Direção: Jack Bender
Roteiro: Don Mancini
Produção: Robert Latham
Brown; Laura Moskowitz (Coprodutor); David Kirschner (Produtor Executivo)
Elenco: Justin
Whalin, Perrey Reeves, Jeremy Sylvers, Travis Fine, Dean Jacobson, Brad Dourif,
Dakin Matthews
Se eu já falei que Brinquedo
Assassino 2 é uma sequência X, o que falar então de Brinquedo
Assassino 3? Só não tem a honra de ser o pior da franquia porque
conseguiram cometer o recente A Maldição de Chucky. Bom, começamos pelo
simples fato de que Don Mancini, criador da franquia, sob pressão da Universal
foi obrigado a começar a escrever o roteiro do terceiro filme antes do segundo
sequer ter sido lançado. Veja bem, Brinquedo Assassino 3 chegou aos
cinemas apenas NOVE meses depois da estreia da sequência, então, Mancini alega
que estava sem ideias por ter de escrevê-lo tão próximo da segunda parte (ah,
vá!). E por isso, em sua opinião, é seu “menos favorito”. Fato é que a quantidade
de buracos no roteiro e de situações vexatórias nesta terceira parte é imensa.
O que salva, obviamente, é que temos Chucky sempre dando o seu melhor. O que
significa que o boneco possuído pelo espírito do macumbeiro Charles Lee Ray e
com a característica voz de Brad Dourif continua cheio de piadinhas de humor
negro, sarcamos e se mostrando um verdadeiro sacana, divertindo o espectador
entre um remendo de trama e outro. Começa que logo nos créditos iniciais somos
obrigados a engolir goela baixo a ideia de que MAIS UMA VEZ a fábrica dos
bonecos Bonzinho quer lançar o produto no mercado, depois de duas tentativas
frustradas e má publicidade por conta de um moleque jurando que o brinquedo
era, hã, assassino. Sei lá, inventa outro boneco, pombas! Mas que falta de
criatividade! Aí retomando os trabalhos, eis que encontram o boneco todo
carcomido e derretido que vem a ser Chucky, que será reciclado para dar origem
a um novinho em plástico, mas umas GOTAS DE SANGUE dele fazem com que o
espírito possuído passe novamente para esse outro boneco. Fale para mim se tem
algum nexo isso? Chucky faz logo sua primeira vítima (em uma cena de suspense
das mais canhestras), que é exatamente o chefão da Play Pals, Sullivan (Peter
Haskell, que aparecera no anterior) e descobre que ele guarda um arquivo em seu
computador sobre a vida de Andy Barclay, e o moleque já é um adolescente
(interpretado agora por Justin Whalin) e está no colégio militar. Logo, Chucky
“se envia” para o local e descobre uma nova vítima, outro daqueles pequenos
pentelhos, o jovem cadete Tyler (Jeremy Sylvers), continuando sua incessante
busca de um novo hospedeiro para sua alma. Daí é a velha história: Andy ainda é
traumatizado com o boneco, o encontra zanzando pelos quarteis e matando quem se
mete em seu caminho, ninguém acredita no sujeito, o instrutor é um babaca
totalitário, e blá blá blá. Ainda rola um par romântico com a cadete De Silva
(Perrey Reeves) que ajudará Andy a enfrentar o serial killer que
sequestrar Tyler e o leva para o trem fantasma de um parque de diversões que
surge EXATAMENTE NO MEIO DO MATO, após um frustrado jogo de guerra. Aliás, essa
é realmente a única parte decente do filme. Dentre as ideias mais sádicas e
endiabradas de Chucky em toda a franquia, ao saber desse jogo de guerra que
colocará dois times, a equipe vermelha e a equipe azul ao melhor estilo “roube
a bandeira”, o vilão simplesmente troca a munição dos fuzis, que era de tinta,
para balas de verdade. Por pouco não acontece um massacre, mesmo nós torcendo
muito por isso. Ponto também para a jugular cortada do barbeiro (os barbeiros
de quarteis militares são todos daquele jeito, mesmo?), Sgt. Botnick (Andrew
Robinson) em uma outra cena mais sangrentinha. Dois detalhes interessantes
de Brinquedo Assassino 3: ele foi o primeiro a utilizar CGI no boneco de
Chucky, para sincronizar as falas com o movimento de sua boca (e tira-se o
chapéu para o trabalho de Kevin Yagher e sua turma mais uma vez) e Peter
Jackson foi cotado para dirigi-lo. Não que acho que fizesse muita (ou nenhuma)
diferença. Bom, não espere absolutamente nada de Brinquedo Assassino
3 e você pode até se divertir com as aparições e chistes de Chucky, neste
último filme que tenta se “levar a sério”, usando o títuloBrinquedo
Assassino (“Child’s Play”) antes do escracho de A Noiva de
Chucky e O Filho de Chucky, que na minha opinião, é exatamente onde a
franquia se encontrou, mas isso fica para um próximo texto.
FONTE:
http://101horrormovies.com/2015/02/23/614-brinquedo-assassino-3-1991/
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