Direção: Eugène Lourié
Roteiro: Lou Morheim, Fred
Freiberger (baseado na obra de Ray Bradbury)
Produção: Jack
Dietz, Bernard W. Burton e Hal E. Chester (co-produção)
Elenco: Paul
Christian, Paula Raymond, Cecil Kellaway, Kenneth Tobey, Donald Woods, Lee Van
Cleef
O Monstro do
Mar é uma espécie de divisor de águas no cinema de terror e sci-fi da
década de 50. Foi um
marco, pois a sua estética de criatura gigante que é acordada pelos efeitos de
testes nucleares e resolve sair por aí destruindo navios e cidades costeiras,
seria depois copiada à exaustão. E olhem só, O Monstro do Mar, que é um
filme obscuro e pouco conhecido, foi lançado dois anos antes do mais famoso
lagartão pré-histórico do mundo detonar com Tóquio. Até o über clássico Godzilla foi influenciado pelo que
foi realizado anteriormente em O Monstro do Mar. Utilizando técnica de stop
motion criada por Ray Harryhausen, misturada com sobreposição de imagens e
maquetes, esse filme do russo radicado francês Eugènie Louiré, traz como vilão
animalesco um Rhedossauro, réptil pré-histórico que estava congelado no ártico,
tataravô do Tiranossauro, que é acordado de seu sono de 100 milhões de anos por
testes nucleares (sempre eles) realizado pelos militares na região polar. O
cientista Prof. Tom Nesbitt (Paul Hubschmid) foi a única testemunha viva que
viu o dinossauro andando pelas geleiras, antes de ser atingido. Mas claro
que ninguém vai acreditar na história dele, achando que na verdade ele está
perdendo a razão. Inclusive o Coronel Jack Evans (Kenneth Tobey). Mas quando uma onda de ataques a
navios, faróis e cidades costeiras começam a pipocar, com a ajuda do
paleontólogo Prof. Thrugood Elson e sua assistente Lee Hunter, eles descobrem a
origem do animal e mobilizam todo o exército e marinha para tentar caçar a
criatura. Até que navegando pelas águas do sul seguindo a corrente do ártico, o
Rhedossauro chega até Nova Iorque, saindo do mar para dar um rolê pela Big
Apple destruíndo tudo por onde passa e devorando um humano aqui e ali. E
voltando a Godzilla, veja você como Roland Emmerich é um dos piores
diretores do mundo, pois sua refilmagem do clássico monstro japonês
aterrorizando NY em 1998 é praticamente uma cópia atualizada de O Monstro
do Mar na verdade. O grande problema é que o sangue do dinossauro é
tóxico, e assim quando ele é ferido libera uma toxina mortal para os humanos.
Então Nebbit junto do soldado Stone (interpretado por um novato Lee Van Cleef)
encurralam o monstrengão na montanha-russa de um parque de diversões e
utilizando uma roupa contra radiação, por fim, dão um jeito na criatura de uma
vez por todas. Não confunda O Monstro do Mar com outro filme que
ganhou um nome parecidíssimo aqui no Brasil (e ambos anos luz de distância de
seus incríveis títulos originais), O Monstro do Mar Revolto. Ainda mais por que Ray
Harryhausen foi o responsável pelos efeitos especiais dos dois filmes (sendo o
segundo muito mais famoso) e o ator Kenneth Tobey também fez um papel de milico
em ambos. Com todos os aspectos dos filmes B da época, O Monstro do Mar teve
um orçamento baixíssimo, de 200 mil dólares e foi um sucesso de bilheteria,
rendendo cinco milhões do dólares. Acabou sendo esquecido pelo tempo, mas tem
todo um valor cultural que influenciou pencas de filmes posteriormente.
FONTE:
http://101horrormovies.com/2013/01/26/71-o-monstro-do-mar-1953/
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