Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Don Mullay, Carl
Erickson, Charles Belden (história)
Produção: Henry Blanke, Hal
B. Wallis / Elenco: Lionel Atwill, Fay Wray, Glenda Farrell, Frank
McHugh
Provavelmente você conhece A
Casa de Cera, lançado recentemente e com uma pá de atores jovens conhecidos no
elenco, certo? Talvez você também conheça Museu de Cera, com o
imbatível Vincent Price, lançado em 1953. Pois então, 20 anos antes, a versão
original que inspirou esses dois remakes chegava aos cinemas pela Warner
Bros.: Os Crimes do
Museu. Os Crimes do Museu é o primeiro filme “colorido” dessa
lista, filmado utilizando duas faixas com o processo Technicolor. E também é
até que um filme bem impressionante para a época, pois traz um vilão com o
rosto queimado completamente desfigurado, uma espécie de preview de
Freddy Krueger, e traz também o conceito macabro de cadáveres sendo roubados
para dar forma a assustadoras figuras de cera de personagens históricos, como
Voltaire, Joana D’Arc e Maria Antonieta, a obsessão do escultor e vilão
psicopata nas horas vagas, Ivan Igor (Lionel Atwill). Igor possui um modesto
museu de cera em Londres, que vai muito mal das pernas. Seu sócio, Joe Worth,
desgostoso com a grana que perdeu ao investir no local, tem a ideia de colocar
fogo no museu para pegar o dinheiro do seguro e amenizar a perda financeira.
Claro que isso implicaria em destruir as estimadas figuras de cera de Igor.
Durante uma briga, o museu acaba pegando fogo, Worth deixa Igor para morrer e
foge. Dez anos depois, logo após a virada de ano em Nova York, uma série de
misteriosos assassinatos seguido de roubo dos cadáveres chama a atenção da
espevitada jornalista Charlotte Duncan (interpretada por Fay Wray, a loirinha
musa do King Kong original),
que resolve começar sua investigação para conseguir um furo de reportagem.
Coincidentemente, os crimes acontecem pouco antes de Igor, agora paralítico,
com as mãos deformadas pelo incêndio e transformado em um maníaco necrófilo,
resolver abrir seu museu na cidade. Por não poder mais esculpir, ele utiliza do
trabalho de um escultor viciado, Ralph Burton, a quem ensinou todas as suas
técnicas, e do jovem aprendiz Jim, namorado da amiga de Charlotte, Florence, a
qual o atormentado Igor vislumbra sua nova Maria Antonieta, e não mede esforços
para transformá-la na sua próxima estátua de cera humana. A premissa de Os
Crimes do Museu é muito boa mas o filme é bem fraquinho no final das
contas. Tem aquele clima muito ingênuo da década de 30, com alguns desvios
cômicos desnecessários, diálogos que tentam ser afiados mas tornam-se
enfadonhos e uma baita enrolação até o terceiro ato, quando realmente a coisa
pega de vez, e vemos a terrível face carbonizada do vilão e a sua técnica para
transformar as pessoas em cera. Mas tudo muito subaproveitado. Tanto que a
versão de Price é infinitamente superior, exatamente por pegar a essência do
original e tirar todas as arestas desnecessárias e essas piadinhas infames,
transformando-o em um filme muito mais bem elaborado e intrigante. E claro, tem
Vincent Price no papel principal, o que por si só já vale o filme.
FONTE:
http://101horrormovies.com/
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