quinta-feira, 23 de junho de 2016

#636 1993 JASON VAI PARA O INFERNO (Jason Goes to Hell: The Final Friday, EUA)


Direção: Adam Marcus
Roteiro: Dean Lorey, Jay Huguey
Produção: Sean S. Cunningham
Elenco: John D. LeMay, Kari Keegan, Kane Hodder, Steven Williams, Steven Culp, Erin Gray

Eu deveria, em forma de protesto, nem escrever nada sobre a afronta que é Jason Vai Para o Inferno: A Última Sexta-Feira. Mas preciso aproveitar esse espaço para conseguir achincalhar o filme de todas as formas que eu puder. Que ele é o pior da franquia, não há discussão. Você pode vociferar quanto a ausência de Jason em Sexta-Feira 13 – Parte 5 – Um Novo Começo, a garota telecinética de Sexta-Feira 13 Parte 7 – A Matança Continua ou todos os absurdos e pataquadas do serial killerem Manhattan em Sexta-Feira 13 Parte 8 – Jason Ataca Nova York. Mas nada, absolutamente nada se compara a essa vergonhosa porcaria homérica. Sabe na boa, o que os roteiristas (Dean Lorey e Jay Huguey, com ajudinha do diretor Adam Marcus na concepção da história), o produtor Sean S. Cunningham, que criara a série lá emSexta-Feira 13 no ano de 1980 e os engravatados da New Line, uma vez que a Paramount vendera os direitos depois do recorrente fracasso de bilheteria de uma sequência pífia depois da outra, tinham na cabeça para escrever, produzir e lançar um material tão ruim? Sério, como alguém pode pegar uma franquia slasher oitentista inteira, que tinha lá sua mitologia, e simplesmente jogar no buraco, e reinventar toda uma explicação faceira sobrenatural esdrúxula, onde o Jason de verdade é um PARASITA (???!!!) que sai da boca das pessoas e pode ser transferido de corpo, e de repente, surgem uma IRMÃ (???!!!) e SOBRINHA (???!!!), fazendo com que o vilão só pudesse de fato ser morto e renascer (???!!!) por um Voorhees? Ah, não dá né? Primeiro que já começa ignorando DE ACORDO o final da oitava parte. Pera aí, o Jason num tinha sido derretido por lixo tóxico nos esgotos da Big Apple? Então como diabos ele aparece inteirão, com uma cabeçorra cheia de brotoejas nos cocuruto (interpretado mais uma vez por Kane Hodder), perseguindo uma garota com seu facão lá no matagal aos redores de Crystal Lake? Que na verdade é uma AGENTE DO FBI (???!!!) gostosona que foge do assassino dando piruetas, até ele cair em uma armadilha e ser fuzilado pela SWAT e depois explodido em diversas partes, mas, com um detalhe importantíssimo para a trama: seu coração mantém-se inteiro. O médico legista ao praticar a autópsia em seus restos mortais acaba sendo, hã, seduzido (???!!!) pelo coração ainda palpitante de Jason e NHAC!, dá uma mordida, transferindo então essa força sobrenatural do assassino para ele, que sairá em uma busca insana pelos seus familiares que ainda vivem lá em Crystal Lake. Jessica Kimble (Karl Keegan) é filha de Diana (Erin Gray), atualmente garçonete AND irmã de Jason. Ela acaba sendo morta, e sobra então apenas Erin, agora casada com um apresentador de programa televisivo sobre assassinatos e investigação criminal, Steven Freeman (John D. LeMay) e seu bebê como possíveis receptáculos para a volta à vida do maníaco, ou capazes de destruí-lo. Só que o único que tem o conhecimento de como finalmente mandar Jason dessa para uma melhor, e a arma certa para fazer isso, que seria uma espécie de adaga especial, é o arrogante caçador de recompensas Creighton Duke (vivido por Steven Williams, de Anjos da Lei, a série, e um dos informantes de Fox Mulder em Arquivo X, que está de volta! \o/). Então ele se junta ao ex-namorado e paixão platônica de Jessica, Robert Campbell (Steven Culp) que de um boçal loser vira um propenso Ash no decorrer da trama e dá andamento na patifaria toda. Um único, ínfimo quesito que minimamente preste em Jason Vai Para o Inferno são os efeitos especiais e de maquiagem, assinados pela sempre fodástica K.N.B. Effects Group, do trio Kurtzman, Nicotero e Berger. Algumas mortes são realmente duca, como o sujeito derretendo no chão ou quando o Jason ataca um casal transando (ah, vá!) em uma barraca de camping e separa o cara no meio com seu facão. Mas olha, nem todas as mortes, goreou peitinhos e bundinhas aparecendo (e também nu masculino, só para variar do sexismo gritante dos filmes slasher) poderia salvar essa tranqueira. E nem mesmo a famigerada mãozinha do Freddy Krueger (uma vez que agora os dois movie maniacs eram propriedade da New Line) saindo debaixo da terra para arrastar a máscara de hóquei vale a pena no final de Jason Vai Para o Inferno – A Última Sexta-Feira. Na época, claro, causou um baita estardalhaço, um alvoroço, um burburinho, um frenesi, deixou os fãs em polvorosa, mas agora como já sabemos a bomba que foi Freddy vs Jason, então posso constatar que tudo foi em vão.
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/04/01/636-jason-vai-para-o-inferno-a-ultima-sexta-feira-1993/

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