Direção: Adam Marcus
Roteiro: Dean Lorey, Jay Huguey
Produção: Sean S. Cunningham
Elenco: John D.
LeMay, Kari Keegan, Kane Hodder, Steven Williams, Steven Culp, Erin Gray
Eu deveria, em forma de protesto, nem
escrever nada sobre a afronta que é Jason Vai
Para o Inferno: A Última Sexta-Feira. Mas preciso aproveitar esse espaço para
conseguir achincalhar o filme de todas as formas que eu puder. Que ele é o pior
da franquia, não há discussão. Você pode vociferar quanto a ausência de Jason
em Sexta-Feira 13 – Parte 5 – Um Novo
Começo, a garota telecinética de Sexta-Feira 13 Parte 7 – A Matança Continua ou todos os
absurdos e pataquadas do serial
killerem Manhattan em Sexta-Feira 13 Parte 8 – Jason Ataca
Nova York. Mas nada, absolutamente nada se compara a essa
vergonhosa porcaria homérica. Sabe na boa, o que os roteiristas (Dean Lorey e
Jay Huguey, com ajudinha do diretor Adam Marcus na concepção da história), o
produtor Sean S. Cunningham, que criara a série lá emSexta-Feira 13 no ano de 1980
e os engravatados da New Line, uma vez que a Paramount vendera os direitos
depois do recorrente fracasso de bilheteria de uma sequência pífia depois da
outra, tinham na cabeça para escrever, produzir e lançar um material tão ruim? Sério,
como alguém pode pegar uma franquia slasher oitentista
inteira, que tinha lá sua mitologia, e simplesmente jogar no buraco, e
reinventar toda uma explicação faceira sobrenatural esdrúxula, onde o Jason de
verdade é um PARASITA (???!!!) que sai da boca das pessoas e pode ser
transferido de corpo, e de repente, surgem uma IRMÃ (???!!!) e SOBRINHA
(???!!!), fazendo com que o vilão só pudesse de fato ser morto e renascer
(???!!!) por um Voorhees? Ah, não dá né? Primeiro que já começa ignorando DE
ACORDO o final da oitava parte. Pera aí, o Jason num tinha sido derretido por
lixo tóxico nos esgotos da Big Apple? Então como diabos ele aparece inteirão,
com uma cabeçorra cheia de brotoejas nos cocuruto (interpretado mais uma vez
por Kane Hodder), perseguindo uma garota com seu facão lá no matagal aos
redores de Crystal Lake? Que na verdade é uma AGENTE DO FBI (???!!!) gostosona
que foge do assassino dando piruetas, até ele cair em uma armadilha e ser
fuzilado pela SWAT e depois explodido em diversas partes, mas, com um detalhe
importantíssimo para a trama: seu coração mantém-se inteiro. O médico legista
ao praticar a autópsia em seus restos mortais acaba sendo, hã, seduzido
(???!!!) pelo coração ainda palpitante de Jason e NHAC!, dá uma mordida,
transferindo então essa força sobrenatural do assassino para ele, que sairá em
uma busca insana pelos seus familiares que ainda vivem lá em Crystal Lake.
Jessica Kimble (Karl Keegan) é filha de Diana (Erin Gray), atualmente garçonete
AND irmã de Jason. Ela acaba sendo morta, e sobra então apenas Erin, agora
casada com um apresentador de programa televisivo sobre assassinatos e
investigação criminal, Steven Freeman (John D. LeMay) e seu bebê como possíveis
receptáculos para a volta à vida do maníaco, ou capazes de destruí-lo. Só que o
único que tem o conhecimento de como finalmente mandar Jason dessa para uma
melhor, e a arma certa para fazer isso, que seria uma espécie de adaga
especial, é o arrogante caçador de recompensas Creighton Duke (vivido por
Steven Williams, de Anjos da Lei,
a série, e um dos informantes de Fox Mulder em Arquivo X, que está de volta! \o/). Então ele se junta ao
ex-namorado e paixão platônica de Jessica, Robert Campbell (Steven Culp) que de
um boçal loser vira
um propenso Ash no decorrer da trama e dá andamento na patifaria toda. Um
único, ínfimo quesito que minimamente preste em Jason Vai Para o Inferno são os efeitos especiais e de
maquiagem, assinados pela sempre fodástica K.N.B. Effects Group, do trio
Kurtzman, Nicotero e Berger. Algumas mortes são realmente duca, como o sujeito
derretendo no chão ou quando o Jason ataca um casal transando (ah, vá!) em uma
barraca de camping e separa o cara no meio com seu facão. Mas olha, nem todas
as mortes, goreou
peitinhos e bundinhas aparecendo (e também nu masculino, só para variar do
sexismo gritante dos filmes slasher)
poderia salvar essa tranqueira. E nem mesmo a famigerada mãozinha do Freddy
Krueger (uma vez que agora os dois movie
maniacs eram propriedade da New Line) saindo debaixo da terra para
arrastar a máscara de hóquei vale a pena no final de Jason Vai Para o Inferno – A Última Sexta-Feira.
Na época, claro, causou um baita estardalhaço, um alvoroço, um burburinho, um
frenesi, deixou os fãs em polvorosa, mas agora como já sabemos a bomba que
foi Freddy vs Jason, então
posso constatar que tudo foi em vão.
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/04/01/636-jason-vai-para-o-inferno-a-ultima-sexta-feira-1993/
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