Direção: Nathan Juran
Roteiro: Ray
Buffum
Produção: Jacques Marquette, Dale Tate (Produtor Associado),
Joy N. Houck e J. Francis White (Produtores Executivos/não creditados)
Elenco: John Agar, Joyce Meadows, Robert Fuller, Thomas B. Henry
Outra
pérola incomparável dos filmes B sci-fi da década de 50. O Cérebro do
Planeta Arous é aquela podreira deliciosa de se assistir,
cultuada e um dos grandes sucessos dos drive-ins daquela época. Afinal, a ideia de um cérebro
gigante vindo de outro planeta que pretende escravizar a humanidade é ou não é
fantástica? Dirigido por Nathan Juran (diretor de vários episódios das séries
de Irwin Allen como Viagem ao Fundo do Mar, Túnel do Tempo, Terra
de Gigantes e Perdido no Espaço), o filme é produzido e tem como
diretor de fotografia Jacques Marquette, que com sua produtora, a Marquette
Productions, lançou outros clássicos do sci-fi, entre eles O Ataque da Mulher de 15 Metros e The Teenage Monster. E apesar de ser declaradamente um
filme B com efeitos tosquíssimos, O Cérebro do Planeta Arous destaca-se de
outras calamidades da época exatamente por sua excelente direção, fotografia e
pela interessantíssima atuação do cansastrão John Agar (vista já em Tarântula e A Revanche do Monstro, por exemplo), com o papel do
cientista Steve March, o “possuído” por Gor, o tal cérebro interplanetário,
principalmente quando ele utiliza o seu terrível olhar destruidor e sua risada
maléfica. Um detalhe interessante é que Gor gerou um fenômeno de exploração de merchandising
inesperado, com a criação e venda de camisetas, pôsteres, chaveiros, e diversos
tipo de memorabília do filme para os jovens da época. A estapafúrdia história
traz dois cientistas, March e seu assistente Dan Murphy (Robert Fuller), que
descobrem uma alta intensidade de radiação vinda do Monte Mistério, localizado
no condado de Jefferson, em Washington. Ao
investigar o ocorrido, eles descobrem uma estranha caverna na montanha,
inexistente até então, e em seu interior esconde-se o terrível e poderoso
cérebro gigante alienígena megalomaníaco translúcido, que acaba por matar Dan e
possuir o corpo de March para que tenha um hospedeiro terráqueo a fim de por em
prática seu plano maquiavélico. Detalhe é a hilariante cena onde ocorre a
“possessão”, com cérebro sobreposto na tela voando até o corpo do cientista e
“entrando” dentro dele. Pois bem, ao voltar para sua namorada Sally Fallon
(Joyce Meadows) e seu pai John Fallon (Thomas B. Henry), March / Gor dá a
esfarrapada desculpa que do nada, Dan tinha ido para Las Vegas jogar. Claro que
os dois não acreditam muito na história, ainda mais por conta do indolente e
agressivo comportamento de March após ele ter voltado do Monte Mistério. Fora
que como Gor não está acostumado com as mulheres, ele fica com um tesão danado
em Sally, querendo traçá-la na pele de Steve de qualquer jeito, e fica toda
hora falando para o mocinho que está procurando por esse novo prazer
indescritível e que ela será sua refém (sexual) para sempre, usando o cientista
como hospedeiro. É genial O
plano de Gor é se infiltrar no alto escalão do exército americano e de outros
países, governando-os e assim escravizar toda a humanidade para construir
poderosas armas atômicas, a fim de iniciar uma invasão a partir do planeta
Arous e assim poder conquistar todo o universo, fazendo com que a massa
encefálica gigante seja o imperador de toda a galáxia! Afinal, Gor na pele de
March tem uma terrível capacidade psicocinética de destruir aviões com a força
do pensamento, o qual ele faz gratuitamente apenas para testar sua força, e
também queimar pessoas com sua radioatividade só de olhar para elas, com um
olhar maligno em que seus olhos ficam negros, sempre seguidos de uma gargalhada
sarcástica após sua vil demonstração de poder. Sem dúvida é um dos piores
vilões que esse planeta já viu. Mas para impedi-lo, outro visitante do mesmo
planeta, Vor, resolve se aliar a Sally e a John, possuindo George, o cachorro
do casal (???!!!) e ensinando para a garota a única forma de destruir o cérebro
maligno, que é atingi-lo em seu ponto fraco, a Fissura de Rolando, que fica
vulnerável nos breves momentos que Gor precisa sair do corpo de March para
absorver oxigênio. E ainda há tempo para na cena final, quando o cérebro
gigante finalmente está fora do corpo de March sem ser uma forma etérea e sendo
atacado pelo cientista com um machado, vermos os fios de arame pendurando o
bonecão desengonçado do cérebro com olhos. Impagável.
Fora que
ao Vor não se manifestar após Gor ser derrotado, quando Sally conta a história
dele estar dentro do cachorro, March não acredita na namorada que ainda termina
o filme com pecha de louca. O Cérebro do Planeta Arous merece
todos os méritos. É engraçado, tosco, porém incrível. Não tem como não adorar
esta película. E seu status de cult pop é tamanho, que provavelmente
você já deve ter visto alguma cena do cérebro gigante voando por aí. Para citar
uma, foi utilizada, por exemplo, na abertura do seriado de sucesso Malcolm, da
Fox, com Frank Muniz.
FONTE:
http://101horrormovies.com/2013/02/25/94-o-cerebro-do-planeta-arous-1957/
Nenhum comentário:
Postar um comentário