Direção: Eric Red
Roteiro: Eric Red (baseado
no livro de Wayne Smith)
Produção:James G. Robinson;
Jacobus Rose (Coprodutor); Gary Barber, Bill Todman Jr. (Produtores Executivos
Elenco: Mariel
Hemingway, Michael Paré, Mason Gamble, Ken Pogue, Hrothgar Mathews, Johanna
Marlowe
A fase
de ouro dos lobisomens no cinema ficou lá nos anos 80, principalmente por conta
de filmes como Um Lobisomem Americano em
Londres e Grito de Horror. De lá
para cá, produções esporádicas surgiram sobre o licantropo e contamos nos dedos
quais delas valem a pena. Lua Negra é uma dessas. Tá
certo que em determinados momentos o monstro peludo transmorfo parece mais um
bonecão animatrônico do Trem Fantasma do Playcenter, mas isso a gente releva,
uma vez que pelo menos mantém a essência clássica da criatura (e não é nenhum
aborto da natureza feito por CGI) e tem sangue pra cacete e mortes
violentíssimas, que é o que a gente espera de filmes de lobisomens. Aliás, os
primeiros cinco minutos do filme, se fosse apenas um curta, seria um primor,
pois temos aí uma gostosa pelada dando uma trepada e baldes e baldes de sangue
escorrendo no ataque da criatura. E olha que SEIS minutos de cenas de sexo e
morte foram cortados desta sequência inicial para o filme evitar um NC-17
(proibido para menores de 17 anos). Ted (Michael Paré) sobrevive a investida do
monstro que interrompeu seu coito e volta para os Estados Unidos, onde tenta se
reaproximar de sua irmã, Janet (Mariel Hemingway) e seu sobrinho, Brett (Mason
Gamble, o eterno Dennis, o Pimentinha). Nessa altura do campeonato Ted já sabe
que é um lobisomem e tenta lutar contra a terrível maldição, que aqui se
manifesta em qualquer fase da lua, não precisa ser cheia, achando que o amor
familiar poderia curá-lo. Ledo engano, ainda mais porque a família tem um
pastor alemão chamado Thor (que batiza o livro homônimo de Wayne Smith, o qual
o longa é baseado, e não tem absolutamente nada a ver com o Deus do Trovão da
Marvel), que sabe que o sujeito é um lobo humano gigante e irá combate-lo de
toda forma que puder, gerando vários embates canídeos até o final do longa. A
fita tem exata 1h20m de metragem, e é curto e grosso, sem enrolar, sem firulas,
com um ou outro sentimentalismo barato com relação ao cão, poucos personagens,
poucas mortes (mas gráficas a beça) e aquela famosa luta final entre mãe,
filho, cachorro e lobisomem. Ainda há espaço para a velha máxima do sofrimento e
das escolhas daquele que é acometido por essa maldição, resultando num final
pessimista. Quando você percebe, os créditos já estão subindo e isso significa
algo bom, já que passa desapercebido por entreter, sem inventar moda e se
atendo ao básico do filme de lobisomens (incluindo aí uma bela homenagem ao
primeiro do gênero, O Homem Lobo, da
Universal, sendo exibido na televisão e assistido por Brett). Lua Negra está longe dos grandes filmes de lobisomem e
não chega a figurar nem em um TOP CINCO do gênero, mas também não faz feio e em
contrapartida não se encontra nem perto dos piores do monstrengão que se
transforma nas noites de lua cheia, principalmente vindouros depois da
frutífera década anterior para a criatura.
FONTE:
http://101horrormovies.com/2015/06/12/669-lua-negra-1996/
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