Direção: Christy
Cabanne
Roteiro: Griffin
Jay, Maxwell Shane
Produção:Ben
Pivar
Elenco: Dick
Foran, Peggy Moran, Wallace Ford, Eduardo Cianelli, George Zucco, Tom Tyler
Oito anos depois do lançamento de A Múmia, a Universal, que continuava insistindo nas sequências
dos filmes de seus monstros, resolve trazer o sacerdote egípcio enfaixado
novamente às teles em A Mão da Múmia. Sem o charme do original, sem Karloff no
elenco, sem o interesse pela tal maldição da múmia que rondava os jornais em
1932 e principalmente, com a visível decadência e queda de público dos filmes
de terror, se comparados a Era de Ouro dos filmes da Universal, A Mão da
Múmia se mostra um verdadeiro erro. Talvez a única vantagem que tenha com
relação ao seu predecessor, é que aqui realmente o monstro aparece em carne
decomposta, osso e ataduras, saindo pelo Egito à fora estrangulando pessoas, ao
contrário de apenas um vislumbre, como ocorre logo no comecinho do filme com
Karloff. A velha história aqui se repete. A princesa Ananka, filha de um faraó figurão
tem um caso com o sacerdote Kharis. Quanto a garota morre no limiar da sua
juventude e beleza, Kharis tenta usar um encantamento profano para
ressuscitá-la, e acaba sendo pego com a boca na botija, mumificado e enterrado
vivo. Três mil anos depois, ele volta à vida através de uma espécie de poção
mágica feita com nove folhas de uma planta, preparada por um sacerdote que quer
impedir um grupo em expedição, chefiado pelo arqueólogo Steve Banning e seu
braço direito, Babe Jenson (uma espécie de clone do Joe Pesci), de encontrar o
verdadeiro túmulo onde Ananka está enterrada. E segue muito climinha de
aventura, e umas palhaçadas feitas pelo clone do Joe Pesci junto com o Grande
Solvani, um mágico que eles encontram em um bar no Cairo, que vai dar seus últimos
trocados para financiar a expedição e ir junto com eles, em troca de uma
porcentagem da fortuna encontrada. Sabe, completamente desnecessário. E aí os
dois ficam praticando truques da mágica, enquanto a filha do mágico, mais
esperta, vai dar em cima de Banning. Chegou até a lembrar um pouco o clima
pastelão da refilmagem de A Múmia e a sinergia entre os personagens
de Brendan Fraser, Rachel Weisz e John Hannah. Enfim… O que realmente é interessante em A
Mão da Múmia é a criatura em si. Claro, obra do mestre Jack Pierce, mesmo
que não creditado. Porque sei lá, é meio frustrante no filme original você não
ver o monstro, apenas Karloff em sua forma humana de sacerdote. Aqui pelo menos
em seus passos lentos, arrastando ataduras pelo chão, a múmia de Kharis é vista
em close, mata seus oponentes sem dó nem piedade com sua força descomunal e até
rapta a mocinha para um sacrifício final. É a banalização do monstro que a
gente tanto gosta. A Mão da Múmia vale como registro histórico para
acompanhar todos os filmes de monstro que a Universal produziu até meados dos
anos 50. E mais nada.
FONTE:
http://101horrormovies.com/2012/12/15/43-a-mao-da-mumia-1940/
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