Direção: Robert Siodmak
Roteiro: Eric Taylor, Curt
Siodmak (história)
Produção: Ford Beebe, Donald
H. Brown (Produtor Executivo), Jack J. Gross (Produtor Executivo – não
creditado)
Elenco: Lon
Chaney Jr., Robert Paige, Louise Allbritton, Evelyn Ankers, Frank Craven, J.
Edward Bromberg
E agora Lon Chaney Jr. pode dizer
que interpretou todos os monstros da Era de Ouro da Universal (afinal o ator já
encarnou o lobisomem, a múmia e o monstro de Frankenstein), fazendo o papel de
vampiro mor em O Filho de Drácula. Primeiro para começar pelo título. Por que
diabos ele se chama O Filho de Drácula, se não há nenhuma prole masculina
do Conde? Durante o filme todo o personagem vampírico é retratado como se fosse
o Conde Drácula em pessoa. Ou Alucard, um anagrama para seu nome. Nunca como
filho dele! Segundo, a quem o Lon Chaney tenta enganar? É patético vê-lo
assumir a capa e presa de Bela Lugosi em uma atuação terrível, usando um bigode
safado de gaiato e sem a menor pinta aristocrata que o ator húngaro tinha. Terceiro,
que história mais meia boca, hein Sr. Curt Siodmak? Nem parece que antes havia
escrito os bons O Lobisomem, A Volta do Homem Invisível e Frankenstein Encontra o Lobisomem. O Drácula vai parar no
pântano da Louisiana, atrás da Srta. Katherine Caldwell, admiradora do oculto,
herdeira de uma extensa propriedade, após ter conhecido o Conde em uma viagem à
Hungria. Opa, espere um pouco. Hungria? Isso é uma afronta a Bram Stoker, e a
mim e a meus descendentes romenos. A Transilvânia fica na ROMÊNIA. RO-MÊ-NIA! E
não na Hungria. Porque a Universal tem essa mania escrota de deturpar nomes e
lugares em suas adaptações? Ai rola toda uma trama sem pé nem cabeça, que nem
vale a pena ficar gastando seu precioso tempo lendo e nem o meu escrevendo.
Drácula se casa secretamente com Katherine e depois a transforma em vampira; o
médico do local, o Dr. Harry Brewster contata um especialista no oculto, o
Prof. Lazlo para ajudá-lo contra os vampiros; o ex-noivo de Katherine, Frank
Stanley acredita que matou a moça ao atirar em Drácula e as balas passarem por
ele… Um monte de bobagens que nem assusta e nem impressiona os telespectadores.
A única coisa legal, para os fãs da tosqueira, é que os efeitos especiais são
os piores possíveis, não propositalmente querendo ser um filme trash, mas
por limitação de época mesmo. Morcegos de borracha amarrados por fios de arame,
que se transformam no Drácula em um corte, névoas translúcidas e tudo mais,
estão ali para nos divertir e distrair um pouco do script horrendo,
das atuações péssimas e da direção preguiçosa. O trágico é que dentre todas as
sequências dos filmes de monstro da Universal, as continuações deDrácula são as piores disparadas. Tanto O Filho de
Drácula, quanto o anterior A Filha de Drácula, são duas bombas que não deveriam nem ter
sido feitas. Bem diferente do que aconteceu com as duas sequências posteriores
de Frankenstein, por exemplo. Até mesmo a franquia A Múmia e O Homem Invisível tiveram continuações melhores do que
essa daqui. Pobre Conde…
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/01/07/52-o-filho-de-dracula-1943/
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