Direção: Nathan Juran
Roteiro: Martin
Berkeley, William Alland (história)
Produção: William
Alland
Elenco: Craig
Stevens, William Hopper, Alix Talton, Donald Randolph, Pat Conway, Florenz Ames
Quando você pensa que já viu de
tudo nesta década, eis que o subgênero Big Bugs nos mostra uma
louva-a-deus gigante como o mais terrível perigo a atacar a humanidade em The Deadly Mantis, filme sequer lançado no Brasil. Como já expliquei
aqui no blog anteriormente, os Big Bugs consistiam em filmes de
insetos gigantes (e aracnídeos também, para ser mais preciso), que teve seu
pontapé inicial em O Mundo em Perigo, e tem também outros famosos
exemplares como Tarântula e O Escorpião Negro. E falando em Tarântula, o mesmo produtor e
roteirista William Alland (de O Monstro da Lagoa Negra) também é o responsável por essa
fita da Universal. E além de Alland, outro veterano peso pesado de filmes de sci-fi dirige The
Deadly Mantis: Nathan Juran, nome que seria sinônimo de alguns sucessos,
também responsável por outros inigualáveis clássicos da década como O Cérebro do Planeta Arous e O Ataque da Mulher de 15 Metros. Bom, o que falar sobre um
ataque de um louva-a-deus gigante, além de enaltecer a criatividade dos envolvidos?
Afinal, pensar bem em um louva-a-deus? É genial. Claro que é mais um
daqueles divertidíssimos filmes com os militares e cientistas unindo forças
contra uma criatura descomunal. Os efeitos especiais de Fred Knoth (não
creditado), que também seria responsável pelos efeitos extraordinários (para a
época) de O Incrível
Homem que Encolheu, não deixa a desejar para aqueles que gostam de
dar uma boa risada com o bonecão do inseto. Até que é bem feitinho sabe, mas
não convence e assusta ninguém. Isso sem contar as cenas onde o mesmo está voando,
uma sobreposição tosca e com um ensurdecedor zumbido chato pra caramba. Mas de
onde cargas d’água veio esse louva-a-deus? Uma explosão vulcânica em uma ilhota
no meio do oceano, faz com que as geleiras do polo norte começassem a se
desprender e derreter, e como bem diz a terceira lei de Newton, devidamente
explicada no começo do filme, toda ação causa uma reação, então o gigantesco
inseto pré-histórico congelado, que frequentava nosso planeta há milhões de
anos, acorda da animação suspensa morto de fome, e vê nos seres humanos, sua
presa ideal. Cabe então ao Coronel Joe Parkman (Craig Stevens), com a ajuda do
paleontólogo do Museu de História Natural de Washington, Dr. Ned Jackson
(William Hopper) e sua bela assistente, Marge Blaine (Allix Talton), todos sob
ordens do General Mark Ford (Donald Randolph), primeiramente descobrir o que
estava atacando aviões e as bases militares no ártico (antes de ser descoberta
a verdadeira identidade do inseto) através de um esporão achado no local da
primeira catástrofe e depois encontrar uma maneira de destruir a criatura, que
parece ser praticamente indestrutível. Isso porque quando o louva-a-deus ataca
a base militar onde nossos heróis se encontram, ele é alvejado com tiros de
metralhadoras e lança chamas que não fazem nem cócegas no animal. Depois,
canhões terrestres e mísseis lançados por jatos também não parecem surtir
efeito nenhum. Deveriam ter jogado uma tonelada de detefon nele, porque acho
que isso faria efeito. Ou então
ter construído um chinelo gigante. E tem mais! Ao
colidir com um dos caças da aeronáutica, o monstro cai dentro de um túnel em
Nova York, e lá vai mais uma vez o exército, liderado pelo valente Cel. Parkman
encurralar o inseto, e meter chumbo grosso nele, até que enfim, depois de muita
bala, eles conseguem se ver livres da praga de uma vez por todas. Detalhe que o
bicho começa a emitir uns esganiçados gritos de dor quando atingido. Não sou nenhum entomologista, mas
acredito que nenhum inseto faz um som gutural daqueles, não. Não consigo deixar
de pensar o que aconteceria se houvesse dois desses louva-a-deus gigantescos, e
fosse um casal macho e fêmea. Seria simplesmente a cena
mais incrível da história do cinema se rolasse um acasalamento entre eles, e
depois da cópula, a ensandecida louva-a-deus fêmea devorasse sem piedade a
cabeça do companheiro ainda vivo, assim como ocorre normalmente na natureza.
Mas infelizmente isso não acontece. O insetão aqui era o último de sua espécie. Enfim, The
Deadly Mantis vale cada frame. Tem todo aquele climão
característico da década de 50, narrador que parece que está lecionando em
alguma aula do Telecurso 2000, inseto gigante tosco, poderio militar,
propaganda ideológica bélica e sabedoria científica. Alvo perfeito para as
paródias da inteligente série Mistery Science Theater 3000. Pelo menos
aqui, como em praticamente todos os filmes do gênero, o louva-a-deus não foi
vítima de testes nucleares ou da radiação.
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/02/26/95-the-deadly-mantis-1957/
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