sábado, 14 de fevereiro de 2015

#043 1940 A MÃO DA MÚMIA (The Mummy’s Hand, EUA)


Direção: Christy Cabanne
Roteiro: Griffin Jay, Maxwell Shane
Produção:Ben Pivar
Elenco: Dick Foran, Peggy Moran, Wallace Ford, Eduardo Cianelli, George Zucco, Tom Tyler

Oito anos depois do lançamento de A Múmia, a Universal, que continuava insistindo nas sequências dos filmes de seus monstros, resolve trazer o sacerdote egípcio enfaixado novamente às teles em A Mão da Múmia. Sem o charme do original, sem Karloff no elenco, sem o interesse pela tal maldição da múmia que rondava os jornais em 1932 e principalmente, com a visível decadência e queda de público dos filmes de terror, se comparados a Era de Ouro dos filmes da Universal, A Mão da Múmia se mostra um verdadeiro erro. Talvez a única vantagem que tenha com relação ao seu predecessor, é que aqui realmente o monstro aparece em carne decomposta, osso e ataduras, saindo pelo Egito à fora estrangulando pessoas, ao contrário de apenas um vislumbre, como ocorre logo no comecinho do filme com Karloff. A velha história aqui se repete. A princesa Ananka, filha de um faraó figurão tem um caso com o sacerdote Kharis. Quanto a garota morre no limiar da sua juventude e beleza, Kharis tenta usar um encantamento profano para ressuscitá-la, e acaba sendo pego com a boca na botija, mumificado e enterrado vivo. Três mil anos depois, ele volta à vida através de uma espécie de poção mágica feita com nove folhas de uma planta, preparada por um sacerdote que quer impedir um grupo em expedição, chefiado pelo arqueólogo Steve Banning e seu braço direito, Babe Jenson (uma espécie de clone do Joe Pesci), de encontrar o verdadeiro túmulo onde Ananka está enterrada. E segue muito climinha de aventura, e umas palhaçadas feitas pelo clone do Joe Pesci junto com o Grande Solvani, um mágico que eles encontram em um bar no Cairo, que vai dar seus últimos trocados para financiar a expedição e ir junto com eles, em troca de uma porcentagem da fortuna encontrada. Sabe, completamente desnecessário. E aí os dois ficam praticando truques da mágica, enquanto a filha do mágico, mais esperta, vai dar em cima de Banning. Chegou até a lembrar um pouco o clima pastelão da refilmagem de A Múmia e a sinergia entre os personagens de Brendan Fraser, Rachel Weisz e John Hannah. Enfim… O que realmente é interessante em A Mão da Múmia é a criatura em si. Claro, obra do mestre Jack Pierce, mesmo que não creditado. Porque sei lá, é meio frustrante no filme original você não ver o monstro, apenas Karloff em sua forma humana de sacerdote. Aqui pelo menos em seus passos lentos, arrastando ataduras pelo chão, a múmia de Kharis é vista em close, mata seus oponentes sem dó nem piedade com sua força descomunal e até rapta a mocinha para um sacrifício final. É a banalização do monstro que a gente tanto gosta. A Mão da Múmia vale como registro histórico para acompanhar todos os filmes de monstro que a Universal produziu até meados dos anos 50. E mais nada.
FONTE: http://101horrormovies.com/2012/12/15/43-a-mao-da-mumia-1940/

Nenhum comentário:

Postar um comentário