Direção: Leslie Goodwins
Roteiro: Bernard Schubert, Leon Abrams e Dwight V. Babcock (história original)
Produção: Oliver Drake (Produtor Associado), Ben Pivar (Produtor Executivo)
Elenco: Lon Chaney Jr., Peter Coe, Virgina Christine, Kay Harding, Dennis Moore, Martin Kosleck
“Véi”, na boa, quem aguenta dois filmes da múmia lançados no mesmo ano? 1944 foi o ano da criatura egípcia enfaixada da Universal. Lon Chaney Jr. vestiu suas ataduras aqui em A Maldição da Múmia, lançado em dezembro e O Fantasma da Múmia, lançado em julho. Bom, passando 25 anos depois do filme anterior, A Maldição da Múmia retoma a velha e saturada história de Kharis e da princesa Ananka, mais uma vez contada nos mínimos detalhes em flashbacksaqui nessa fita. Só que dessa vez a trama se passa nos pântanos da Louisiana. Afinal, no último longa, Kharis conseguiu resgatar o corpo da sua amada milenar, e acuado pela população, acabou entrando no pântano, levando sua alma e da princesa para o descanso eterno. Ledo engano. Mais uma vez um pentelho de um egípcio alto sacerdote da ordem de Arkahn, dessa vez o Dr. Ilzor Zandaab, resolve trazer a múmia de volta a vida usando a poção feita através das nove folhas de tana (que era uma árvore extinta desde o Egito Antigo, que não sei de onde eles continuam encontrando tantas dessas folhas depois de tanto tempo, mas enfim). A intenção de Zandaab, ajudado pelo seu capanga, Ragheb, é que a múmia encontre o corpo da princesa e por fim, levá-los de volta para o Egito. Kharis vai tocar o terror no bayou, assustando e matando estrangulados os cajuns que trabalham na drenagem do pântano, sob as ordens do Major Pat Walsh. Ainda há na trama as figuras do Dr. James Halsey, que trabalha no Museu Scripps e tem interesse em encontrar as múmias para levá-las até o museu, e Betty, secretária e sobrinha de Walsh, que acaba se transformando no par romântico do Dr. Halsey. Além disso, a princesa Ananka volta à vida, em uma cena simplesmente fantástica, onde ela começa a sair da terra e caminhar desorientada e devagar, como veríamos anos mais tarde em muitos dos filmes de zumbi que estamos acostumados hoje em dia. Só que Ananka em sua forma humana sofre de amnésia e não se lembra nem do Egito antigo e nem de Kharis, por quem sente apenas pavor e não mais aquele amor de outrora. Kharis a rapta, e Betty pede ajuda a Ragheb para encontrá-la. Ragheb, enfeitiçado pelo seu rabo de saia, então ajuda a moça, traindo o seu juramento para os sacerdotes de Arkahn, utilizando o seguinte argumento para se explicar a Zandaab: “mestre, eu sou de carne e osso”. Sinceridade total. Bom, daí blá blá blá, whiskas sachê, o Dr. Hasley confronta Zandabb, e Kharis é derrotado de uma vez por todas, enterrado nos escombros. E Ananka que tinha voltado à vida, volta a se transformar em uma múmia também, e finalmente a Universal vai dar uma paz para as criaturas que fazem mais de 3.000 anos que estão sendo aporrinhados por uma sociedade secreta egípcia que não tem mais o que fazer. E para nós também, por favor. Mas o mais interessante de tudo, revendo todos os filmes da franquia, é o universo paralelo maluco de tempo e espaço em que a saga da múmia está alocada na cabeça dos roteiristas, produtores e diretores da Universal. Porque, pelo amor, são muitos furos grotescos de continuidade. Saca só: A Mão da Múmia se passa em 1940. A Tumba da Múmia se passa 30 anos depois (segundo o próprio filme), então em 1970. O Fantasma da Múmia também se passa no mesmo ano. Já A Maldição da Múmia, esse aqui, se passa 25 anos depois do último filme. Então quer dizer que o ano é 1995? Fora que no filme anterior, a ação se passa na Nova Inglaterra. Como diabos os cadáveres de Kharis e Ananka foram parar no pântano da Louisiana, mais de 2.400km de distância? Vai entender essa gente…
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/01/12/58-a-maldicao-da-mumia-1944/
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