma historiazinha meia boca.
FONTE: http://101horrormovies.com/

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