Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: Jim Thomas, John Thomas
Produção: John Davis, Lawrence Gordon, Joel Silver; Terry Carr, Tom
Joyner (Coprodução); Suzanne Todd (Produtora Associada); Lloyd Levin, Michael
Levy (Produtores Executivos)
Elenco: Danny Glover, Gary Busey, Rubéns
Blades, Maria Conchita Alonso, Bill Paxton, Kevin Peter Hall
O Predador é mó da hora. E Predador 2
– A Caçada Continua, é mó da hora também. Sequência redondinha que traz
o alienígena caçador “rastafári” para a cidade grande, depois de encarar o
Schwarza no meio da selva, e amplia a mitologia e o armamento do segundo
extraterrestre mais bacanudo do cinema (o primeiro é o Alien… Não venha nem me
falar do E.T. ou do Starman). Os irmãos Jim e John Thomas voltam ao roteiro,
dessa vez sem John McTiernan na direção (já um TOP diretor de filmes de ação
com um grande cachê) e sem Schwarza, nem para uma ponta (que seria o papel de
Gary Busey) que na realidade não curtiu o roteiro (principalmente a ideia do
alienígena atacando na cidade) e nem o novo diretor, Stephen Hopkins (oriundo
de A Hora do
Pesadelo 5 – O Maior Horror de Freddy), e declinou para
estrelar SÓ O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final. Como
protagonista então temos Danny Glover, que dessa vez é o tenente Mike Harrigan,
o polícia durão da vez, diferente do parceiro de Martin Riggs em Máquina
Mortífera. A cidade é Los Angeles, no futuro ano de 1997, assolada por uma onda
de calor e uma onda de crimes, sendo que LA se tornou palco de uma batalha
campal pelo controle das drogas da cidade, com duas gangues rivais abusando de
armamento pesado nessa guerra. Lugar perfeito para o Predador escolher praticar
seu esporte favorito. O que começa parecendo um “favor” para Harrigan e sua
equipe, formada por Danny Archuleta (Rubén Blades), Leona Cantrell (Maria
Conchito Alonso) e o novato Jerry Lambert (Bill Paxton – único ator que teve a
façanha de já ser morto pelo Alien e pelo Predador!), já que o caçador
intergaláctico está acabando com a raça dos membros das gangues com seus
brinquedinhos, deixando-os depelados pendurados de cabeça para baixo e
arrancando suas cabeças com a coluna vertebral e tudo, transforma-se em um
pesadelo quando eles também viram alvos. Até que surge em cena Peter Keys
(Busey) que comanda uma ação secreta com uns engravatados tipo MIB, que
monitora as atividades do Predador desde que sei lá quantos hectares de
floresta amazônica foram destruídos por uma bomba termonuclear há 10 anos
(detonada pelo sistema de autodestruição do monstrengo, lembra?). Ele quer
capturar o bicho e prepara uma armadilha em um frigorífico, tentando usar um
ambiente frio e um pó químico para reverterem duas vantagens do alienígena: sua
invisibilidade e a visão termográfica. Claro que o plano vai para as cuias e
cabe ao bad ass Harrigan
enfrentar o vilão e tentar sobreviver. Novamente vivido por Kevin Peter Hall
(chupa, Van Damme!), o Predador agora tem incrementos exóticos em seu arsenal,
como uma lança retrátil, uma rede, dardos e a serra em disco. Fora o kit
medicina que ele usa para se curar dos tiros levados, que precisam apenas de um
pouco de vidro e reboco para ser utilizado. Por outro lado, ele continua sendo
um “ugly motherfucker” sem a máscara,
apesar de Harrigan não conseguir terminar a frase imortalizada por Dutch no
longa anterior. Mas talvez as duas mais importantes adições em Predador 2
– A Caçada Continua estão na sua sequência final. A primeira e mais
fodástica de todas é o easter egg com
a cabeça de um alien xenomórfo no hall de troféus do extraterrestre, dentro de
sua nave escondida no subsolo. Isso muito por conta da FOX ter os direitos dos
dois filmes e também pelo sucesso do crossover entre
as duas criaturas na HQ da Dark Horse e no jogo de videogame. A segunda (e
também fodástica, vai) é quando Harrigan mata o alienígena (ah num vem falar
que isso é SPOILER, que você não sabia ou imaginava que o mocinho
vencia no final…) e aparecem outros membros da raça parabenizando-o por sua
caçada, lhe dando de presente uma velha pistola datada de 1715, mostrando que
eles estão aqui na atividade faz muuuuuito tempo. Aliás, essa ideia partia de
um conceito de um potencial roteiro para um terceiro filme, nunca feito, onde o
Predador estaria por nossas bandas no século XVIII, em uma época em que não
havia tecnologia e nem armamento moderno para combatê-lo. Acabou não rolando,
mas o plot foi usado nas revistas em quadrinhos onde a arma pertenceu
a um pirata que teve navio e tripulação desaparecidos no Triângulo das
Bermudas. Aliás, falando em HQs a FOX só deu sinal verde para o produtor
Joel Silver que rodaria uma sequência de O Predador por conta do
sucesso de vendas do gibi da Dark Horse. Outra coisa bacana que foi utilizado
nessa continuação foi explorar o lance do calor desenfreado em um futuro
próximo (que para nós é até já um passado distante, mas a temperatura só
aumenta) e uma guerrilha urbana, perpetuada por diferentes tribos pelo controle
de uma violentíssima Los Angeles, disputada pelos cholos e pelos jamaicanos. Predador
2 – A Caçada Continua acerta na medida tanto na volta das características
básicas do personagem, ampliando sua letalidade, quanto no quesito “sangue e
violência”, uma vez que o filme foi reeditado mais de 20 vezes para ficar cada
vez mais gráfico (quando geralmente estamos acostumados ao contrário), nos
brindando com mais corpos mutilados e cabeças decapitadas. Infelizmente, após
esse filme, o caçador alienígena nunca mais foi bem tratado nas telonas. Só ver
o fiasco dos dois Alien vs Predador e o frustrantePredadores, com
produção do Robert Rodriguez.
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/02/09/609-predador-2-a-cacada-continua-1990/
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