Direção: Mark Jones
Roteiro: Mark Jones
Produção: Jeffrey B. Mallian; Michael
Prescott, Davis Price e William Sachs (Coprodutores); Jim Begg (Supervisor de
Produção); Barry Barnholtz (Produtor Associado); Mark Amin (Produtor Executivo)
Elenco: Warwick
Davis, Jennifer Aniston, Ken Olandt, Mark Holton, Robert Gorman, Shay Duffin
Sério, não há muito que falar de O Duende. Trasheira
horrorosa, que grita anos 90 na tela e mostra por A + B porque o cinema de
terror foi para o buraco durante a tal “década perdida” com essas produções
classe Z sendo lançadas direto para o mercado home video (e
ainda teve a proeza de vender menos de 100 mil cópias). Mas, como sempre
tudo tem um mas, O Duende é um daqueles filmes que ficaram inseridos
no imaginário popular da molecada da época e fez relativo sucesso nas locadoras
de bairro aqui do Brasil. E também hoje é conhecido como o “primeiro filme de
Jennifer Aniston” antes de ser a Rachel de Friends ou casar com Brad Pitt. Essa
vergonha ela nunca poderá apagar de seu currículo, ainda mais em tempos de
torrent, filmes completos no Youtube e tudo mais. Com um modesto orçamento de
900 mil doletas, filmado em 1991, mas lançado apenas dois anos depois, a pérola
escrita e dirigida por Mark Jones, produzida pela Trimark Pictures de Mark Amin
(que mais tarde se fundiria com a Lionsgate) tem no elenco além de uma Aniston
na flor dos seus 24 aninhos, o anão mais famoso de Hollywood antes de Peter
Dinklage: Warwick Davis, vivendo o papel do duende vilão do título. Você já
deve tê-lo visto em filmes como Willow – Na Terra da Magia, ou embaixo de
uma fofinha fantasia peluda como um Ewok em O Retorno de
Jedi ou Caravana da Coragem. A trama traz um espevitado e cruel
duende irlandês (de onde mais ele seria?) que tem seu ouro roubado (aquele que
fica no pote ao final do arco-íris, sabe?) por um espertalhão. Buscando
vingança por ter sido enganado, ele vai atrás do sujeito, mata sua esposa, só
que acaba se dando mal quando é aprisionado em uma caixa protegida por um trevo
de quatro folhas. Ele fica trancafiado durante 10 anos, até que Tory (Aniston)
e seu pai J.D. (John Sanderford) mudam-se para a residência. O local está sendo
pintado e reformado pelo gostosão estilo anos 90 Nathan (Ken Olandt), o
gordinho atrapalhado que lê quadrinhos e só faz gordice (mais estereótipo
impossível) Ozzie (Mark Holton) e o fedelho Alex (Robert Gorman), que
acidentalmente libertam o vingativo ser mitológico. Feio de dar dó, um humor
negro ácido, tiradinhas sacanas, apetite assassino e com uma tara por lustrar
sapatos, o duende tentará de qualquer forma recuperar seu saco de ouro
(encontrado por Ozzie e Alex) e deixará um rastro de cadáveres pelo caminho,
ludibriando a todos com suas traquinagens psicóticas. Cabe a Jennifer e seus
“amigos” (ah, muito boa essa!) salvar suas peles e enfrentar a criaturinha
diabólica (e sua lambreta) vinda da Terra de São Patrício. Um ponto positivo? A
maquiagem aplicada em Warwick (que na verdade tem uma atuação muito boa, mesmo
nunca tendo feito nenhum grande papel no cinema – RÁ) feita por Gabriel
Bartalos, assistente de maquiagem de filmes como Sexta-Feira 13 – Parte 6 – Jason Vive e Do Além, e membro da equipe
de Rick Baker em Gremlins 2 – A Nova Geração e
de Darkman – Vingança sem Rosto de Sam Raimi. Um ponto negativo? O
conjunto da obra. E pasmem, O Duende ganhou outras
CINCO continuações, incluindo uma lançada no ano passado. Ou seja, essa
ode ao mau gosto durou mais de VINTE anos. Depois vai me dizer que isso é
sorte de irlandês? Sério, você assistir O Duende quando é criança é
uma coisa. Depois de adulto, velho, barbado, sem saco, só mesmo tomando um pint
de Guinness ou uma dose de Jameson para aguentar, porque olhe, é duro de
engolir essa porcaria.
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/03/27/634-o-duende-1993/
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