sábado, 21 de fevereiro de 2015

#047 1942 O FANTASMA DE FRANKENSTEIN (The Ghost of Frankenstein, EUA)



Direção: Erie C. Kenton
Roteiro: W. Scott Darling, Eric Taylor (história original)
Produção: George Waggner
Elenco: Lon Chaney Jr., Bela Lugosi, Cedric Hardwicke, Ralph Bellamy, Lionel Atwill

E lá vamos nós com mais uma sequência dos filmes de Frankenstein. O Fantasma de Frankenstein já é o quarto da série. É tipo o Sexta-Feira 13, A Hora do Pesadelo e Jogos Mortais da época! Também é o primeiro em que Boris Karloff não interpreta o monstro, tendo pulado do barco (sabiamente) antes de afundar em O Filho de Frankenstein. Agora quem herda o papel da criatura é Lon Chaney Jr., credenciado pelo seu papel em O Lobisomem, e claro, por ser filho de Lon Chaney, o Homem das Mil Faces. Em compensação ali está o decadente Bela Lugosi, atuando em uma franquia decadente também. Dirigido por Erie C. Kenton, de A Ilha das Almas Selvagens, aqui Lugosi reprisa o papel de Ygor, que fez tanto sucesso no filme anterior, escrito especialmente para ele, que novamente o personagem foi utilizado em O Fantasma de Frankenstein. E o filme já começa com Ygor e o monstro fugindo da velha turba enfurecida, com seus forcados e tochas (que originalidade!!!), enquanto eles estão explodindo de vez o castelo e laboratório do Dr. Frankenstein. Ou seja, tanto Ygor não morreu levando tiros no último filme, como a criatura ao cair no poço. E lá vão ambos para um novo vilarejo atrás de outro filho do Barão Frankenstein, dessa vez Ludwig, para que ele possa curar o monstro, único amigo do escroque. Só que como bem sabemos, todos os Frankensteins tem um parafuso a menos, e claro que ao invés de destruir a criatura, ele vai dar um jeito de continuar os experimentos do pai. Só que dessa vez ele tem uma estapafúrdia ideia de trocar o cérebro do monstrengão por outro renomado médico, que era uma espécie de desafeto de Frankenstein. Auxiliado pelo Dr. Bohmer (interpretado por outro famoso ator dos filmes de terror, Lionel Atwill), o plano dá errado quando Bohmer utiliza então o cérebro de Ygor, ao invés do doutor, seduzido pelas promessas de poder do vilão. Daí veremos um monstro de Frankenstein inteligente, perverso e falando com sotaque húngaro! Chaney não chega nem aos pés de fazer a criatura como Karloff, desculpem. É até um insulto ver outro ator no papel do monstro com a cabeça quadrada, andar duro e pinos no pescoço. Se Karloff não quisesse mais fazer o papel, não fizessem mais continuações, oras! Mas vai falar isso para as caixas registradoras da Universal. Além disso de novo vamos ver a mesma situação manjada dos filmes anteriores: alguém da família Frankenstein sem um pingo de juízo, moradores revoltosos, a amizade do monstro com uma criança… Fora isso todo o aspecto atormentado que ele carregou nos outros filmes, aqui vai para o ralo, e ele transforma-se em um simples autômato mudo (até receber o cérebro de Ygor), que não desperta aquele sentimento dúbio que tínhamos antes por ele. Para mim, O Fantasma de Frankenstein é o ponto que decreta o final da Era de Ouro dos Monstros da Universal. As infindáveis sequências conseguiram tirar todo o brilho dos filmes do estúdio. Claro que algumas conseguiram ser interessantes como A Noiva de Frankenstein e A Volta do Homem Invisível, e o original O Lobisomem, mas tudo que vier daqui para frente será com uma qualidade muito inferior e completamente desnecessário, até chegarmos ao filme derradeiro desse ciclo da Universal, O Monstro da Lagoa Negra, lançado em 1954. Que também gerou continuações, óbvio!
FONTE: http://101horrormovies.com/2012/12/19/47-o-fantasma-de-frankenstein-1942/

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