quinta-feira, 18 de agosto de 2016

#669 1996 LUA NEGRA (Bad Moon, EUA)


Direção: Eric Red
Roteiro: Eric Red (baseado no livro de Wayne Smith)
Produção:James G. Robinson; Jacobus Rose (Coprodutor); Gary Barber, Bill Todman Jr. (Produtores Executivos
Elenco: Mariel Hemingway, Michael Paré, Mason Gamble, Ken Pogue, Hrothgar Mathews, Johanna Marlowe

A fase de ouro dos lobisomens no cinema ficou lá nos anos 80, principalmente por conta de filmes como Um Lobisomem Americano em Londres e Grito de Horror. De lá para cá, produções esporádicas surgiram sobre o licantropo e contamos nos dedos quais delas valem a pena. Lua Negra é uma dessas. Tá certo que em determinados momentos o monstro peludo transmorfo parece mais um bonecão animatrônico do Trem Fantasma do Playcenter, mas isso a gente releva, uma vez que pelo menos mantém a essência clássica da criatura (e não é nenhum aborto da natureza feito por CGI) e tem sangue pra cacete e mortes violentíssimas, que é o que a gente espera de filmes de lobisomens. Aliás, os primeiros cinco minutos do filme, se fosse apenas um curta, seria um primor, pois temos aí uma gostosa pelada dando uma trepada e baldes e baldes de sangue escorrendo no ataque da criatura. E olha que SEIS minutos de cenas de sexo e morte foram cortados desta sequência inicial para o filme evitar um NC-17 (proibido para menores de 17 anos). Ted (Michael Paré) sobrevive a investida do monstro que interrompeu seu coito e volta para os Estados Unidos, onde tenta se reaproximar de sua irmã, Janet (Mariel Hemingway) e seu sobrinho, Brett (Mason Gamble, o eterno Dennis, o Pimentinha). Nessa altura do campeonato Ted já sabe que é um lobisomem e tenta lutar contra a terrível maldição, que aqui se manifesta em qualquer fase da lua, não precisa ser cheia, achando que o amor familiar poderia curá-lo. Ledo engano, ainda mais porque a família tem um pastor alemão chamado Thor (que batiza o livro homônimo de Wayne Smith, o qual o longa é baseado, e não tem absolutamente nada a ver com o Deus do Trovão da Marvel), que sabe que o sujeito é um lobo humano gigante e irá combate-lo de toda forma que puder, gerando vários embates canídeos até o final do longa. A fita tem exata 1h20m de metragem, e é curto e grosso, sem enrolar, sem firulas, com um ou outro sentimentalismo barato com relação ao cão, poucos personagens, poucas mortes (mas gráficas a beça) e aquela famosa luta final entre mãe, filho, cachorro e lobisomem. Ainda há espaço para a velha máxima do sofrimento e das escolhas daquele que é acometido por essa maldição, resultando num final pessimista. Quando você percebe, os créditos já estão subindo e isso significa algo bom, já que passa desapercebido por entreter, sem inventar moda e se atendo ao básico do filme de lobisomens (incluindo aí uma bela homenagem ao primeiro do gênero, O Homem Lobo, da Universal, sendo exibido na televisão e assistido por Brett). Lua Negra está longe dos grandes filmes de lobisomem e não chega a figurar nem em um TOP CINCO do gênero, mas também não faz feio e em contrapartida não se encontra nem perto dos piores do monstrengão que se transforma nas noites de lua cheia, principalmente vindouros depois da frutífera década anterior para a criatura.
FONTE: http://101horrormovies.com/2015/06/12/669-lua-negra-1996/

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