sábado, 2 de maio de 2015

#136 1960 PSICOSE (Psycho, EUA)


Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Joseph Stefano (baseado na obra de Robert Bloch)
Produção: Alfred Hitchcock (não creditado)
Elenco: Anthony Perkins, Janet Leigh, Vera Miles, John Gavin, Martin Balsam, John McIntire

A obra prima de Alfred Hitchcock. A cena mais assustadora da história do cinema segundo votações. Um ícone da sétima arte. A mais influente obra de suspense de todos os tempo. Psicose é uma coleção de adjetivos. Não há simplesmente mais nada que se possa falar sobre esse filme impecável, que impressiona gerações. Hitchcock comprou os direitos do livro meia-boca de Robert Bloch por apenas 9 mil dólares e resolveu fazer um filme de baixo orçamento, mas com um roteiro arrebatador escrito por Joseph Stefano, dando aos espectadores algo que nenhuma produção havia feito até então
(ALERTA DE SPOILER, se é que você nunca tenha assistido. Se não assistiu pare por aqui, pule os próximos dois parágrafos e sinta muita vergonha de ser você mesmo):
matado a personagem principal antes de sua primeira metade! A tal personagem é Marion Crane (interpretada por Janet Leigh), uma secretária imobiliária que vê em suas mãos uma bagatela de 40 mil dólares roubados de uma negociata entre um milionário e seu patrão, grana suficiente para fugir com o amante Sam Loomis (John Gavin) e começar uma nova vida. Após dirigir por quase um dia e meio, sem antes passar por dois momentos de pura tensão, quando acredita ter sido vista fugindo pelo chefe e o ricaço e quando ela tenta comprar um novo carro em uma concessionária, levantando uma atitude suspeita tanto para o dono quanto para o policial que está de olho nela desde a estrada, Marion decide parar para dormir e com toda sorte do mundo, se hospeda no Motel Bates. Quem atende Marion é Norman Bates (Anthony Perkins, eternamente espetacular), sujeito estranho e solitário, camufladamente homossexual, que tem a taxidermia como hobby e mora com a controladora mãe doente em um casarão próximo ao estabelecimento, que não quer que ele se envolva com nenhuma mulher “suja”, como ela mesmo define. Arrependida e decidida a voltar com o dinheiro, Marion resolve tomar um banho (para se purificar), que seria o último da sua vida, já que é assassinada na famosa cena do chuveiro, com seus 70 planos, edição magnífica, trilha sonora impactante de Bernard Hermann e horror subentendido, já que não se vê uma vez sequer a faca acertando o corpo da vítima. Loomis, a irmã de Marion, Lila (Vera Miles), e um detetive particular, Milton Arbogast (Martin Balsam), vão investigar o desaparecimento da garota e se deparam com o segundo grande choque do filme: o assassino é na verdade o próprio Norman, maluco de pedra, psicopata esquizofrênico, travestido como sua mãe, que na verdade já estava morta há tempos, com o cadáver jazendo na própria casa sentado em uma cadeira de balanço. Norman Bates faz parte da tríade imortal do cinema inspirada pelo serial killer americano Ed Gein, junto com Leatherface de O Massacre da Serra Elétrica e Buffalo Bill, o a assassino de O Silêncio dos Inocentes. E um detalhe curioso é que Hitchcock decidiu fazer o filme em preto e branco, porque acreditava que em cores ele ficaria muito violento. E na cena do chuveiro, o sangue que escorre pelo ralo é na verdade calda de chocolate, usado para dar aquela consistência. Psicose é dos filmes mais injustiçados do Oscar, já que a Academia renegou os filmes de terror. Recebeu quatro indicações: melhor atriz coadjuvante para Janet Leigh, melhor direção de arte, melhor direção de fotografia e melhor diretor para Hitchcock, e não levou nenhuma estatueta. Leigh ainda faturou o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante. Dica do blogueiro: Assista ao recente filme Hitchcock, com Anthony Hopkins no papel do excêntrico diretor inglês, que traz os bastidores das filmagens e as dificuldades para realização do filme. Psicose gerou três continuações sofríveis (uma feita direto para a TV) e um remake dirigido por Gus Van Sant, tão sofrível quanto (que eu vi no cinema quando era adolescente) que apenas resolveu refilmar o original quadro por quadro, só que em cores. Bom, Vince Vaughn fez o papel do Norman Bates. Vince Vaughn! Isso já diz tudo! Além disso atualmente está no ar a dispensável série Bates Motel no canal A&E americano, que traz Norman na adolescência (interpretado por Freddie Highmore – muito bem por sinal, incorporando os trejeitos que Perkins deu ao personagem – o Charlie de A Fantástica Fábrica de Chocolate de Tim Burton, que já tem 17 anos e você percebe como está ficando velho!) e com Vera Farmiga interpretando a posessiva e dominadora Sra. Bates.
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/04/15/136-psicose-1960/

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363 1960 PSICOSE (Psycho, EUA)

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