Direção: Bernard L. Kowalski
Roteiro: Leo Gordon
Produção: Gene Corman, Roger
Corman (Produtor Executivo)
Elenco: Ken Clark, Yvette
Vickers, Jan Shepard, Michael Emmet, Tyler McVey
Pessoas usando uma roupa de
borracha emulando sanguessugas gingantes com ventosas e um circulo no meio do
rosto para fingir ser uma boca cheia de dentes por onde ela, hã, suga o sangue
das vítimas. Pronto, só isso é o suficiente para atestar a podridão
de O Ataque
das Sanguessugas Gigantes. Mas não para por aí. Só analisarmos que
essa bagaceira indescritível tem como produtor executivo ninguém menos que
Roger Corman, ao lado de seu irmão, Gene Corman (a tosquice com certeza estava
no sangue). O Ataque das Sanguessugas Gigantes é o típico filme B
podreira dos anos 50: orçamento igual a dinheiro de pinga (70 mil dólares
estimados); fotografia escura para esconder as (inúmeras) imperfeições; roteiro
chinfrim; atores bisonhos representando os mais famosos arquétipos do gênero (o
mocinho, a mocinha, o homem da ciência, a promíscua, o xerife que não acredita
nas teorias malucas, e por aí vai); efeitos especiais e de maquiagem que beiram
o ridículo; e claro, medo nuclear explícito. O roteiro de Leo Gordon, baseado
em sua própria história “original” traz sanguessugas que tornam-se gigantescas
criaturas mutantes devido a proximidade do pântano, habitat natural dos
animais, ao Cabo Canaveral, já que para testes com foguetes, era usado energia
atômica, que se espalhou e afetou uma única espécie da fauna marinha do
pântano. O guarda florestal Ken Clark, interpretado por Steve Benton, é quem
fica incumbido de investigar os misteriosos desaparecimentos provocados pela
criatura hematófoga. Entre estes desaparecimentos, o mais emblemático é do
casal de amantes Liz Walker, vivida pela fogosa Yvette Vickers (que também faz
um papel de amante biscate em O Ataque da Mulher de 15 Metros), playmate da Playboy daquele
ano e Cal Moulton (Michael Emmet). Liz é casada com o gordão escroto Dave
Walker, interpretado por Bruno Vesota, parceiro de Corman em inúmeros filmes e
diretor de Os Devoradores de Cérebro, e certa noite pulando a cerca com
Cal nos arredores do pântano, o marido corno persegue-os com a espingarda e os
obriga a entrar na água, sem imaginar que lá é habitado por essas duas
sanguessugas mutantes (sim, são apenas duas. Não dá para exigir muito
dobudget), que os leva para seu covil, uma caverna subaquática, onde os mantem
com outras vítimas vivas, para se alimentar de seu sangue. Dave é acusado da
morte dos dois, afinal ninguém vai acreditar em sanguessugas descomunais, e
acaba sendo preso, se enforcando mais tarde. Dois cajuns caipiras
partem em busca de encontrar os corpos das vítimas em troca de uma recompensa
(de exorbitantes 50 dólares) e também viram alimento para as criaturas. Todos
(exceto Liz, afinal as sanguessugas não são bestas, nem nada) são encontrados
pelo Dr. Greyson, quando ele, mesmo advertido por Clark, utiliza dinamites na
água e os cadáveres vem à tona. É então que Clark precisa usar toda sua
experiência de mergulhador e descer até as cavernas subaquáticas, munido de seu
arpão, na tentativa de encontrar Liz, talvez ainda com vida, e tentar destruir
de uma vez por todas a ameaça dos DOIS invertebrados anabolizados, que são
“interpretados” de forma não creditada por Guy Buccola e Ross Sturlin, metidos
em suas fantasias de borrachas. Infelizmente a cópia que eu assisti
de Ataque das Sanguessugas Gigantes estava precária. Não sei se o
filme originalmente é assim tão ruim de ser visto, ou eu que dei azar da versão
que baixei na Internet, e para completar a tortura, não há legenda para esse
filme em português, então foi meio que uma odisseia conseguir assisti-lo. Mas o
que salva mesmo é todo o climão trash e obviamente o visual das
sanguessugas, que mesmo lembrando mais uma estrela do mar, é o ponto alto do
filme, e nele está todo o charme tosco da produção.
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/03/19/114-o-ataque-das-sanguessugas-gigantes-1959/
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