Direção: Harold
Young
Roteiro: Griffin Jay, Henry
Sucher
Produção: Ben Pivar
Elenco: Dick
Foran, John Hubbard, Elyse Knox, George Zucco, Wallace Ford, Thurah Bey, Lon
Chaney Jr.
A criatura egípcia enfaixada de
3.000 anos de idade está de volta em A Tumba da
Múmia. Mais uma das intermináveis sequências que a Universal criou
para seus monstros queridos. E aqui já temos a certeza absoluta que não
existiam mais histórias para contar, somente repetindo as mesmas fórmulas e
argumentos, só que em situações diferentes, e que Lon Chaney Jr. estava
destinado a seguir os passos do pai de verdade e se tornar um novo Homem das
Mil Faces. Isso porque nessa altura do campeonato, Chaney já havia feito o
papel principal em O Lobisomem, vivido o monstro de Frankenstein em O Fantasma de Frankenstein e aqui se enrola nas ataduras
e interpreta Kharis (que também já foi vivido por Tom Tyler em A Mão da Múmia), a múmia que outrora foi um sacerdote
apaixonado pela princesa Ananka. Vale sempre lembrar que a partir de A Mão
da Múmia, somos apresentados a um personagem novo, e não Imhotep, a múmia
vivida por Karloff no original A Múmia de 1932. A Tumba da Múmia retoma a trama do
filme anterior. Retoma até demais, pois os primeiros 12 minutos do filme são
perdidos mostrando exatamente o que aconteceu em A Mão da Múmia. O
arqueólogo Stephen Banning, que descobriu o túmulo da princesa Ananka em uma
expedição no Egito há 30 anos, está contando a história de sua aventura para
seu filho, nora e irmã. Isso para logo descobrirmos que a obscura seita dos
Sacerdotes de Karnak (ou Arkan, dependendo do filme) não foi destruída, assim
como a múmia de Kharis, que seria levada por um sacerdote recém-empossado para
os EUA, e por meio da poção criada por meio das nove folhas de Tana, se
vingaria de todos da família Banning e dos demais envolvidos na remoção do
túmulo de Ananka para a América. Então a múmia ataca os Estados Unidos, pela
primeira vez. Em sua rota de vingança, Kharis acaba por matar Stephen Banning,
sua irmã e Babe Hanson, o ajudante de Banning que também esteve presente na
expedição original (aquele clone do Joe Pesci lembram-se?). Nessa conta, a
próxima vítima é o filho de Stephen, John Banning, médico cético que se recusa
a acreditar que uma múmia do antigo Egito está praticando os assassinatos. Como
se não bastasse esse revertério todo, o tal sacerdote, Mehemet Bey, que está
conduzindo Kharis em sua vingança, se apaixona pela noiva de John, Isabel
Evans, e resolve usar a múmia para sequestrá-la e dar-lhe também a poção com as
folhas de tana, para que os dois possam viver para sempre como sacerdotes
supremos. Seus planos são interrompidos quando John e uma turba enfurecida com
tochas e forcados (solução da Universal para tudo, como já vimos anteriormente
nos filmes do monstro de Frankenstein ou do lobisomem) resolve acabar de uma
vez por todas com a múmia e a matança. Na verdade, A Tumba da Múmia é
melhor do que A Mão da Múmia. Trazer o monstro para os EUA foi uma decisão
acertada, já que não havia mais o que explorar em sua estada nas areias do
Cairo. Senão haveria o quê? Outra expedição, com outros arqueólogos, uma nova
donzela em perigo? E além do mais, eles souberam utilizar bem o subterfúgio da
tal “maldição da múmia”, já que todos os envolvidos na descoberta do túmulo da
princesa Ananka foram sendo assassinados. Mas nada que se diga: “Nossa, mas que
filme de terror”! Outro detalhe interessante é que em determinado momento do
longa, o Dr. Banning é recrutado para servir na guerra como médico, e fica
super feliz com aquilo, assim como sua noiva, dizendo que era algo que sempre
queria. Propaganda ideológica militar escancarada, algo muito bem utilizado
pelo cinema americano durante aqueles anos da Segunda Guerra Mundial. E após os
créditos, aparece uma mensagem para se comprar selos e cartões ao final da
sessão de cinema, no intuito de ajudar a financiar os soldados americanos
lutando em solo europeu.
FONTE: http://101horrormovies.com/2012/12/21/49-a-tumba-da-mumia-1942/
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