Direção: Roger
Corman
Roteiro: Charles
B. Griffith, Mark Hanna
Produção:Roger
Corman
Elenco: Paul
Birch, Beverly Garland, Morgan Jones, William Roerick, Jonathan Haze, Dick
Miller
Conhece
Roger Corman certo? O lendário Rei dos Filmes B, era conhecido por entregar
fitas em tempo recorde por uma ninharia (tanto que tem em seu currículo mais de
450 filmes entre produção, direção e roteiro – até aonde escrevi esse
parágrafo, pois já pode ter aumentado enquanto isso) e por revelar diversos
artistas e cineastas, como Jack Nicholson, Francis Ford Copolla, Joe Dante e
James Cameron entre outros. O grande barato é que esses filmes feitos por uma
mixórdia e em ritmo de pastelaria, por mais B que sejam, são simplesmente
fantásticos. Como é o
caso do cultuado O emissário de Outro Mundo. Um dos grandes clássicos
do sci-fi, escrito pelo parceiro de Corman, Charles Griffith e produzido
para ser exibido nas double features junto com A Ilha do
Pavor (também de Corman), aqui mais uma vez somos testemunhas de uma quase
bem sucedida e discreta invasão alienígena, que traz a clássica trama de um
ataque engendrado por visitantes interplanetários como forma de sobrevivência
de sua espécie, e dane-se o que pode acontecer com a raça humana, assim como em O Monstro do Ártico, a podreira Robot Monster e o classudo Vampiros de Almas, por exemplo. Aqui neste caso, o
planeta em questão é Davana, e o tal emissário desse mundo é Paul Johnson (Paul
Birch, ator que faria vários filmes de Corman no começo da carreira, até eles
saírem na mão no set de O Emissário de Outro Mundo, o que rendeu a Corman
a perda de um dente, uma perna quebrada e um olho roxo) a última esperança da
sua terra natal antes da aniquilação. Vindo ao nosso mundo através de um
sofisticado (???) aparelho de teletransporte, que também serve para que ele se
comunique com Davana (e fica guardado dentro de um armário aberto por controle
remoto). A missão desse alter ego de Johnson é extrair o sangue dos seres
humanos e testar em si próprio, a fim de substituir o sangue da população de
seu planeta, na esperança de encontrar um cura para uma doença que devastou
Davana, culpa de uma guerra atômica declarada, que resultou na contaminação
sanguínea pela radiação. Se essa missão desse certo, seria o início de uma
terrível invasão alienígena que escravizaria a humanidade toda, tendo nosso
sangue roubado para salvar os ETs. Claro que o emissário tem poderes que nós,
reles e pífios terráqueos não temos. Além das capacidades
mentais e telepáticas, seu olhos são capazes de emitir uma energia mortal que
tira a vida dos humanos, apenas olhando para eles, liquefazendo seus cérebros e
demais órgãos internos. Sinistro, não é? Por isso ele utiliza um estranho óculos escuro o tempo
todo, além de não revelar a aparência assustadora de seus olhos, brancos e sem
pupila. Nesse ínterim, o Dr. F. W. Rochelle, médico hematologista, é
hipnotizado pelo alienígena para ajudá-lo durante sua pesquisa, até ser morto
por uma estranha e bizarra criatura de outro planeta (aka bicho feito de
borracha), materializada por Johnson, que eu não faço a menor ideia do que
seja, que sai voando por aí até encontrar o médico em seu laboratório e cair
sobre sua cabeça enquanto o ator tem que ficar se debatendo com aquela forma de
borracha e espuma, fingindo ser atacado. A ex-enfermeira de Rochelle, Nadine
Storey (interpretada por Beverly Garland, com que Corman teve um conturbado
romance durante as filmagens, mesmo a moça sendo casada) é contratada pelo ET para
serviços de home care e cuidar da transfusão sanguínea que ele
precisa receber todas as noites. E Simmons é um ex-condenado
que serve como faz tudo de Johnson, desde servir como chofer até fazer a comida
e limpar a piscina. Ainda
temos também na trama o policial Harry Sherbourne, par romântico de Nadine, que
vai ajudar a moça a enfrentar o terrível alienígena. Com a briga entre Corman e
Birch, o ator abandonou os sets de filmagem e teve de ser substituído em cenas
adicionais pelo ator Lile Latell, que tinha certa semelhança física, e é ele
que vemos na cena do cemitério, no encalço da enfermeira Nadine e na fuga de
carro, onde é perseguido pelo policial Sherbourne. Mas
sinceramente, nem dá para perceber que houve essa troca de atores. Ainda há uma ponta de Dick
Miller, ator fetiche de Joe Dante (fã confesso de Corman e diretor
de Piranha, produção também assinada por ele), como um vendedor de
aspirador de pó, que tenta vender o eletrodoméstico para o alienígena limpar
seu porão, mas acaba virando vítima do malfeitor intergalático. O
eficiente O Emissário de Outro Mundo, é um verdadeiro cult B.
Ainda ganhou mais dois remakes futuros: um em 1988, que no Brasil ganhou o
nome de Vampiro das Estrelas, esculacho trazendo no elenco a ex-atriz
pornô Traci Lords, e outro em 1997, O Extraterreste, produzido pelo
próprio Corman, com mais dinheiro, efeitos melhores e tudo mais, e estrelado
por Michael York.
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/02/27/96-o-emissario-de-outro-mundo-1957/
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