Direção: Rachel Talalay
Roteiro: Michael De Luca
Produção:Robert Shaye, Aron Warner; Michael N. Knue
(Produtor Associado); Michael De Luca (Produtor Executivo)
Elenco: Robert
Englund, Lisa Zane, Shon Greenblatt, Lezlie Deane, Ricky Dean Logan, Breckin
Meyer, Yaphet Kotto
Nem preciso dizer que A Hora do
Pesadelo 6: Pesadelo Final – A Morte de Freddy é o pior da
cinesérie iniciada por Wes Craven lá em 1984, certo? A morte de Freddy certeza
que foi de vergonha! Retire todo e qualquer elemento de terror que ainda
perdurava na cambaleante franquia e torne-o mais cartunesco possível. O
resultado é isso aí. Ainda bem que o tempo passa e que adquirimos algum pouco
conhecimento de cinema nessa vida, não é? A ponto de passar a execrar essa
sexta parte, independente de todo e qualquer saudosismo ou lembrança infantil.
Um dos fãs do horror sempre comenta aqui sobre a “didimocozação” do Freddy
durante os anos, que vinha acontecendo sistematicamente a partir de A Hora do
Pesadelo 3 – Os Guerreiros dos Sonhos. Somos testemunhas do seu
auge, com o Freddy apenas como um arremedo caricato do monstro apavorante que
já fora outrora. Até porque um filme que começa citando Nietzsche e depois em
seguida, o cultuado “bem-vindo ao horário nobre, vadia” de Freddy, só pode cair
mesmo na galhofa. A contagem de cadáveres é baixa, mas olha, a criatividade
estava no prato do dia, porque além da mirabolante sequência da morte em 8-bit,
temos também aquela do Carlos (Ricky Dean Logan) com seu aparelho de surdez
aumentando sua audição exponencialmente e o perverso antagonista (ou
protagonista, né) arranhando as garras na lousa para explodir sua cabeça, ou a
ridícula sequência ao melhor estilo Papa-Léguas onde Freddy corta o paraquedas
do John Doe (Shon Greenblatt) e depois arrasta uma cama de pregos pela estrada
para que ele caia bem em cima. A trama? Pífia. Inventaram uma filha para o
Freddy Krueger, a hoje adulta psicóloga Maggie Burroughs (Lisa Zane) que junto
com seus pacientes adolescentes problemáticos partem para Springwood, em um
embuste do assassino para que sua filha seja levada de volta à ele, assim como
o último sobrevivente da malfadada Rua Elm. Também vai rolar a ajuda do “Doutor
Sonho”, um psiquiatra que estuda o comportamento durante os sonhos e trabalha
com Maggie (interpretado por Yaphet Kotto, o Parker de Alien – O
Oitavo Passageiro) que virá com umas teorias idiotas que nem vale a
pena gastar a ponta dos meus dedos escrevendo sobre. De interessante, temos um
lampejo da infância sofrida do pequeno Freddy, que o levou a se tornar aquele
psicopata pedófilo que conhecemos. Além se sofrer bullying das
crianças da escola (que delicadamente o apelidaram de “filho de 100 maníacos”…
ah, a crueldade infantil) ele teve um pai abusador e cafetão, ninguém menos que
Alice Cooper em uma ponta. E também conhecemos um pouco da sua vida como
“papai”, quando também abusava da pequena Maggie, que acabou sendo levada para
a adoção. E falando em ponta, a melhor delas é a de Johnny Depp, aparecendo em
um comercial de TV antidrogas para o chapado Spencer. Claro que você sabe
que A Hora do Pesadelo foi
a estreia do rapaz nos cinemas. E no campo do quase, Peter Jackson
originalmente havia sido contratado para escrever o roteiro do longa. Mas o
pessoal da New Line não gostou do rascunho e foi descartado. Na sequência, fora
a vez de Michael Almereyda cujo roteiro, o longa seria focado em Jacob
Johnson, o filho da Alice, nascido no final de A Hora do
Pesadelo 5 – O Maior Horror de Freddy, com 16 anos, com a moça já
trintona sendo morta por Freddy e a volta de Taryn, Joey e Kincaid, da terceira
e quarta parte, como uma espécie de “policiais dos sonhos”. A diretora Rachel
Talalay detestou a ideia e Michael de Luca voltou para reescrevê-lo, assim como
fizera com o script do longa anterior. Pelo menos, nesse mundo volátil
dos slasher movies, o título de A Hora do Pesadelo 6: Pesadelo Final
– A Morte de Freddy, cumpre o que promete. Pelo menos em parte. Porque
realmente Freddy foi-se dessa para uma melhor, já que o filme seguinte ignora
completamente essas pataquadas para a brincadeira metalinguística orquestrada
por Craven, o criador, e o vilão original só daria as caras novamente em seu
embate sofrível com Jason (isso sem contar a ponta de sua garra arrastando a
máscara de hóquei do amiguinho para dentro da terra no final de Jason Vai
Para o Inferno – A Última Sexta-Feira).
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/03/03/619-a-hora-do-pesadelo-6-pesadelo-final-a-morte-de-freddy-1991/
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