terça-feira, 2 de agosto de 2016

#661 1995 MANGLER O GRITO DE TERROR (The Mangler, EUA, Reino Unido, Austrália, África do Sul)


Direção: Tobe Hooper
Roteiro: Tobe Hooper, Stephen Brooks, Peter Welbeck
Produção: Anant Singh; Rita Marie Bartlett (Produtora Associado); Sudhir Pragjee, Sanjeev Singh, Helena Spring, Peter Welbeck (Produtores Executivos)
Elenco: Robert Englund, Ted Levine, Daniel Matmor, Jeremy Crutchley, Vanessa Pike, Demetre Phillips, Lisa Morris

Uma sentença para resumir Mangler – O Grito de Terror: UMA MÁQUINA DE PASSAR ROUPA ASSASSINA POSSUÍDA POR UM ESPÍRITO DEMONÍACO! Preciso dizer mais alguma coisa? Preciso! Citar o nome de alguns dos envolvidos. Eu lembro da primeira vez que vi o trailer de Mangler em algum outro VHS que alugara, alardeando que três mestres do terror moderno criaram a máquina definitiva, destacando seus nomes em letras garrafais: Tobe Hooper (diretor de Poltergeist – O Fenômeno), Robert Englund (o astro de A Hora do Pesadelo) e baseado num conto de Stephen King. Diga: como poderia dar errado? E deu, afinal, falamos de um droga de UMA MÁQUINA DE PASSAR ROUPA ASSASSINA POSSUÍDA POR UM ESPÍRITO DEMONÍACO! Não existiria uma dimensão sequer ou uma galáxia muito distante em que isso funcionaria. Uma coisa é você ler o conto “A Máquina de Passar Roupa”, dentro da coletânea “Sombras da Noite” de King (que por sua vez foi a que mais rendeu adaptações para o cinema), outra é ver isso na tela, levado já por um decadente Tobe Hooper, em um filme B típico dos anos 90 da New Line Cinema. Vou  salvar desse naufrágio cinematográfico do gênero de horror o Robert Englund, porque para variar, sua atuação está muito bacana, apesar de caricata ao extremo (mas esse era o propósito no final das contas), como o repulsivo e ganancioso William “Bill” Gartley, poderoso dono de uma lavanderia industrial, dono da tal MÁQUINA DE PASSAR ROUPA ASSASSINA POSSUÍDA POR UM ESPÍRITO DEMONÍACO, a qual fizera um pacto, junto de todas as figuras importantes de Riker Valley, uma cidadezinha da Nova Inglaterra, oferecendo sacrifício humano (leia-se suas filhas de 16 aninhos) em troca de poder e riqueza. Durante um puxado turno na lavanderia, a sobrinha de Gartley, Sherry Oulette (Vanessa Pike) acaba cortando a mão e jogando sangue na máquina, que traria o adormecido espírito demoníaco a vida pelo fato de ser sangue de uma virgem. Para completar a desgraceira, uma outra empregada do local, a velha senhora Adelle Frawley (Vera Blacker) deixa cair alguns comprimidos de seu antiácido na máquina, que tinha beladona em sua fórmula, e BANG!, a combinação mortal rende uma magia negra da brava e a MÁQUINA DE PASSAR ROUPA ASSASSINA POSSUÍDA POR UM ESPÍRITO DEMONÍACO começa a fazer suas vítimas, sendo a Sra. Frawley a primeira, que é triturada pela traquitana saída diretamente da revolução industrial do século XIX e depois dobrada como um lençol, virando um resto amorfo de carne e sangue. O oficial John Hunton (Ted Levine, o Buffallo Bill de O Silêncio dos Inocentes) é chamado para investigar o caso, e com a ajuda do seu amigo teólogo e especialista no oculto, Mark Jackson (Daniel Matmor), descobrem o segredo obscuro daquela MÁQUINA DE PASSAR ROUPA ASSASSINA POSSUÍDA POR UM ESPÍRITO DEMONÍACO e o passado nefasto de Gartley, além de seus planos futuros de sacrificar a sobrinha na noite de seu aniversário, para manter o pacto com o instrumento comilão. Responda se realmente poderia ter dado certo esse filme… E bem conhecemos o gênio de Tobe Hooper né? Desde O Massacre da Serra Elétrica eEaten Alive, sabemos que ele nunca mais conseguiu fazer nada que preste (eu não gosto de Poltergeist e todo o crédito de verdade vai para o Spielberg, já que Hooper era apenas um pau mandando, e vamos dar um mínimo desconto para Pague Para Entrar, Reze Para Sair, que é divertido) e sempre se meteu em confusões e furadas com produtores (taí as bombas que ele fez para a Cannon que não me deixa mentir). Aqui o caso foi o mesmo, onde por diferenças criativas, deixou a produção após ter filmado grande parte de metragem, que teve de ser concluída pelo produtor Avant Singh. Deve ter sido durante a sequência final quando percebeu o tamanho da vergonha em dirigir uma MÁQUINA DE PASSAR ROUPA ASSASSINA POSSUÍDA POR UM ESPÍRITO DEMONÍACO se transformar em um Transformer e sair perseguindo as pessoas pela fábrica. Mas vamos tirar o chapéu para a atuação de Englund e a excelente maquiagem de Barry R. Koper e David B. Miller (que já havia maquiado ator em A Hora do Pesadelo original, nas partes 5, 6 e em O Novo Pesadelo: O Retorno de Freddy Krueger). O sujeito está realmente detestável, escroto, envelhecido, todo enrugado, com cabelo branco, um olho de vidro, aparelho de traqueostomia e duas pernas mecânicas, tendo de se movimentar por meio de muletas. A única coisa que se salva de um filme de 108 minutos. E vai, quando temos um relance das pessoas laceradas pela MÁQUINA DE PASSAR ROUPA ASSASSINA POSSUÍDA POR UM ESPÍRITO DEMONÍACO. Até na tradução do título de Mangler – O Grito de Terror, se perde a graça do trocadilho criado por Stephen King. O original, “The Mangler” significa triturador, enquanto o nome dessas máquinas industriais de passar lençóis em inglês é mangle, que em bom português quer dizer calandra. E ainda to mangle é o verbo para triturar, destroçar. Muito espirituoso! E só para não passar batido, ainda tiveram a pachorra de fazer mais DUAS continuações, que obviamente esse escriba não assistiu.
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/05/28/661-mangler-o-grito-de-terror-1995/

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