quinta-feira, 23 de junho de 2016

#637 1993 JURASSIC PARK O PARQUE DOS DINOSSAUROS (Jurassic Park, EUA)


Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Michael Crichton, David Koepp (baseado no livro de Michael Crichton)
Produção: Kathleen Kennedy, Gerald R. Molen; Lata Ryan, Colin Wilson (Produtores Associados)
Elenco: Sam Neill, Laura Dern, Jeff  Goldblum, Richard Attenborough, Samuel L. Jackson, Wayne Knight

Agora, depois de mais de 20 anos de seu lançamento, revendo a versão 3D lançada recentemente, vejo estupefato que Jurassic Park não envelheceu quase nada. Muito menos seu debate sobre ciência, ética e parques temáticos com animais enclausurados, em tempos de todas as barbaridades que pipocam sobre o tratamento das orcas no Sea World. Os revolucionários efeitos CGI ganhadores de Oscar, feitos pela Industrial Light and Magic de George Lucas, misturado com os animatrônicos de Stan Winston até hoje impressionam e ditaram o futuro do FX na sétima arte, para o bem ou para o mal. A história baseada no livro de Michael Crichton todo mundo já sabe né? O excêntrico milionário John Hammond (Sir Richard Attenborough) quer construir um parque temático na Ilha Nublar, no Caribe, com seus dinossauros trazidos à vida por meio de seu DNA extraído dos mosquitos que se alimentavam de seu sangue e ficaram presos no âmbar. Os investidores e advogados precisam de um parecer positivo para a abertura da atração turística, e os cientistas, pesquisadores e paleontólogos Dr. Alan Grant (Sam Neill), Ellie Sattler (Laura Dern) e Dr. Ian Malcom (Jeff Goldblum) são convidados para um passeio inaugural, junto como os netos de Hammond, Tim (Joseph Mazzello) e Lex (Ariana Richards). Acontece que um dos programadores do parque, Dennis Nedry (Wayne Knight) sabota os sistemas de segurança para poder fugir com alguns espécimes que irá vender em espionagem industrial e dinos acabam a solta, promovendo o caos no parque, com os heróis tendo de lutar por sua sobrevivência, contra o poderoso Tiranossauro, o cuspidor Dilofossauro e os temíveis e ágeis Velociraptores com suas garras retráteis afiadas. Jurassic Park remete aos bons tempos de Tubarão de Spielberg. Até a estrutura se parece, com a mistura entre terror (mais precisamente o eco-horror) e aventura. A diferença é que o diretor aqui já havia se tornado um dos queridinhos de Hollywood e exemplo dos filmes família, da moral e dos bons costumes. Temos apenas uma morte “explícita”, do advogado ganancioso que é devorado por um tiranossauro sem derramar sequer UMA GOTINHA de sangue, diferente de seu tubarão branco que dilacerou uma criança ou mesmo o pescador que é comido vivo. Mas tudo bem, tá valendo, pois os momentos de suspense, de toda a desenvoltura da cena do primeiro surgimento do lagartão, até a caçada dos velociraptores às crianças na cozinha do centro de visitantes do parque, mostra que Spielberg entende mesmo do riscado. Agora o bacana mesmo é que quando se fica mais velho, não é mais o Dr. Grant seu personagem preferido, depois dos dinos. E sim o Ian Malcolm de Jeff Goldblum. Sujeito canastra, tentando ser charmoso, xavequeiro, todo vestido de preto, pedante, mas se mostrando o único com certo juízo em entender a monstruosidade científica feita naquele local, ignorando completamente a teoria de evolução de espécies e usar a genética para reviver criaturas que tiveram sua chance e foram exterminadas. Tudo isso não só pelo bem da ciência, mas sim, para se ganhar dinheiro e vender tickets e produtos de merchandising. Um Sea World de dinossauros! Pegam um animal que está fora de seu ecossistema há milhões de anos, o revivem e colocam-no enjaulado, tendo de comer bois e cabras, reprimindo seus instintos e virando mera atração de circo, além de alterações biológicas, com o fato de todas serem fêmeas. Bem sabemos que Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros fez recorde em seu final de semana de estreia, faturou mais de 980 milhões de dólares (contra 62 milhões de orçamento) ao final de sua exibição, e tornou-se, até a chegada de Titanic cinco anos mais tarde, a maior bilheteria da história do cinema, levando três carecas dourados (efeitos especiais, som, e efeitos sonoros e edição de som, todos justíssimos). E não posso me esquecer de citar também que tinha também aquele VHS, que demorou UMA CARA para chegar às locadoras (naquela época os lançamentos de cinema demoravam eternidades para chegar ao mercado home vídeo), com aquela capinha preta sensacional em alto relevo. Quase volto aos 11 anos de idade toda vez que assisto.
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/04/02/637-jurassic-park-o-parque-dos-dinossauros-1993/

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