terça-feira, 21 de junho de 2016

#634 1993 O DUENDE (Leprechaun, EUA)


Direção: Mark Jones
Roteiro: Mark Jones
Produção: Jeffrey B. Mallian; Michael Prescott, Davis Price e William Sachs (Coprodutores); Jim Begg (Supervisor de Produção); Barry Barnholtz (Produtor Associado); Mark Amin (Produtor Executivo)
Elenco: Warwick Davis, Jennifer Aniston, Ken Olandt, Mark Holton, Robert Gorman, Shay Duffin

Sério, não há muito que falar de O Duende. Trasheira horrorosa, que grita anos 90 na tela e mostra por A + B porque o cinema de terror foi para o buraco durante a tal “década perdida” com essas produções classe Z sendo lançadas direto para o mercado home video (e ainda teve a proeza de vender menos de 100 mil cópias). Mas, como sempre tudo tem um mas, O Duende é um daqueles filmes que ficaram inseridos no imaginário popular da molecada da época e fez relativo sucesso nas locadoras de bairro aqui do Brasil. E também hoje é conhecido como o “primeiro filme de Jennifer Aniston” antes de ser a Rachel de Friends ou casar com Brad Pitt. Essa vergonha ela nunca poderá apagar de seu currículo, ainda mais em tempos de torrent, filmes completos no Youtube e tudo mais. Com um modesto orçamento de 900 mil doletas, filmado em 1991, mas lançado apenas dois anos depois, a pérola escrita e dirigida por Mark Jones, produzida pela Trimark Pictures de Mark Amin (que mais tarde se fundiria com a Lionsgate) tem no elenco além de uma Aniston na flor dos seus 24 aninhos, o anão mais famoso de Hollywood antes de Peter Dinklage: Warwick Davis, vivendo o papel do duende vilão do título. Você já deve tê-lo visto em filmes como Willow – Na Terra da Magia, ou embaixo de uma fofinha fantasia peluda como um Ewok em O Retorno de Jedi ou Caravana da Coragem. A trama traz um espevitado e cruel duende irlandês (de onde mais ele seria?) que tem seu ouro roubado (aquele que fica no pote ao final do arco-íris, sabe?) por um espertalhão. Buscando vingança por ter sido enganado, ele vai atrás do sujeito, mata sua esposa, só que acaba se dando mal quando é aprisionado em uma caixa protegida por um trevo de quatro folhas. Ele fica trancafiado durante 10 anos, até que Tory (Aniston) e seu pai J.D. (John Sanderford) mudam-se para a residência. O local está sendo pintado e reformado pelo gostosão estilo anos 90 Nathan (Ken Olandt), o gordinho atrapalhado que lê quadrinhos e só faz gordice (mais estereótipo impossível) Ozzie (Mark Holton) e o fedelho Alex (Robert Gorman), que acidentalmente libertam o vingativo ser mitológico. Feio de dar dó, um humor negro ácido, tiradinhas sacanas, apetite assassino e com uma tara por lustrar sapatos, o duende tentará de qualquer forma recuperar seu saco de ouro (encontrado por Ozzie e Alex) e deixará um rastro de cadáveres pelo caminho, ludibriando a todos com suas traquinagens psicóticas. Cabe a Jennifer e seus “amigos” (ah, muito boa essa!) salvar suas peles e enfrentar a criaturinha diabólica (e sua lambreta) vinda da Terra de São Patrício. Um ponto positivo? A maquiagem aplicada em Warwick (que na verdade tem uma atuação muito boa, mesmo nunca tendo feito nenhum grande papel no cinema – RÁ) feita por Gabriel Bartalos, assistente de maquiagem de filmes como Sexta-Feira 13 – Parte 6 – Jason Vive e Do Além, e membro da equipe de Rick Baker em Gremlins 2 – A Nova Geração e de Darkman – Vingança sem Rosto de Sam Raimi. Um ponto negativo? O conjunto da obra. E pasmem, O Duende ganhou outras CINCO continuações, incluindo uma lançada no ano passado. Ou seja, essa ode ao mau gosto durou mais de VINTE anos. Depois vai me dizer que isso é sorte de irlandês? Sério, você assistir O Duende quando é criança é uma coisa. Depois de adulto, velho, barbado, sem saco, só mesmo tomando um pint de Guinness ou uma dose de Jameson para aguentar, porque olhe, é duro de engolir essa porcaria.
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/03/27/634-o-duende-1993/

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