quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

237 1951 UMA AVENTURA NA AFRICA (THE AFRICAN QUEEN, INGLATERRA)


Direção: John Huston
Roteiro : James Agee, John Huston,baseado no romance de C. S. Forester
Elenco: Humphrey Bogart, Katharine Hepburn, Robert Morley, Peter Bull, Theodore Blkel, Walter Gotell, Richard Marner

Oscar: Humphrey Bogart (ator)

Indicação ao Oscar: John Huston (diretor), James Agee, John Huston (roteiro), Katharine Hepburn (atriz)

O clássico de 1951 de John Huston é uma das aventuras mais impressionantes, divertidas e cativantes de Hollywood. Baseado no romance homônimo de 1935 de C. S. Forester, Uma aventura na África narra o improvável caso amoroso de Charlle Allnut (Humphrey Bogart), capitão de um barco mercante a vapor, e Rose Sayer (Katharine Hepburn), uma missionária puritana solteirona. Rose praticamente não suporta Charlle, mas o destino os une. Quando se vê em meio à violência da Primeira Guerra Mundial iminente, Rose precisa escapar rio abaixo no velho rebocador de navios de Charlle. No entanto, um navio de guerra alemão bloqueia a rota de saída e Rose põe em prática seu plano de encher o carregamento de Charlle de material explosivo para deter os alemães e os dois conseguirem fugir. A história de aventura, no entanto, fica em segundo plano diante do relacionamento difícil entre Charlie e Rose e, apesar do conteúdo abertamente político do enredo de guerra, a alegoria mais interessante de Uma aventura na África é representada pela história de amor dos dois. Rose, uma solteirona inglesa certinha e reprimida, é seduzida pela masculinidade desalinhada e beberrona de Charlie. Embora se passe em 1914, a mensagem implícita da emergência dos Estados Unidos como principal potência internacional após a Segunda Guerra, à medida que os poderes coloniais tradicionais se enfraqueciam, é inequívoca. Hepburn e Bogart estão divertidíssimos como protagonistas. Ambos estrelas veteranas e grisalhas usando ao máximo trejeitos e cacoetes que eram marcas registradas, eles dão ao filme um clima leve e cômico que não atenua a ação. A química entre os dois é perfeita e a passagem das condições diametralmente opostas de camaradas para amantes se dá de forma tranqüila e convincente, embora sejam mais divertidos quando estão voando um na garganta do outro. A fotografia colorida e as verdadeiramente surpreendentes tomadas em locação da floresta aumentam o enorme charme de Uma aventura na África. Bogart ganhou seu único Oscar por sua atuação no filme e Huston também foi indicado (direção e roteiro), juntamente com Hepburn e o roteirista James Agee. As resenhas e subsequentes elogios que o filme recebeu não são capazes de capturar sua mágica. Mesmo tendo-o assistido várias vezes, ele sempre me deixa com um sorriso no rosto e de bom humor, e, em meio aos vários filmes maravilhosos resenhados neste livro, é verdadeiramente imperdível. RH

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