Direção: Jack Arnold
Roteiro: Martin Berkeley,
Robert M. Fresco e Jack Arnold (história)
Produção: William
Alland
Elenco: John
Agar, Mara Corday, Leo G. Carrol, Nestor Paiva, Ross Elliott, Edwin Rand, Clint
Eastwood (piloto)
Tarântula é
mais um dos famosos filmes do ciclo Big Bugs do cinema de terror
e sci-fi da década de 50. Apesar de tecnicamente, a aranha não ser um
inseto, e sim um aracnídeo. Mas enfim, quem liga para isso, quando se têm uma
aranha peludona e gigantesca no deserto destruindo tudo e devorando pessoas? E
claro que seguindo à risca a tônica dessas produções B dos anos 50, temos aí
uma criatura que ganhou um tamanho descomunal com uma mãozinha da
radioatividade, um cientista louco, efeitos especiais tosquíssimos, atuações
bisonhas e um roteiro estapafúrdio, todos elementos que juntos, garantem uma
diversão certeira. A equipe responsável pela Revanche do Monstro, lançado no mesmo ano, está quase toda
junta novamente em Tarântula. O diretor Jack Arnold, o roteirista Martin
Berkeley, o produtor William Alland e o ator John Agar no papel de mocinho,
interpretando o Dr. Matt Hastings. Até Clint Eastwood novamente faz uma ponta
no começo de carreira, com o piloto dos jatos que a aeronáutica manda para
acabar com o perigo gigante de oito patas. Pois bem, situado em Desert Rock, no
Arizona, somos apresentados ao Prof. Gerald Demmer (Leo G. Carrol), o cientista
maluco da vez, especialista em biologia nutricional, que tem como meta
altruísta de vida, manipular atomicamente os nutrientes para solucionar um
grave problema populacional no futuro, onde com certeza haverá falta de
alimentos devido a super povoação da Terra. É engraçado em certo diálogo, o
Prof. projetando que no ano 2000 o mundo teria mais de 3 bilhões de habitantes.
Mal sabia o coitado que íamos chegar em 2012 com mais de 7 bilhões de pessoas. Um
dos assistentes, na busca rápida por resultados, aplica a fórmula instável em
si mesmo, após ver coelhos, porquinhos da índia e uma tarântula crescerem
exponencialmente depois das injeções, e acaba morrendo poucos dias depois de
acromegalia, doença causada pelo aumento da secreção da glândula do
crescimento, mas que leva anos para se manifestar e levar à morte. Porém quando
seu laboratório é atacado por outro de seus estudantes assistentes (sempre
culpa do estagiário!!!), o professor acaba sendo contaminado e a tarântula
escapa, ganhando a planície do deserto, se alimentando de gado e também de
humanos, chegando ao impressionante tamanho de 30 metros de altura! Cabe então
ao bom moço Dr. Hastings e sua paixonite e nova assistente do Prof. Demmer,
Stephanie “Stevie” Clayton (Mara Corday) tentarem alertar a população, a
polícia local e mais tarde os militares, para impedir o rastro de destruição
que o terrível aracnídeo está causando, inclusive derrubando por ali os postes
de luz e de telefone e jogando caminhonetes da ribanceira. E obviamente o mais
legal de tudo são os efeitos especiais utilizados para mostrar essa besta
gigante em cena. Foi filmada uma tarântula de verdade, depois através da
técnica de sobreposição de imagens, a forma do animal aumentada foi colocada no
deserto e na cidade, dando aquela impressão beeeeem autêntica de realidade,
sabe? Há também algumas cenas de ataque, quando a aranha está em primeira
pessoa, vendo um pobre fazendeiro pequenino ali no chão, mostrando apenas duas
de suas patas balançando para cima e para baixo. Para quem gosta desse tipo de
podreira, é um prato cheio. Dessa onda de animais gigantes, que começou
com O Mundo em Perigo, tendo formigas vitaminadas como
vilãs, Tarântula é um dos seus maiores expoentes, e até um dos mais
“bem feitos”, que claro, também serviria para ajudar a abrir o caminho para
outros insetos e aracnídeos, como louva-deuses e escorpiões, tentarem acabar de
vez com o reinado humano no planeta.
FONTE:
http://101horrormovies.com/2013/02/09/83-tarantula-1955/
CLINT EASTWOOD
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