sábado, 12 de setembro de 2015

#243 1971 A CONDESSA DRÁCULA (Countess Dracula, Reino Unido)


Direção: Peter Sasdy
Roteiro: Alexandre Paal, Peter Sasy, Gabriel Ronap (ideia) (baseado na obra de Valentine Penrose – não creditado)
Produção: Alexandre Paal
Elenco: Ingrid Pitt, Nigel Green, Sandor Elès, Maurice Denham, Lesley-Anne Down

A Condessa Drácula é mais um daqueles clássicos absolutos da Hammer, que desta vez, apesar do título errôneo tentando capitalizar em cima da franquia vampírica do estúdio, nada tem a ver com o personagem imortalizado por Christopher Lee, e mesmo com vampiros em si, e sim, é inspirado pela lenda da infame Condessa Elisabeth Bathory, conhecida com A Condessa Sangrenta. Bathory foi uma condessa húngara do século XVI, sádica, cruel, arbitrária que castigava e torturava os camponeses dos vilarejos próximos de seu castelo das piores formas possíveis. Após cem anos de sua condenação e morte, um padre jesuíta chamado László Turoczy localizou documentos históricos e recolheu histórias que circulavam entre os habitantes locais e incluiu relatos de que sugeria que a condessa banhava-se no sangue das garotas virgens que matava, para rejuvenescer. É a partir deste enredo que os roteiristas Jeremy Paul e Alexander Paal desenvolvem o roteiro de A Condessa Drácula, criando a personagem Elisabeth Nodosheen que seria interpretada pela voluptuosa polonesa Ingrid Pitt, que já havia feito sucesso chupando sangue e mostrando seus seios fartos e corpo perfeito em Carmilla – A Vampira de Karnstein, da Hammer, também no ano anterior. Na trama, a velha e carcomida Condessa descobre o poder rejuvenescedor do sangue das virgens logo após a morte de seu marido, quando na leitura do testamento, vê-se obrigada a dividir o castelo e a fortuna com a filha Llona, há muito longe. Auxiliada pelo seu amante, Capitão Dobi (Nigel Green) o intendente do castelo e sua criada e confidente, Julie Sentash (Patience Collier), Elizabeth começa a raptar as jovens do vilarejo logo depois de ser salpicada com o sangue de uma de suas criadas ao se cortar tentando descascar um pêssego. Instantaneamente o local onde o sangue espirrou em seu rosto começa a aparentar mais jovem. Espero que a Avon, Natura, Jequiti e todas essas empresas de cosmético que retardam o envelhecimento da pele não tentem essa saída. Devaneios a parte, a Condessa é tão ruim que começa a se passar por sua filha Ilone e manda Dobi raptá-la e mantê-la em cárcere privado. Linda, jovem, livre, Elizabeth se engraça com o jovem soldado Imre Toth (Sandor Elès), que havia servido o exército com seu ex-marido e lhe salvado a vida várias vezes, recebendo de herança uma casa e o estábulo com todos os seus cavalos. Dobi fica puto em saber que a Condessa está de casamento marcado com o rapaz, se passando por sua jovem filha, e tenta sabotar seu plano, primeiro tentando fazer com que Elizabeth pegue o amado com uma prostituta na cama (só que o sujeito estava tão bêbado que não conseguiu nem chegar aos finalmentes), momento em que a Condessa descobre realmente que só o sangue das virgens poderia rejuvenescê-la ao tentar se banhar com o sangue da rameira. Depois Dobi conta toda a verdade para Imre, levando-o até onde a também bela (e jovem de verdade, sem uso de cosmét…ops, sangue) Llona está presa e desmascarando a Condessa diabólica. Apesar de a história ser deveras sinistra e retratar uma das figuras mais malignas da história da Europa medieval, a direção preguiçosa de Peter Sady (que já havia dirigido O Sangue de Drácula para a Hammer) deixa o longa arrastado, quebrando todo e qualquer clima, além do roteiro ser bastante superficial mesmo com a total ausência de qualquer conflito de culpa ou consciência pesada dos personagens vilanescos do filme, mas que não é o suficiente para torná-lo dinâmico e atrativo. O que vale a pena, obviamente, e o que 11 em cada 10 espectadores do sexo masculino esperam no filme, é a cena onde Ingrid Pitt é pega no flagra, peladinha, banhando-se com o sangue de mais uma de suas vítimas. É uma cena muito rápida e ela logo já esconde suas vergonhas, sendo bem menos explícita do que o seu banho em uma banheira minúscula e sua corridinha de toalha atrás de uma ninfeta em Carmilla – A Vampira de Karnstein. Mas mesmo assim, está valendo. Fora isso, há também um ou outro peitinho a mostra, algumas cenas de lesbianismo, mas nada ultrajante e sangue sem muita abundância. Mérito mesmo é para a maquiagem da equipe de Tom Smith, fazendo a belíssima Pitt se transformar em uma velha megera. A Condessa Drácula vale como uma forma de incitar a curiosidade em procurar textos e documentários, que há aos montes na Internet, sobre a terrível Condessa Elizabeth Bartory, que sem dúvida foi uma das personagens que inspiraram as lendas que deram origem ao mito do vampiro e ajudaram a fomentar a sua importância no gênero do horror e na cultura pop.
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/08/20/243-a-condessa-dracula-1971/

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