Direção: Robert Lieberman
Roteiro: Tracy Tormé (baseado no livro
de Travis Walton)
Produção: Todd Black, Joe Wizan; Nilos Rodis-Jamero,
Robert Strauss, Tracy Tormé (Coprodutores); Wolfgang Glatters (Produtor
Executivo)
Elenco: D.B Sweeney, Robert Patrick,
Craig Sheffer, Peter Berg, Henry Thomas, Bradley Gregg, Noble Willingham
Talvez Fogo no Céu seja o filme
definitivo sobre abduções alienígenas. Apesar da pegada calcada logicamente na
ficção científica e no terror e angústia das escabrosas experiências pelas
quais o personagem raptado passa, a grande tônica do longa dirigido por Robert
Lieberman é o drama vivido pelas testemunhas oculares do evento, desacreditados
por toda a população da pequena cidade montanhosa que vivem, investigados e
acossados pela polícia, sendo suspeitos até de assassinato. Bom, tem também o
fato de que Fogo no Céu seja baseado em misteriosos fatos reais, no
caso da abdução de Travis Walton no ano de 1975, quando ele ficou desaparecido
durante cinco dias e o caso chamou atenção das autoridades e população local,
além de jornalistas de todo o mundo. A abdução de Walton é um dos mais famosos
estudos de caso da ufologia, e o livro sobre sua experiência foi publicado em
1990, servindo como base para essa produção, apesar da enorme licença poética e
pitacos e pressão da Paramount Pictures. Bom, depois de uma tarde de trabalho,
Walton (D.B. Sweeney) e outros cinco amigos que cortavam árvores na floresta do
Parque Nacional Apache-Stigreaves, na cidade de Snowflake, Arizona, avistam um
irradiação colorida avermelhada no céu, parecendo que a floresta está pegando
fogo. Ao se aproximarem, descobrem o OVNI pairando sobre a região. Walton desce
da camionete, caminha em direção à luz e é atingido por um poderoso feixe,
sendo derrubado. Em pânico, os demais homens, liderados por Mike Rogers (Robert
Patrick) fogem às pressas, achando que o amigo está morto, mas ao voltarem 15
minutos depois, descobrem que ele desaparecera. Então, Rogers que antes era um
pilar da comunidade, pai de família, passa a ser acusado, junto com seus
companheiros de trabalho, pelo desaparecimento de Walton e possível
assassinato, enquanto também passa a ser ridicularizados por polícia e
moradores ao manterem a versão original dos fatos: que todos viram o UFO e que
Walton havia sido abduzido. No decorrer do processo da investigação, que
resultou em uma crise conjugal e perda do contrato de trabalho, Rogers e os
demais se vêm obrigados até a passar por um controverso teste de polígrafo,
mais de uma vez, que deu como resultado que todos estavam falando a verdade. Depois
de cinco dias, entramos na segunda parte do longa quando Walton regressa,
completamente perturbado, com lapsos de memória do que acontecera. O rumo da
investigação passa a ser outro, quando o investigador Frank Waters (vivido pelo
veterano ator James Garner) agora acredita que tudo não passou de uma armação
do grupo em busca de fama ou dinheiro. A experiência recorrente nos é mostrada
em forma de flashback, onde Walton se vê preso na nave e passa a ser testado e
torturado por humanoides alienígenas, no único momento do filme que pende ao
exagero caricato, porém de extremo impacto e aflição. O grande problema é que
acompanhamos o drama das testemunhas e principalmente de Rogers, mas quando
Walton regressa e estamos curiosos em saber pelo que diabos ele passou durante
a abdução, mesmo com as cenas pesadas de desespero enquanto os alienígenas
enfiam brocas em seus olhos e sondas estomacais, o personagem de Walton em
nenhum momento causa empatia com o público, e o desfecho em si é meio
brochante, não explorando os desdobramentos seguintes e culminando em uma
espécie de redenção após uma apressada elipse de tempo. Sendo cético ou crente
(Scully ou Mulder), vale dar uma conferida em Fogo no Céu, principalmente
se você é daqueles fãs de filmes sobre ufos, contatos imediatos, abduções e
experiências genéticas feitas por raças alienígenas superiores que vem para
nosso planeta com a sádica intenção de nos botar em uma mesa gelada para
vivissecção. MEDO!
FONTE:
https://101horrormovies.com/2015/03/31/635-fogo-no-ceu-1993/
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