Direção: Hugh Parks
Roteiro: Roger Engle
Produção: Hugh Parks, Tom Logan
Elenco: Christopher Atkins, Amanda Wyss,
Ari Meyers, Roddy McDowall, Rob Edward Morris, Tre Laughlin, Greg Flowers, Ann
Kymberlie, Donna Jarrett
Ô filmezinho ruim que é Shakma –
Fúria Assassina. Bom, mas o que poderia se esperar de um babuíno
descontrolado perseguindo um bando de nerds jogando RPG no prédio de uma escola
de medicina? Vale um belo voto pelo lado saudoso da coisa, mas ao assistir
novamente esse filme você constata que é ruim de doer e um ritmo arrastadíssimo
de suspense dos mais mal feitos. Bom, esse eco-horror noventista
tem uma premissa até que das mais interessantes: um babuíno, o tal Shakma do
título, que já é uma criatura agressiva por natureza, é operado por uma
“proeminente” junta de médicos liderada pelo veterano Roddy McDowall (o eterno
Peter Vincent, o grande caçador de vampiros, de A Hora do Espanto), que ao injetar uma fórmula diretamente no cérebro do símio, acaba
estimulando um comportamento feroz e assassino. Pois bem, é uma sexta-feira à noite,
e os alunos daquela escola de medicina, incluindo aí o velhor doutor, resolvem
jogar RPG no estilo live action,
e utilizando o prédio vazio e trancado como cenário, preparam uma aventura onde
uma princesa (que usará uma roupa cafoníssima, parecida tirada de uma
apresentção dos Gypsy Kings) precisa ser resgatada, por meio de senhas,
charadas e dicas, com o Dr. Sorenson (papel de McDowall) como mestre. Agora
pense se haveria uma forma melhor de passar sua sexta-feira à noite?
Acontece que Sam (Christopher Atkins – o garotinho de A Lagoa Azul)
o mocinho da trama tem uma ligação afetiva com Shakma e após seu primeiro surto
de raiva, ao invés de sacrificá-lo, deixa-o apenas dormindo, o que vai dar pano
para manga para que ele se recupere do seu sono querendo assassinar geral. Como
se fosse um filme slasher, o
babuíno louco e geneticamente alterado irá caçar um por um dos nerds miseráveis
participantes daquele jogo, correndo e pulando freneticamente pelos corredores
escuros e desertos, mordendo braços, dilacerando gargantas, arranhando faces e
destilando toda sua raiva principalmente contra portas, se debatendo, dando
murros, cabeçadas e voadoras em qualquer porta que ele veja pela frente. E é
isso. O filme vai conseguir manter longos 100 minutos enrolando entre momentos
frenéticos de adrenalina com o babuíno transtornado no encalço suas vítimas,
enrolação desmedida e momentos dos mais patéticos. Um desses momentos sem
dúvida é quando a gostosa namorada de um dos participantes (peraí, o cara vai
passar sexta à noite com um bando de geeks fracassados e com o
estranho professor de medicina ao invés de ficar com a gata? Pode isso,
Arnaldo?) está dentro do carro esperando pelo namorado do lado de fora do
prédio, e para tentar chamar a atenção da moça, Sam e a princesa ninfeta Kim
(Amanda Wyss) ficam jogando talheres e bolinhas de gude do sétimo andar achando
que ela realmente irá perceber (isso depois de ter tentado gritar de lá de
cima). E porque ninguém pensou em descer ao primeiro andar e tentar arrombar a
porta e sair daquele lugar? Fora que você sempre acaba por julgar a
inteligência limitada deles, afinal é a droga de um babuíno! Uma coisa nós não
podemos reclamar: Shakma é um puta ator, viu. Melhor do que todos os outros no
elenco. Ele realmente passa credibilidade ao filme em seus ataques histéricos.
E tem lá seus momentos de sangreira quando o babuíno desfere seus violentos
ataques. E o final pessimista que foge do padrão slasher (e até dos eco-horror em geral) também é um
diferencial para essa película obscura dirigida por Hugh Parks e co-dirigida
por Tom Logan. Shakma – Fúria Assassina é um filme dúbio. Ao mesmo tempo
em que diverte por ser tosco e impressiona pelos ataques selvagens do babuíno,
é um filme muito, mas muito ruim e bisonho, que em certos momentos até beira o
insuportável. Mas como com sentimentos nostálgicos não se brinca, o longa
perdura em nossa vida e nossos corações.
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/02/11/611-shakma-a-furia-assassina-1990/
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