terça-feira, 2 de agosto de 2016

#658 1995 A EXPERIÊNCIA (Species, EUA)


Direção: Roger Donaldson
Roteiro: Dennis Feldman
Produção:Dennis Feldman, Frank Mancuso, Jr.; Mark Egerton (Produtor Associado); David Streit (Produtor Executivo)
Elenco: Ben Kingsley, Michael Madsen, Alfred Molina, Forest Whitaker, Marg Helgenberger, Natasha Henstridge, Michelle Williams

Eita como eu adorava A Experiência quando eu era um garoto nos anos 90! Correção, como eu adorava a Natasha Henstridge aparecendo de topless praticamente em cada cena! Mas tirando os hormônios em ebulição do início da adolescência, eu gostava mesmo do filme dirigido por Roger Donaldson, e fã de carteirinha do Alien já desde aqueles tempos, adorava a ideia de uma espécie de fêmea genérica da barata espacial, com o mesmo design criado por ninguém menos que o suíço H.R. Giger. As mortes eram violentas, os efeitos especiais bacanas, tinha toda aquela pegada sci-fi e os peitos da Natasha! Eu tinha até um display do filme, com a forma da criatura no meu quarto! Hoje em dia, revendo depois de muuuuuito tempo, claro que o filme perdeu todo seu charme noventista (exceto a Natasha – tá, eu paro!) e o que mais me chama atenção é como diabos um sci-fi B conseguiu reunir um time de atores tão foda, que não conseguem (claro que por conta do roteiro e do estilo da película) atuar nem 10% do que são capazes. Vejam só, temos Ben Kingsley, que já tinha ganhado o Oscar® por Gandhi, Michael Madsen saído dos filmes do Tarantino, Alfred Molina (o eterno Dr. Otto Octavius), Forest Whitaker com seu olho torto (que também ganharia um Oscar® futuramente) e uma infante Michelle Williams (que seria indicada a TRÊS carecas dourados em tempos vindouros). Kingsley é Xavier Fitch, chefe de um departamento de pesquisa do governo que recebe uma mensagem alienígena em resposta aos sinais enviados pelo rádio telescópio Arecibo dezenove anos depois, contendo um exemplo de DNA alienígena que eles prontamente utilizam para fecundar alguns óvulos, resultando em SIL, escolhida do sexo feminino na imensa ignorância de Fitch acreditando que fêmeas seriam mais dóceis e controláveis, ignorando completamente o comportamento na natureza, onde elas tendem a ser mais agressivas e predatórias. Nem passou um segundo pela cabeça do sujeito que possivelmente esta antiga e reptiliana raça de seres de outro planeta quisessem nos engravidar para destruir ou escravizar os humanos. SIL é uma garotinha híbrida alienígena de crescimento acelerado, que foge das instalações após uma tentativa falha de eliminá-la e cai no mundo com o propósito de perpetuar a espécie e manter o ciclo da vida, reproduzindo. De Michelle Williams, SIL se transforma na estonteante Natasha Henstridge, maneater, que sai atrás de um homem para lhe deixar prenha, matando qualquer um (ou uma) que se meta em seu caminho ou que não seja um parceiro ideal. E detalhe que a moça vai aprendendo conosco, observando o comportamento humano e educada pela TV. Para caçá-la, Fitch monta uma equipe contendo um assassino profissional, Preston Lennox (claro que o papel de Madsen), um professor de antropologia, Dr. Stephen Arden (Molina), uma bióloga, Dra. Laura Baker (Marg Helgenberger) e uma espécie de sensitivo, Dan Smithson (Forest Withaker). Os incompetentes estão sempre a um passo atrás da alienígena, mesmo quando ela consegue pegar no sono dentro de um carro roubado durante uma noite inteira, após ter matado um figurão de Hollywood, acordando em uma praia em céu aberto, ou então quando dá entrada em um hospital e tem sua omoplata regenerada, e o médico simplesmente a deixa ir embora sem o mínimo esforço. Após tentar enganar a equipe com um embuste, finalmente SIL se dá bem (e apesar do destino trágico, o Dr. Octopus se dá melhor ainda – que pelo menos morre feliz) e consegue engravidar, dando início a transformação completa, aí sim mostrando ao espectador o design criado por Giger em toda sua forma (até então víamos apenas imagens tétricas de pesadelos da alienígena), obviamente inspirado no visual que criou em Alien – O Oitavo Passageiro e os efeitos especiais da criatura executados por Steve Johnson, que esteve na equipe de Rick Baker em Um Lobisomem Americano em Londres e Videodrome – A Síndrome do Vídeo, de Stan Wiston em O Predador, e mais A Noite dos DemôniosA Hora do Pesadelo 4: O Mestre dos Sonhos e A Volta dos Mortos-Vivos 3). A parte triste é que não vemos mais Natasha pelada (eu sei, eu disse que ia parar, mas é mais forte que eu). Hoje A Experiência é um filme datado que exala os anos 90 por todos seus poros, mas na época, seus efeitos especiais eram um desbunde, abusando dos 35 milhões de dólares gastos pela MGM, e fez um relativo sucesso, faturando mais de 60 milhões de bilheteria só nos EUA, e indo muito bem pelo resto do mundo e no mercado home video, fazendo com que desse início a uma tosca franquia, com mais outros quatros longas lançados, que não vale a pena ser vista, exceto o segundo porque tem a volta da Natasha, e bem, você já deve saber o motivo…
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/05/14/658-a-experiencia-1995/

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