sábado, 7 de fevereiro de 2015

#029 1933 OS CRIMES DO MUSEU (Mistery of the Wax Museum, EUA)


Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Don Mullay, Carl Erickson, Charles Belden (história)
Produção: Henry Blanke, Hal B. Wallis / Elenco: Lionel Atwill, Fay Wray, Glenda Farrell, Frank McHugh

Provavelmente você conhece A Casa de Cera, lançado recentemente e com uma pá de atores jovens conhecidos no elenco, certo? Talvez você também conheça Museu de Cera, com o imbatível Vincent Price, lançado em 1953. Pois então, 20 anos antes, a versão original que inspirou esses dois remakes chegava aos cinemas pela Warner Bros.: Os Crimes do Museu. Os Crimes do Museu é o primeiro filme “colorido” dessa lista, filmado utilizando duas faixas com o processo Technicolor. E também é até que um filme bem impressionante para a época, pois traz um vilão com o rosto queimado completamente desfigurado, uma espécie de preview de Freddy Krueger, e traz também o conceito macabro de cadáveres sendo roubados para dar forma a assustadoras figuras de cera de personagens históricos, como Voltaire, Joana D’Arc e Maria Antonieta, a obsessão do escultor e vilão psicopata nas horas vagas, Ivan Igor (Lionel Atwill). Igor possui um modesto museu de cera em Londres, que vai muito mal das pernas. Seu sócio, Joe Worth, desgostoso com a grana que perdeu ao investir no local, tem a ideia de colocar fogo no museu para pegar o dinheiro do seguro e amenizar a perda financeira. Claro que isso implicaria em destruir as estimadas figuras de cera de Igor. Durante uma briga, o museu acaba pegando fogo, Worth deixa Igor para morrer e foge. Dez anos depois, logo após a virada de ano em Nova York, uma série de misteriosos assassinatos seguido de roubo dos cadáveres chama a atenção da espevitada jornalista Charlotte Duncan (interpretada por Fay Wray, a loirinha musa do King Kong original), que resolve começar sua investigação para conseguir um furo de reportagem. Coincidentemente, os crimes acontecem pouco antes de Igor, agora paralítico, com as mãos deformadas pelo incêndio e transformado em um maníaco necrófilo, resolver abrir seu museu na cidade. Por não poder mais esculpir, ele utiliza do trabalho de um escultor viciado, Ralph Burton, a quem ensinou todas as suas técnicas, e do jovem aprendiz Jim, namorado da amiga de Charlotte, Florence, a qual o atormentado Igor vislumbra sua nova Maria Antonieta, e não mede esforços para transformá-la na sua próxima estátua de cera humana. A premissa de Os Crimes do Museu é muito boa mas o filme é bem fraquinho no final das contas. Tem aquele clima muito ingênuo da década de 30, com alguns desvios cômicos desnecessários, diálogos que tentam ser afiados mas tornam-se enfadonhos e uma baita enrolação até o terceiro ato, quando realmente a coisa pega de vez, e vemos a terrível face carbonizada do vilão e a sua técnica para transformar as pessoas em cera. Mas tudo muito subaproveitado. Tanto que a versão de Price é infinitamente superior, exatamente por pegar a essência do original e tirar todas as arestas desnecessárias e essas piadinhas infames, transformando-o em um filme muito mais bem elaborado e intrigante. E claro, tem Vincent Price no papel principal, o que por si só já vale o filme.
FONTE: http://101horrormovies.com/



Nenhum comentário:

Postar um comentário