sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

#070 1953 MUSEU DE CERA (House of Wax, EUA)



Direção: André De Toth
Roteiro: Crane Wilbur, Charles Belden (história) / Produção: Bryan Froy, Joe Dreier (Produtor Executivo)
Elenco: Vincent Price, Frank Lovejoy, Phyllis Kirk, Carolyn Jones, Charles Bronson Carolyn Jones

Saindo um pouco do campo do sci-fi, das invasões alienígenas e da ameaça da bomba atômica, Museu de Cera nos concede mais um dos papeis marcantes que Vincent Price interpretou no cinema de horror. Precisa de um personagem que era culto, inteligente e sofisticado e é acometido por uma tragédia que o deixa deformado, insano e sedento por vingança? Então é só chamar Price que ele é a pessoa sempre perfeita para esse tipo de papel. Refilmagem de Os Crimes do Museu, de 1933, Museu de Cera foi um dos filmes mais inovadores de seu tempo, pois foi um dos primeiros de terror a utilizar a técnica do 3D e conta com uma excelente resolução de cores, obtida através de um processo exclusivo desenvolvido pelos estúdios da Warner chamado de Warnercolor. Isso acompanhado de uma pesada campanha de marketing que levou milhares ao cinema para conferir essa novidade.Na trama, Price habilmente interpreta o Prof. Henry Jarrod, um notável escultor de figuras de cera na Nova York do começo do século passado, que preza pelos detalhes e busca a perfeição em cada uma de suas vívidas esculturas, principalmente em sua Maria Antonieta, a qual considera sua obra prima. Como sempre dedicou-se a arte e a beleza das formas, o museu passava por dificuldades financeiras, não sendo páreo para competir com outras exibições sensacionalistas na época. E essa baixa arrecadação de dinheiro causa um descontentamento em Matthew Burke, sócio de Jarrod. Com a visita do respeitável crítico de arte Sidney Wallace, fascinado pela beleza das obras, Jarrod, em comum acordo com Burke, resolve oferecer a ele a parte do sócio. Porém como Wallace estava com viagem marcada, essa resposta sobre a compra de metade da sociedade só seria dada em três meses. Movido pela ganância e pela necessidade imediata de dinheiro, Burke resolve então que a melhor saída é queimar todas as estátuas e a galeria e conseguir com isso uma bolada do seguro. É claro que Jarrod é contra destruir toda a obra de sua vida, e os dois tem uma terrível briga, onde Burke por fim incendeia as estátuas e o local e deixa Jarrod para ser consumido pelas chamas. Passado algum tempo, o escultor, dado como morto, retorna completamente desfigurado, lunático, com um terrível plano de reconstruir sua obra, porém dessa vez, usando pessoas reais como base para suas estátuas. Jarrod conta com a ajuda de dois capangas para construir as esculturas, já que suas mãos ficaram completamente deformadas, assim como seu rosto. Um deles é o ex-presidiário Leon Averill e o outro é o surdo-mudo Igor, que vejam só, é interpretado por Charles Bronson em seu início de carreira. Jarrod abre um novo museu de cera, com uma ala batizada de Câmara dos Horrores, trazendo representações históricas de crimes e torturas. Para conseguir seus modelos vivos, perambula pelas noites da cidade cometendo assassinatos, com seu rosto deformado, capa preta e chapéu, parecendo uma mistura de O Fantasma da Ópera com o personagem de Darkman – Vingança sem Rosto de Sam Raimi. Fugindo de um de seus crimes, ele acaba por conhecer e perseguir a bela Sue Allen, que em sua mente doentia, vê na garota a encarnação da sua próxima Maria Antonieta, e não medirá esforços e escrúpulos para transformá-la em sua próxima estátua. Um dos grandes momentos de Museu de Cera é quando Sue é raptada e o lunático escultor coloca sua máquina para funcionar, na tentativa de derramar a cera quente derretida em sua vítima. A maquiagem assustadora de Price, que mais tarde se tornaria um dos maiores astros do cinema de terror, também é um dos grandes motivos de choque que o filme proporciona, fora sua interpretação mais uma vez notável, contrastando a sensibilidade do professor com sua persona obcecada e demente. Vale também prestar atenção em dois coadjuvantes do filme: um é o já citado Charles Bronson, novo de tudo, que ficaria famoso principalmente pela franquia Desejo de Matar, e a atriz Carolyn Jones, morta logo no começo do filme e usada como molde para a Joana D’Arc de cera, que seria imortalizada como a Mortícia do seriado de TV da Família Addams. Em 2005, Museu de Cera, que já era uma refilmagem, ganhou um até que decente remake dirigido pelo espanhol Jaume Collet-Serra (mesmo diretor de A Órfã), que no Brasil ganhou o nome de A Casa de Cera, com Elisha Cuthbert, Paris Hilton e Jared Padalecki (do seriado Supernatural) no elenco, produzido pela Dark Castle Entertainment, produtora de Joel Silver e Robert Zemeckis, que ficou famosa por outras refilmagens de filmes de terror da década de 50 e 60, como A Casa da Colina e 13 Fantasmas.

FONTE: http://101horrormovies.com/2013/01/25/70-museu-de-cera-1953/

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