Direção: John Lafia
Roteiro: Don Mancini
Produção: David Kirschner;
Laura Moskowitz (Coprodutor); Robert Latham Brown (Produtor Executivo)
Elenco: Alex Vincent, Jenny
Agutter, Gerrit Graham, Christine Elise, Brad Dourif, Grace Zabriskie, Peter
Haskell
Brinquedo
Assassino 2 traz a fatídica volta do imortal Chucky aos
cinemas, dois anos depois do sucesso de Brinquedo
Assassino original, de Tom Holland. Don Mancini, criador do
adorável boneco possuído pelo macumbeiro Charles Lee Ray, volta como roteirista
e é o responsável por ajudar que essa sequência seja, digamos, aceitável. Claro,
não há nada de excepcional em Brinquedo Assassino 2. É um daqueles filmes
bem descartáveis, feitos exatamente para capitanear ainda mais grana em cima do
primeiro e estabelecer mais uma franquia slasher no cinema de terror.
Mas pelo menos ele não tem grandes pretensões e mantém-se dentro do seu
propósito. Na verdade, sendo um pouco mais justo, há sim duas coisas louváveis
na fita: A primeira é que apesar de seguirmos acompanhando a vida de
infortúnios de Andy Barclay (papel reprisado por Alex Vincent, notoriamente
menos insuportável que no primeiro filme), dois personagens chave do anterior
não voltam: a mãe de Andy (vivida pela atriz Catherine Hicks) e o policial Mike
Norris (Chris Sarandon), ambos no roteiro original, mas cortados de seus
papeis. Então assim, podemos seguir em frente com o menino posto para adoção e
vivendo sob constante suspeita de ter inventado um “boneco assassino” de sua
cabecinha maluca e sem a velha armadilha de recauchutar o primeiro, com a mãe
lutando pela guarda do moleque, o policial também desacreditado cuja carreira
foi para o saco, e etc. A segunda é que realmente é de se
tirar o chapéu para os bonecos e animatrônicos usados para que Brad Dourif
desse a voz ao psicopata de plástico (mais uma vez). Isso tudo pré-CGI, e
assim, constelações de diferença e qualidade do que, por exemplo, é a
porcaria A Maldição de Chucky. Cortesia da equipe de Kevin Yagher, que
acabou dirigindo diversas cenas por conta dos problemas (imperceptíveis) de
funcionamento dos bonecos. Falando em dirigir cenas, sabia que Wes Craven havia
sido cotado originalmente para dirigir Brinquedo Assassino 2? Não sei se
isso poderia ser bom, ou ruim, dado o estágio da carreira que ele se encontrava
naqueles momentos. Ah sim, a trama. O chefão da empresa do Bonzinho está puto
da vida com a publicidade negativa por conta do boneco suspeito de matar
pessoas, e para sossegar os acionistas e tentar reverter o marketing péssimo,
resolve recriar aquele mesmo bonecão que foi destruído e incinerado no final do
primeiro longa. Só que a alma perversa de Chucky ainda está lá, mata
eletrocutado um dos técnicos (não me pergunte como) e resolve procurar o
pequeno Andy para transferir sua alma de uma vez por todas. Por sua vez, Andy foi adotado por
uma nova família, composta pelo casal Phil e Joanne Simpson (Gerrit Graham
de A Visão do Terror e
Jenny Agutter de Um Lobisomem
Americano em Londres, respectivamente) e vai viver na casa deles
junto com a adolescente rebelde Kyle (Christine Elise), que será a única a
acreditar nele quando Chucky descobrir o paradeiro do pentelho e arrastar de
acordo para ferir a imagem do garoto e matar as pessoas a sua volta, de formas
bem criativas, como a velha professora rabugenta que é espancada até a morte
pela palmatória. Com o assassinato do seu padrasto e madrasta na sequência,
Andy e Kyle vão combater Chucky na fábrica dos bonecos Bonzinho, onde acontece
a boa perseguição durante o terceiro ato, mostrando que Chucky, tal quais seus
pares de carne e osso, Jason, Michael Myers e Freddy Krueger, também tem sua
parcela de maníaco badass indestrutível. Cenas de suspense,
assassinatos e o indefectível humor negro sarcástico de Chucky estão presentes
em grande parte da fita, o que torna Brinquedo Assassino 2 um
entretenimento honesto, se você é fã da franquia, mas que não faz jus ao grande
vilão. É só uma sequência qualquer, e não dá para florear nada sobre. O fato
concreto é que faturou mais de 28 milhões de dólares de bilheteria nos EUA
(mediante 13 milhões de orçamento) e ocupou o primeiro lugar em seu final de
semana de estreia, fazendo com que as outras sequências viessem por aí,
continuando tentando se levar a sério, como o execrável terceiro filme, ou
partindo para a galhofa em A Noiva de Chucky e O Filho de
Chucky. E ah, aquela atrocidade “volta às origens” lançada em 2013.
FONTE: http://101horrormovies.com/2015/01/19/594-brinquedo-assassino-2-1990/
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