quarta-feira, 1 de junho de 2016

#609 1990 PREDADOR 2 A CAÇADA CONTINUA (Predator 2, EUA)


Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: Jim Thomas, John Thomas
Produção: John Davis, Lawrence Gordon, Joel Silver; Terry Carr, Tom Joyner (Coprodução); Suzanne Todd (Produtora Associada); Lloyd Levin, Michael Levy (Produtores Executivos)
Elenco: Danny Glover, Gary Busey, Rubéns Blades, Maria Conchita Alonso, Bill Paxton, Kevin Peter Hall

O Predador é mó da hora. E Predador 2 – A Caçada Continua, é mó da hora também. Sequência redondinha que traz o alienígena caçador “rastafári” para a cidade grande, depois de encarar o Schwarza no meio da selva, e amplia a mitologia e o armamento do segundo extraterrestre mais bacanudo do cinema (o primeiro é o Alien… Não venha nem me falar do E.T. ou do Starman). Os irmãos Jim e John Thomas voltam ao roteiro, dessa vez sem John McTiernan na direção (já um TOP diretor de filmes de ação com um grande cachê) e sem Schwarza, nem para uma ponta (que seria o papel de Gary Busey) que na realidade não curtiu o roteiro (principalmente a ideia do alienígena atacando na cidade) e nem o novo diretor, Stephen Hopkins (oriundo de A Hora do Pesadelo 5 – O Maior Horror de Freddy), e declinou para estrelar SÓ O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final. Como protagonista então temos Danny Glover, que dessa vez é o tenente Mike Harrigan, o polícia durão da vez, diferente do parceiro de Martin Riggs em Máquina Mortífera. A cidade é Los Angeles, no futuro ano de 1997, assolada por uma onda de calor e uma onda de crimes, sendo que LA se tornou palco de uma batalha campal pelo controle das drogas da cidade, com duas gangues rivais abusando de armamento pesado nessa guerra. Lugar perfeito para o Predador escolher praticar seu esporte favorito. O que começa parecendo um “favor” para Harrigan e sua equipe, formada por Danny Archuleta (Rubén Blades), Leona Cantrell (Maria Conchito Alonso) e o novato Jerry Lambert (Bill Paxton – único ator que teve a façanha de já ser morto pelo Alien e pelo Predador!), já que o caçador intergaláctico está acabando com a raça dos membros das gangues com seus brinquedinhos, deixando-os depelados pendurados de cabeça para baixo e arrancando suas cabeças com a coluna vertebral e tudo, transforma-se em um pesadelo quando eles também viram alvos. Até que surge em cena Peter Keys (Busey) que comanda uma ação secreta com uns engravatados tipo MIB, que monitora as atividades do Predador desde que sei lá quantos hectares de floresta amazônica foram destruídos por uma bomba termonuclear há 10 anos (detonada pelo sistema de autodestruição do monstrengo, lembra?). Ele quer capturar o bicho e prepara uma armadilha em um frigorífico, tentando usar um ambiente frio e um pó químico para reverterem duas vantagens do alienígena: sua invisibilidade e a visão termográfica. Claro que o plano vai para as cuias e cabe ao bad ass Harrigan enfrentar o vilão e tentar sobreviver. Novamente vivido por Kevin Peter Hall (chupa, Van Damme!), o Predador agora tem incrementos exóticos em seu arsenal, como uma lança retrátil, uma rede, dardos e a serra em disco. Fora o kit medicina que ele usa para se curar dos tiros levados, que precisam apenas de um pouco de vidro e reboco para ser utilizado. Por outro lado, ele continua sendo um “ugly motherfucker” sem a máscara, apesar de Harrigan não conseguir terminar a frase imortalizada por Dutch no longa anterior. Mas talvez as duas mais importantes adições em Predador 2 – A Caçada Continua estão na sua sequência final. A primeira e mais fodástica de todas é o easter egg com a cabeça de um alien xenomórfo no hall de troféus do extraterrestre, dentro de sua nave escondida no subsolo. Isso muito por conta da FOX ter os direitos dos dois filmes e também pelo sucesso do crossover entre as duas criaturas na HQ da Dark Horse e no jogo de videogame. A segunda (e também fodástica, vai) é quando Harrigan mata o alienígena (ah num vem falar que isso é SPOILER, que você não sabia ou imaginava que o mocinho vencia no final…) e aparecem outros membros da raça parabenizando-o por sua caçada, lhe dando de presente uma velha pistola datada de 1715, mostrando que eles estão aqui na atividade faz muuuuuito tempo. Aliás, essa ideia partia de um conceito de um potencial roteiro para um terceiro filme, nunca feito, onde o Predador estaria por nossas bandas no século XVIII, em uma época em que não havia tecnologia e nem armamento moderno para combatê-lo. Acabou não rolando, mas o plot foi usado nas revistas em quadrinhos onde a arma pertenceu a um pirata que teve navio e tripulação desaparecidos no Triângulo das Bermudas. Aliás, falando em HQs a FOX só deu sinal verde para o produtor Joel Silver que rodaria uma sequência de O Predador por conta do sucesso de vendas do gibi da Dark Horse. Outra coisa bacana que foi utilizado nessa continuação foi explorar o lance do calor desenfreado em um futuro próximo (que para nós é até já um passado distante, mas a temperatura só aumenta) e uma guerrilha urbana, perpetuada por diferentes tribos pelo controle de uma violentíssima Los Angeles, disputada pelos cholos e pelos jamaicanos. Predador 2 – A Caçada Continua acerta na medida tanto na volta das características básicas do personagem, ampliando sua letalidade, quanto no quesito “sangue e violência”, uma vez que o filme foi reeditado mais de 20 vezes para ficar cada vez mais gráfico (quando geralmente estamos acostumados ao contrário), nos brindando com mais corpos mutilados e cabeças decapitadas. Infelizmente, após esse filme, o caçador alienígena nunca mais foi bem tratado nas telonas. Só ver o fiasco dos dois Alien vs Predador e o frustrantePredadores, com produção do Robert Rodriguez.
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/02/09/609-predador-2-a-cacada-continua-1990/

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