Direção: André De Toth
Roteiro: Crane
Wilbur, Charles Belden (história) / Produção: Bryan Froy, Joe Dreier (Produtor
Executivo)
Elenco: Vincent
Price, Frank Lovejoy, Phyllis Kirk, Carolyn Jones, Charles Bronson Carolyn
Jones
Saindo um
pouco do campo do sci-fi, das invasões alienígenas e da ameaça da
bomba atômica, Museu
de Cera nos concede mais um dos papeis marcantes que Vincent
Price interpretou no cinema de horror. Precisa de um personagem que era culto,
inteligente e sofisticado e é acometido por uma tragédia que o deixa deformado,
insano e sedento por vingança? Então é só chamar Price que ele é a pessoa sempre perfeita para esse
tipo de papel. Refilmagem de Os Crimes do Museu, de 1933, Museu de Cera foi
um dos filmes mais inovadores de seu tempo, pois foi um dos primeiros de terror
a utilizar a técnica do 3D e conta com uma excelente resolução de cores, obtida
através de um processo exclusivo desenvolvido pelos estúdios da Warner chamado
de Warnercolor. Isso acompanhado de uma pesada campanha de marketing que levou
milhares ao cinema para conferir essa novidade.Na trama, Price habilmente interpreta
o Prof. Henry Jarrod, um notável escultor de figuras de cera na Nova York do
começo do século passado, que preza pelos detalhes e busca a perfeição em cada
uma de suas vívidas esculturas, principalmente em sua Maria Antonieta, a qual
considera sua obra prima. Como sempre dedicou-se a
arte e a beleza das formas, o museu passava por dificuldades financeiras, não
sendo páreo para competir com outras exibições sensacionalistas na época. E essa baixa arrecadação de
dinheiro causa um descontentamento em Matthew Burke, sócio de Jarrod. Com a
visita do respeitável crítico de arte Sidney Wallace, fascinado pela beleza das
obras, Jarrod, em comum acordo com Burke, resolve oferecer a ele a parte do
sócio. Porém como Wallace estava com viagem marcada, essa resposta sobre a
compra de metade da sociedade só seria dada em três meses. Movido pela ganância
e pela necessidade imediata de dinheiro, Burke resolve então que a melhor saída
é queimar todas as estátuas e a galeria e conseguir com isso uma bolada do
seguro. É claro
que Jarrod é contra destruir toda a obra de sua vida, e os dois tem uma
terrível briga, onde Burke por fim incendeia as estátuas e o local e deixa
Jarrod para ser consumido pelas chamas. Passado algum tempo, o escultor, dado
como morto, retorna completamente desfigurado, lunático, com um terrível plano
de reconstruir sua obra, porém dessa vez, usando pessoas reais como base para
suas estátuas. Jarrod conta com a ajuda de dois capangas
para construir as esculturas, já que suas mãos ficaram completamente
deformadas, assim como seu rosto. Um deles é o ex-presidiário Leon Averill e o outro
é o surdo-mudo Igor, que vejam só, é interpretado por Charles Bronson em seu
início de carreira. Jarrod abre um novo museu de cera, com uma ala batizada de
Câmara dos Horrores, trazendo representações históricas de crimes e torturas. Para
conseguir seus modelos vivos, perambula pelas noites da cidade cometendo
assassinatos, com seu rosto deformado, capa preta e chapéu, parecendo uma
mistura de O Fantasma da Ópera com o personagem de Darkman –
Vingança sem Rosto de Sam Raimi. Fugindo de um de seus crimes, ele acaba por
conhecer e perseguir a bela Sue Allen, que em sua mente doentia, vê na garota a
encarnação da sua próxima Maria Antonieta, e não medirá esforços e escrúpulos
para transformá-la em sua próxima estátua. Um dos grandes momentos de Museu
de Cera é quando Sue é raptada e o lunático escultor coloca sua máquina
para funcionar, na tentativa de derramar a cera quente derretida em sua vítima.
A maquiagem assustadora de Price, que mais tarde se tornaria um dos
maiores astros do cinema de terror, também é um dos grandes motivos de choque
que o filme proporciona, fora sua interpretação mais uma vez notável,
contrastando a sensibilidade do professor com sua persona obcecada e demente. Vale também prestar atenção em
dois coadjuvantes do filme: um é o já citado Charles Bronson, novo de tudo, que
ficaria famoso principalmente pela franquia Desejo de Matar, e a atriz
Carolyn Jones, morta logo no começo do filme e usada como molde para a Joana
D’Arc de cera, que seria imortalizada como a Mortícia do seriado de TV da Família
Addams. Em 2005, Museu de Cera, que já era uma refilmagem, ganhou um até
que decente remake dirigido pelo espanhol Jaume Collet-Serra (mesmo
diretor de A Órfã), que no Brasil ganhou o nome de A Casa de Cera,
com Elisha Cuthbert, Paris Hilton e Jared Padalecki (do seriado Supernatural)
no elenco, produzido pela Dark Castle Entertainment, produtora de Joel Silver e
Robert Zemeckis, que ficou famosa por outras refilmagens de filmes de terror da
década de 50 e 60, como A Casa da Colina e 13 Fantasmas.
FONTE:
http://101horrormovies.com/2013/01/25/70-museu-de-cera-1953/
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