Direção: Roger
Donaldson
Roteiro: Dennis Feldman
Produção:Dennis Feldman, Frank Mancuso, Jr.; Mark
Egerton (Produtor Associado); David Streit (Produtor Executivo)
Elenco: Ben Kingsley, Michael Madsen, Alfred
Molina, Forest Whitaker, Marg Helgenberger, Natasha Henstridge, Michelle
Williams
Eita
como eu adorava A
Experiência quando eu era um garoto nos anos 90! Correção,
como eu adorava a Natasha Henstridge aparecendo de topless praticamente
em cada cena! Mas tirando os hormônios em ebulição do início da adolescência,
eu gostava mesmo do filme dirigido por Roger Donaldson, e fã de carteirinha do
Alien já desde aqueles tempos, adorava a ideia de uma espécie de fêmea genérica
da barata espacial, com o mesmo design criado por ninguém menos que o suíço
H.R. Giger. As mortes eram violentas, os efeitos especiais bacanas, tinha toda
aquela pegada sci-fi e os peitos da Natasha! Eu tinha até um display
do filme, com a forma da criatura no meu quarto! Hoje em dia, revendo depois de
muuuuuito tempo, claro que o filme perdeu todo seu charme noventista (exceto a
Natasha – tá, eu paro!) e o que mais me chama atenção é como diabos um sci-fi B
conseguiu reunir um time de atores tão foda, que não conseguem (claro que por
conta do roteiro e do estilo da película) atuar nem 10% do que são capazes.
Vejam só, temos Ben Kingsley, que já tinha ganhado o Oscar® por Gandhi,
Michael Madsen saído dos filmes do Tarantino, Alfred Molina (o eterno Dr. Otto
Octavius), Forest Whitaker com seu olho torto (que também ganharia um Oscar® futuramente)
e uma infante Michelle Williams (que seria indicada a TRÊS carecas dourados em
tempos vindouros). Kingsley é Xavier Fitch, chefe de um departamento de
pesquisa do governo que recebe uma mensagem alienígena em resposta aos sinais
enviados pelo rádio telescópio Arecibo dezenove anos depois, contendo um
exemplo de DNA alienígena que eles prontamente utilizam para fecundar alguns
óvulos, resultando em SIL, escolhida do sexo feminino na imensa ignorância de
Fitch acreditando que fêmeas seriam mais dóceis e controláveis, ignorando
completamente o comportamento na natureza, onde elas tendem a ser mais
agressivas e predatórias. Nem passou um segundo pela cabeça do sujeito que
possivelmente esta antiga e reptiliana raça de seres de outro planeta quisessem
nos engravidar para destruir ou escravizar os humanos. SIL é uma garotinha
híbrida alienígena de crescimento acelerado, que foge das instalações após uma
tentativa falha de eliminá-la e cai no mundo com o propósito de perpetuar a
espécie e manter o ciclo da vida, reproduzindo. De Michelle Williams, SIL se
transforma na estonteante Natasha Henstridge, maneater, que sai atrás de
um homem para lhe deixar prenha, matando qualquer um (ou uma) que se meta em
seu caminho ou que não seja um parceiro ideal. E detalhe que a moça vai
aprendendo conosco, observando o comportamento humano e educada pela TV. Para
caçá-la, Fitch monta uma equipe contendo um assassino profissional, Preston
Lennox (claro que o papel de Madsen), um professor de antropologia, Dr. Stephen
Arden (Molina), uma bióloga, Dra. Laura Baker (Marg Helgenberger) e uma espécie
de sensitivo, Dan Smithson (Forest Withaker). Os incompetentes estão sempre a
um passo atrás da alienígena, mesmo quando ela consegue pegar no sono dentro de
um carro roubado durante uma noite inteira, após ter matado um figurão de
Hollywood, acordando em uma praia em céu aberto, ou então quando dá entrada em
um hospital e tem sua omoplata regenerada, e o médico simplesmente a deixa ir
embora sem o mínimo esforço. Após tentar enganar a equipe com um embuste,
finalmente SIL se dá bem (e apesar do destino trágico, o Dr. Octopus se dá
melhor ainda – que pelo menos morre feliz) e consegue engravidar, dando início
a transformação completa, aí sim mostrando ao espectador o design criado por
Giger em toda sua forma (até então víamos apenas imagens tétricas de pesadelos
da alienígena), obviamente inspirado no visual que criou em Alien – O Oitavo Passageiro e
os efeitos especiais da criatura executados por Steve Johnson, que esteve na
equipe de Rick Baker em Um Lobisomem Americano em
Londres e Videodrome – A Síndrome do Vídeo, de
Stan Wiston em O Predador, e
mais A Noite dos Demônios, A Hora do Pesadelo 4: O Mestre
dos Sonhos e A Volta dos Mortos-Vivos 3). A
parte triste é que não vemos mais Natasha pelada (eu sei, eu disse que ia
parar, mas é mais forte que eu). Hoje A Experiência é um filme datado
que exala os anos 90 por todos seus poros, mas na época, seus efeitos especiais
eram um desbunde, abusando dos 35 milhões de dólares gastos pela MGM, e fez um
relativo sucesso, faturando mais de 60 milhões de bilheteria só nos EUA, e indo
muito bem pelo resto do mundo e no mercado home video, fazendo com que
desse início a uma tosca franquia, com mais outros quatros longas lançados, que
não vale a pena ser vista, exceto o segundo porque tem a volta da Natasha, e
bem, você já deve saber o motivo…
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/05/14/658-a-experiencia-1995/
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