terça-feira, 7 de junho de 2016

#619 1991 A HORA DO PESADELO 6 (Freddy’s Dead: The Final Nightmare, EUA)


Direção: Rachel Talalay
Roteiro: Michael De Luca
Produção:Robert Shaye, Aron Warner; Michael N. Knue (Produtor Associado); Michael De Luca (Produtor Executivo)
Elenco: Robert Englund, Lisa Zane, Shon Greenblatt, Lezlie Deane, Ricky Dean Logan, Breckin Meyer, Yaphet Kotto

Nem preciso dizer que A Hora do Pesadelo 6: Pesadelo Final – A Morte de Freddy é o pior da cinesérie iniciada por Wes Craven lá em 1984, certo? A morte de Freddy certeza que foi de vergonha! Retire todo e qualquer elemento de terror que ainda perdurava na cambaleante franquia e torne-o mais cartunesco possível. O resultado é isso aí. Ainda bem que o tempo passa e que adquirimos algum pouco conhecimento de cinema nessa vida, não é? A ponto de passar a execrar essa sexta parte, independente de todo e qualquer saudosismo ou lembrança infantil. Um dos fãs do horror sempre comenta aqui sobre a “didimocozação” do Freddy durante os anos, que vinha acontecendo sistematicamente a partir de A Hora do Pesadelo 3 – Os Guerreiros dos Sonhos. Somos testemunhas do seu auge, com o Freddy apenas como um arremedo caricato do monstro apavorante que já fora outrora. Até porque um filme que começa citando Nietzsche e depois em seguida, o cultuado “bem-vindo ao horário nobre, vadia” de Freddy, só pode cair mesmo na galhofa. A contagem de cadáveres é baixa, mas olha, a criatividade estava no prato do dia, porque além da mirabolante sequência da morte em 8-bit, temos também aquela do Carlos (Ricky Dean Logan) com seu aparelho de surdez aumentando sua audição exponencialmente e o perverso antagonista (ou protagonista, né) arranhando as garras na lousa para explodir sua cabeça, ou a ridícula sequência ao melhor estilo Papa-Léguas onde Freddy corta o paraquedas do John Doe (Shon Greenblatt) e depois arrasta uma cama de pregos pela estrada para que ele caia bem em cima. A trama? Pífia. Inventaram uma filha para o Freddy Krueger, a hoje adulta psicóloga Maggie Burroughs (Lisa Zane) que junto com seus pacientes adolescentes problemáticos partem para Springwood, em um embuste do assassino para que sua filha seja levada de volta à ele, assim como o último sobrevivente da malfadada Rua Elm. Também vai rolar a ajuda do “Doutor Sonho”, um psiquiatra que estuda o comportamento durante os sonhos e trabalha com Maggie (interpretado por Yaphet Kotto, o Parker de Alien – O Oitavo Passageiro) que virá com umas teorias idiotas que nem vale a pena gastar a ponta dos meus dedos escrevendo sobre. De interessante, temos um lampejo da infância sofrida do pequeno Freddy, que o levou a se tornar aquele psicopata pedófilo que conhecemos. Além se sofrer bullying das crianças da escola (que delicadamente o apelidaram de “filho de 100 maníacos”… ah, a crueldade infantil) ele teve um pai abusador e cafetão, ninguém menos que Alice Cooper em uma ponta. E também conhecemos um pouco da sua vida como “papai”, quando também abusava da pequena Maggie, que acabou sendo levada para a adoção. E falando em ponta, a melhor delas é a de Johnny Depp, aparecendo em um comercial de TV antidrogas para o chapado Spencer. Claro que você sabe que A Hora do Pesadelo foi a estreia do rapaz nos cinemas. E no campo do quase, Peter Jackson originalmente havia sido contratado para escrever o roteiro do longa. Mas o pessoal da New Line não gostou do rascunho e foi descartado. Na sequência, fora a vez de Michael Almereyda cujo roteiro, o longa seria focado em Jacob Johnson, o filho da Alice, nascido no final de A Hora do Pesadelo 5 – O Maior Horror de Freddy, com 16 anos, com a moça já trintona sendo morta por Freddy e a volta de Taryn, Joey e Kincaid, da terceira e quarta parte, como uma espécie de “policiais dos sonhos”. A diretora Rachel Talalay detestou a ideia e Michael de Luca voltou para reescrevê-lo, assim como fizera com o script do longa anterior. Pelo menos, nesse mundo volátil dos slasher movies, o título de A Hora do Pesadelo 6: Pesadelo Final – A Morte de Freddy, cumpre o que promete. Pelo menos em parte. Porque realmente Freddy foi-se dessa para uma melhor, já que o filme seguinte ignora completamente essas pataquadas para a brincadeira metalinguística orquestrada por Craven, o criador, e o vilão original só daria as caras novamente em seu embate sofrível com Jason (isso sem contar a ponta de sua garra arrastando a máscara de hóquei do amiguinho para dentro da terra no final de Jason Vai Para o Inferno – A Última Sexta-Feira).
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/03/03/619-a-hora-do-pesadelo-6-pesadelo-final-a-morte-de-freddy-1991/

Nenhum comentário:

Postar um comentário